sábado, 23 de março de 2013

Raça do Luar 01 - Um Salto de Fé


C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo U
UUm
mm

― Brax, mel, eu vou dizer isso como seu melhor amigo, e você sabe que
eu amo você, mas… você precisa transar, bebê ― Keeton anunciou.
Braxton rolou seus olhos. Claro, isso era resposta de Keeton para
qualquer coisa. Dia ruim no trabalho? Transe. O carro quebrou? Transe.
Descobriu que o seu namorado está enganando você? Transe, claro.

― Cala a boca, Kee. ― Braxton sorriu para suavizar a bronca e tomou
um gole de seu café. Ele não conseguia ficar bravo com Keeton, mesmo que ele
tivesse a tendência a ser a pessoa mais detestável do planeta.
Eles se sentaram lado a lado em um banco de pedra próximo a fonte do
Tipton Park. Braxton olhou para seu melhor amigo, o delineador, a camisa de
seda purpúrea, as calças de couro branco colada no corpo e sentiu seu sorriso
ficar mais amplo. Keeton era engraçado, gentil e descontroladamente
extravagante. Braxton o amava mais que qualquer coisa.

― Ok, então qual é? Eu sei que você não queria me encontrar aqui
apenas para discutir a minha vida sexual ou a falta dela.
― Não. ― Keeton sorriu diabolicamente. ― Eu preciso que você me
ajude a encontrar algo para o aniversário do Dylan.

Braxton gemeu. ― Honestamente, Keeton! Você conhece o sujeito só há
três semanas! Eu não vejo o grande... ― Ele mordeu os lábios, quando olhou
para a boca de Keeton. Ele realmente estava fazendo beicinho?

Ah, inferno. Braxton segurou suas mãos para o alto em rendição.

― Tudo bem ― ele suspirou. ― Quando é o aniversário?
― Hoje, é claro. ― Keeton soou como se isso tivesse sido óbvio. ― Na
verdade, vamos nos encontrar para almoçar daqui a pouco, e então nós vamos
para Atlanta, de modo que nós já devíamos ter começado.
― Certo. ― Braxton se levantou do banco. ― Me mostre o caminho para
a loja de gravatas de três-semanas-de-namoro brega.
Duas horas depois, Keeton beijou a bochecha de Braxton e correu para
encontrar Dylan. Braxton soltou um suspiro aliviado. Ele tinha falado sério sobre
comprar a Dylan uma gravata. Nem sequer teve de ser cafona. Keeton o levou de
loja em loja, vasculhando o shopping a procura pelo presente perfeito. Depois de
horas de busca, vários debates acalorados, e uma ameaça muito séria de lesões
no corpo de Braxton, Keeton acabou escolhendo a nova colônia da Dolce &
Gabbana. Um presente muito apropriado para um namorado de três semanas,
até onde Braxton pensava.

Estava um dia tão agradável que ele tinha andado uma milha e meia de
sua casa até cidade para se encontrar com Keeton. Ele brevemente se debateu


sobre tomar um ônibus pra casa, mas no fim decidiu caminhar. Daria a ele tempo
para pensar sobre a nova série que ele estava morrendo de vontade de começar
a fazer.

Com sua série “Cruzada” terminada, Braxton não podia esperar para
começar o seu próximo romance gráfico, “Busca”. Ele tinha a linha da história,
mas estava tendo problemas para trazer o seu herói para a vida.

Ele gastou horas com Keeton que, além de ser seu melhor amigo,
também era seu companheiro de negócios e o seu ilustrador de esboços. Braxton
ficou em uma das faixas de pedestres, esperado a luz acender, ainda tentando
visualizar seu Casanova imaginário, quando uma mão pálida pousou suavemente
em seu ombro.

― Braxton?
Braxton vacilou. Ele reconheceria essa voz em qualquer lugar.

Virando-se devagar, ele olhou para os olhos cinza aço, fixados em um
rosto bonito e clássico e emoldurados por ondas de platinas perfeitas.

― Mason ― Braxton disse, sem rodeios.
― Você está ótimo! Como está? ― Disse Mason praticamente saltando,
sua mão ainda descansando no ombro do Braxton.
Braxton deu um passo para trás e olhou para seu ex-namorado. Com
um metro e sessenta e oito, ele estava acostumado a olhar para as pessoas.
Encolhendo os ombros e tirando a mão de Mason, ele deu outro passo para trás,
rangendo os dentes enquanto ele lutava para manter seu temperamento
controlado.

― É bom te ver. Eu tentei ligar, mas o número foi desligado. Eu até fui
te visitar umas semanas atrás. Quando você se mudou? ― Mason deu a Braxton
um sorriso encantador. ― Aqui, me deixe lhe pagar o almoço, e nós vamos

conversar. Parece bom? ― Ele agarrou pulso de Braxton e insistentemente o
arrastou.

― Não. ― Braxton tentou em vão se libertar das garras de Mason. ― Eu
não quero almoçar. Eu não quero conversar. Eu não quero ir a lugar nenhum com
você.
Já fazia quase sete meses desde que Braxton tinha voltado para casa no
aniversário e de um ano dele encontrar seu amante na cama com um loiro.

Braxton o tinha chutado para fora de sua casa, não deixando nem
tempo para Mason recolher seus pertences.

Mason tinha ficado com raiva quando ele saiu de casa, mas Braxton
tinha se sentido liberado. Sua relação tinha estado em declive e estava acabada
bem antes da infidelidade.

Na semana após de sua desavença, Braxton havia embalado todas as
coisas de Mason e chamou o seu irmão para vir buscá-las. Ele acreditava,
ignorantemente, que tinha sido o fim.

Infelizmente, esta era só a mais recente de uma série de encontros
desconfortáveis, e às vezes estranhos, com seus ex. Ele tinha sido contundente e
direto, ao ponto da crueldade. Mesmo assim, Mason parecia alheio ao fato de que
Braxton não o queria mais.

O aperto de Mason ficou dolorosamente apertado ao redor de seu pulso,
fazendo com que Braxton voltasse ao presente.

― Existe outra pessoa? ― Mason exigiu.
― O quê? ― Então o reencontro de hoje iria ser estranho e
desconfortável.
Mason puxou Braxton para seu tórax. ― Me dia quem ele é.


― Mason, me solta!
― Me responda! ― Mason rosnou.
― Vai se foder ― Braxton respondeu friamente. ― O que eu faço ou
quem eu vejo não é problema seu. ― Ele se empurrou contra tórax de Mason,
torcendo seu braço livre.
Mason o empurrou para trás.

― Tudo bem ― ele respondeu com a mesma frieza e empurrou Braxton
novamente.
Braxton pisou em falso, tropeçando para fora da calçada e indo para a
rua. O som dos pneus gritando contra o asfalto o fez prestar atenção a sua volta
e ver uma grade e elegante picape Dodge preta, vindo em sua direção. Braxton
ficou tão congelado quanto um cervo diante dos faróis. Seus músculos ficaram
tensos, e ele fechou os olhos, preparando-se para o impacto.

Em seguida, o único som que ouviu foi Mason gritando seu nome. Ele
abriu os olhos e suspirou. O para-choque cromado e brilhante estava a poucos
centímetros de seu corpo, mas ele não ficou ferido.

― Puta merda ― sussurrou Braxton, em seguida, desmaiou ali mesmo,
no meio da rua.

Braxton acordou com um gemido.

Seu quadril e ombro doíam e sentia em sua cabeça que seu cérebro
estava vazando por suas orelhas. Sem abrir seus olhos, ele levantou sua mão
para sua cabeça latejante. Dedos longos, mornos suavemente envolveram ao
redor seu pulso.

― Oh, não você não vai.
Whoa.

Profundo, rico, suave como o mel, com apenas um vestígio de sotaque,
a voz do estranho acima dele, enviou uma onda de eletricidade diretamente
abaixo da espinha de Braxton.

Uma mão ligeiramente menor apertou seus dedos. ― Braxton, você
pode me ouvir? Está tudo bem. Eu estou aqui. Abra seus olhos, por favor. Vamos
lá. ― sussurrou Mason.

Braxton fechou os olhos com mais força. Grande. Depois de um debate
interno rápido, ele decidiu parar de fingir estar inconsciente. Claro, eles sabiam
que ele estava acordado.

Ele deixou suas pálpebras tremularem e abrirem e suspirou quando sua
boca ficou seco.

Yum!

Ah sim, isso foi muito melhor do que estar inconsciente. Ajoelhado perto
dele estava o exemplo mais lindo do espécime masculina que ele já tinha visto.
Longos cabelos negros, pele morena, e olhos que detinham Braxton hipnotizados,
quente e marrom dourado com manchas de chocolate ao redor da pupila. Ele
reprimiu um gemido quando o seu pau se contorceu com interesse.


O estranho encontrou o seu olhar, a mente de Braxton ficou confusa,
apesar de que poderia ter sido por sua cabeça ter batido no asfalto. Ele sentiu
seu estômago apertar, e por algum motivo, as suas gengivas coçavam.

Braxton sorriu e deixou escapar a primeira coisa que veio à mente.

― Uau. Você é quente.
Os olhos do maior homem se arregalaram, e Braxton sentiu seu rosto
ficar vermelho. Ele esperava que não estivesse prestes a ter sua bunda chutada
por ele. Por que diabos ele tinha dito isso? Ele não estava no armário, mas ele
não ficava transmitindo a sua preferência sexual a qualquer um por aí.
Então os olhos do cara se enrugaram nos cantos, e ele sorriu um pouco.
Braxton deu um suspiro de alívio.

― Braxton, você vai ficar bem. Há uma ambulância a caminho. Basta
ficar parado. ― Mason manteve a mão de Braxton nas suas.
Relutantemente, Braxton voltou seu foco para ele. Ele não estava no
clima para isso agora. ― Eu sou bem ― disse ele friamente, puxando a mão do
aperto de Mason. ― Você precisa ir embora.

― Você não quer dizer isto ― Mason disse.
― Sim, eu quero.
― Brax, não seja ridículo. Você precisa de mim ― disse Mason
suavemente. Ele pegou a mão de Braxton novamente.
― Consiga o inferno longe de mim! ― Braxton rosnou.
― Bebê, você só está confuso.
― Eu não estou confuso e eu não sou seu bebê! ― a voz de Braxton
tornou-se um grito quando ele tentou ficar em uma posição menos vulnerável.
Ele gemia, estremecendo com a dor que atravessou sua cabeça.

― Fique aí quieto, chulo1. ― Uma mão grande pousou suavemente em
seu estômago para mantê-lo no lugar, então começou a esfregar lentos e suaves
círculos. ― Fique parado. Eu ouço as sirenes agora. ― O estranho se levantou e
enfrentou Mason.
Santo inferno! O cara era enorme. Ele tinha de ser pelo menos trinta
centímetros mais alto do que Braxton, se não mais. Mason não era nenhum
pouco pequeno, mas o outro homem era mais alto que ele.

― Olhe ― o homem abordou Mason ― o cara obviamente não quer você
aqui. Talvez você deva ir embora.
― Bobagem ― zombou Mason. ― Ele é meu namorado.
― Ex-namorado ― Braxton resmungou.
― Ele é o quê? ― O homem desconhecido dobrou seu enorme corpo e
se ajoelhou perto de Braxton novamente.
― Ele é meu ex-namorado. Faz quase sete meses que terminamos ―
explicou Braxton. Qualquer outra coisa que ele poderia ter dito foi impedido
quando uma viatura chegou, seguida por uma ambulância.

Sr. Alto, Moreno e Gostoso passou seus dedos suavemente pelo rosto de
Braxton e lhe deu um sorriso caloroso. Então ele se levantou e deu um passo
para trás para dar espaço para os paramédicos. Braxton olhou para onde ele
tinha visto Mason pela última vez, mas seu ex não estava mais lá.

Dez minutos depois, Braxton foi amarrado a uma maca, com uma cinta
em volta do pescoço, na parte traseira de uma ambulância. Braxton viu o seu
bonito estranho conversando com um oficial. Quando o homem percebeu, ele
levantou um dedo para o oficial e correu para o lado de Braxton.

1 Chulo (gíria -espanhol): bonito(a), gato(a), lindo(a), porém, em alguns países de língua latina o significado se
modifica, como aqui no Brasil, por exemplo, que significa algo de baixo calão, grosseiro.


― Como você está se sentindo? ― Ele seriamente perguntou.
― Como se eu estivesse sido atingido por um caminhão ― Braxton
respondeu com sinceridade, sem considerar suas palavras.
O grande homem estremeceu e olhou para seus pés. Quando ele
levantou a cabeça novamente, Braxton podia ver a culpa transbordando de seus
olhos cor de âmbar.

― Sinto muito ― sussurrou o gigante. ― Eu tentei parar.
Oh, coitado. O coração de Braxton quebrou com aquelas palavras
suavemente sussurradas. Ele estendeu a mão do braço bom e colocou sua
pequena mão nas mãos grandes.

― Isto não é sua culpa. ― Ele balançou a cabeça. ― Foi um acidente
estúpido, e eu estarei bem. Você sabe, você realmente não me atingiu. Tudo isso
— Braxton apontou em direção à ambulância ― é porque eu desmaiei. Você não
tem nada para se sentir culpado.
Ele não tinha tanta certeza sobre a parte de acidente. Ele tinha certeza
de que ele se lembrava de ser empurrado, mas ele não podia realmente pensar
por causa do pulsar em sua cabeça e o contorcer do seu pau toda vez que Sr.
Sonho Molhado aqui olhava para ele.

Os paramédicos o carregaram para a parte de trás da ambulância. Uma
ruiva bonita estava prestes a fechar as portas quando Braxton de repente gritou:

― Espere!
Todo mundo congelou, atordoados por sua explosão. Braxton sorriu
timidamente e desviou o olhar para o seu herói improvável.

― Eu não sei seu nome.
― Alexander Brighton, mas você pode me chamar Xander. Todo mundo
faz.

― Xander ― Braxton disse com um aceno de cabeça. ― Eu sou Braxton.
Braxton Carmichael.
― Desculpe, mas nós temos que ir ― disse a paramédica enquanto o
arrastava para a ambulância e fechava as portas.
Braxton recuou, tentando não colocar pressão sobre seu ombro
esquerdo. Porra, dói como uma cadela. Ele fechou os olhos. ― Xander― ele
sussurrou, sorrindo para si mesmo.

― Eu sei ― a mulher suspirou quando ela se inclinou sobre ele,
limpando o sangue seco de sua testa. ― Ele é magnífico, não é?
Braxton sorriu para ela.

― Definitivamente. Você o conhece?
― Não bem, mas nós acabamos nos encontrando em algumas das
mesmas chamadas.
Será que isso quer dizer que Xander era um paramédico também?
Braxton estava prestes a perguntar à ruiva, quando ela falou de novo.

― Ouvi dizer que ele pende para ambos os lados. ― Ela piscou para ele.
Os olhos de Braxton se arregalaram, mas ele não disse nada. Não
importava. Não era como se ele fosse ver o homem novamente.


C
CCa
aap
ppí
íítu
tutul
llo
oo Do
DoDoi
iis
ss

Xander terminou de responder as perguntas do oficial, subiu em sua
picape , para seguir a ambulância, mas Braxton Carmichael, já tinha ido. Ele só
queria ir ver o pequeno homem. Isso não era estranho, certo? Inferno, ele quase
atropelou o sujeito!

Oh, quem ele estava enganando? Ele só queria ver Braxton novamente.
O homenzinho era a coisa mais quente que Xander tinha visto ultimamente. Ele
gemeu quando se mexeu na cadeira, tentando encontrar espaço em sua calça de
repente muito apertada. Só de pensar naqueles lábios carnudos cor de rosa o
fazia duro como uma rocha. Adicione o fato de que Braxton era seu companheiro,
a opção de não ir para o hospital era bastante inexistente. Tinha tomado cada
grama de autocontrole que Xander possuía para não reivindicar o homem ali na
rua.

Ele tinha se assustado quando ele viu o homem tropeçar para fora da
calçada, em frente a sua picape . Então Braxton caiu no chão, e Xander pensou
que tinha matado o pequeno homem.

Ele saltou para fora da sua picape , com o celular já na orelha e falando
com o telefonista do 911. O vento mudou de rota quando Xander chegou na
frente da sua picape , trazendo o cheiro mais inebriante que ele já tinha cheirado.
Seu pênis tinha ficado ereto no espaço de dois segundos. E houve uma sensação


de formigueiro em sua barriga, e suas gengivas em torno de seus caninos
começaram a coçar.

Quando Xander ajoelhou ao lado de Braxton na rua e percebeu que o
odor estranho estava vindo da pessoa deitada no chão, ele teve o desejo quase
incontrolável de cravar os dentes no pescoço do homem.

Xander não sabia o que diabos estava acontecendo até que Braxton
abriu seus olhos e olhou fixamente para os seus. Não havia sido exatamente uma
luz brilhante dizendo “Aleluia” em coro, mas mais para um estalão em seu
cérebro, e ele soube. Braxton era seu companheiro.

A julgar pela maneira Braxton estava olhando para ele, e seu
comentário sobre Xander ser quente, ele se sentia confiante de que Braxton era
gay. Não que isso fizesse diferença, mas certamente fazia as coisas muito mais
fáceis para Xander.

Ele entrou no estacionamento do Hospital Comunitário do Norte e
perguntou se Braxton ainda estaria em uma das salas de emergência. Ele iria
verificar primeiro.

A moça atrás do balcão informou-lhe que Braxton ainda estava na
emergência. Xander já a tinha visto uma ou duas vezes enquanto executava os
seus plantões.

― Quarto oito. Depois das portas duplas e para a direita ― ela
respondeu com um sorriso. Conhecer o pessoal certamente tinha seus benefícios.
Ele encontrou a sala, sem qualquer problema, mas ele ainda não tinha
conseguido encontrar Braxton. Ele podia cheirar o odor do homem, mas o quarto
estava definitivamente vazio. Xander foi em direção a mesa das enfermeiras,
passando a mão pelo cabelo longo e escuro.

O enfermeiro percebeu a sua abordagem e sorriu brilhantemente.


― Eu posso ajudar?
― Sim, eu estou procurando pelo cara que deveria estar no quarto oito.
― Xander apontou o polegar para a sala vazia, que ele tinha acabado de vir.
― Braxton Carmichael?
O enfermeiro olhou para o quarto e suspirou sonhador. ― Rapaz, quente
como o inferno, e com um rosto de um anjo?
Xander sorriu.

― É ele. Será que ele foi transferido para um quarto privado?
― Aqui, deixe-me verificar. Você é da família? ― O enfermeiro deu a ele
um sorriso conhecedor.
― Sim, seu irmão. ― Xander mentiu sem hesitar.
O enfermeiro o olhou por um momento e depois sorriu.
― Certo. ― Ele virou para um dos computadores e começou a digitar no
teclado.
― Hmm, ele foi levado para uma tomografia computadorizada para
verificar se há hemorragia interna e tal, ― o enfermeiro disse casualmente.
O estômago de Xander caiu aos seus pés. Hemorragia interna?

― É procedimento de padrão quando alguém tem uma concussão ― o
enfermeiro explicou quando notou a expressão de pânico de Xander.
― Concussão? ― Xander engasgou.
― Sim ― o cara olhou para a tela de novo ― uma leve concussão e um
ombro contundido. Ele tem que passar a noite em observação, mas ele deve ser
liberado na parte da manhã. Ele vai ficar bem.

― Certo. Obrigado. Eu só voltarei quando eles o levarem para o quarto
― Xander murmurou quando ele se virou para sair.
Uma hora depois, Xander havia tomado banho, se trocado, devorado
uma pizza fria e, em um lance raro de gênio, fez uma parada na Target. Braxton
precisaria de algo para vestir. Algo diferente daquelas batas hospitalares
estúpidas, de qualquer maneira.

Depois de verificar na recepção, ele fez o seu caminho até o elevador,
até o terceiro andar, e seguiu os sinais até que ele encontrou o quarto de Braxton
no final do corredor. Dentro, uma enfermeira estava checando o pulso Braxton
enquanto olhava para o monitor. Ela sorriu quando percebeu Xander em pé perto
da porta.

― Entre, querido ― ela disse em uma voz baixa. ― Você pode deixar
isso em cima daquela pequena mesa lá perto da janela. ― Ela apontou para o
saco na mão de Xander e depois para a mesinha.
Xander fez como indicado, colocando a sacola na mesa. Ele se virou
para a enfermeira e perguntou incerto.

― Como ele está?

― Oh, bem, ele está apenas dormindo. Descansando. A medicação para
a dor o deixou um pouco sonolento, bendizei o seu coração. Ele não parece com
um anjo? ― Ela sorriu carinhosamente para Braxton.
Xander sorriu e pensou no enfermeiro da emergência.

― Sim, senhora, isso parece ser o consenso geral.
A enfermeira virou o seu sorriso para Xander e lhe deu um rápido
tapinha no braço antes de desaparecer pela porta.

Xander se pôs ao lado da cama, olhando para o anjo em questão. Ele
realmente era lindo. Todas as linhas e curvas do seu rosto eram suaves, com
lábios carnudos que imploravam para serem beijados, lambidos e mordiscados.

Xander empurrou o cabelo para trás do rosto de Braxton e segurou seu
rosto com as mãos, evitando a atadura de gaze branca sobre sua sobrancelha
esquerda.

Braxton virou seu rosto, aninhando nas palmas de Xander. Os cantos de
seus lábios tremeram, e ele fez um ruído feliz com a parte de trás de sua
garganta. E realmente, o quão atraente foi isso?

― Xander ― Braxton suspirou sem abrir os olhos.
― Sim, chulo?
Braxton suspirou o nome de Xander novamente, quase inaudível desta
vez.

Ele está sonhando, comigo? Oh, inferno que sim! Xander sorriu e moveu
a única cadeira do quarto para mais perto da cama. Ele não sabia quem poderia
contatar para Braxton, e ele não queria que ele acordasse e se visse sozinho.


Quando Braxton abriu os olhos, a luz de fora de sua janela vinha dos
postes de luz. Estava completamente escuro. Ele se perguntou vagamente que
hora era, então decidiu que isso realmente que não importava. Uma única
lâmpada fluorescente protegida atrás de sua cama iluminava o quarto.

Ah, ele se sentia como o inferno. Sua cabeça latejava, seus pontos
coçavam, e seu ombro e quadril protestavam a qualquer movimento. Braxton
passou a língua sobre os dentes. Eles se sentiam sensíveis, e sua boca seca e
pegajosa. Ele mataria por um pouco de água. Bem, talvez não matar, mas
definitivamente mutilaria.

Virando a cabeça para o lado oposto da cama em busca de água, ele
inalou bruscamente quando viu a figura enorme ali sentada.

― Xander ― Braxton murmurou. Oh, sim… precisava de água.
Ele não tinha falado em voz alta, mas tinha sido alto o suficiente.
Xander se mexeu, deu um pequeno ronco e acordou, passando as mãos sobre o
rosto. Ele olhou para Braxton e sorriu timidamente.

― Ei. Como você está se sentindo? ― Xander se inclinou e o olhou como
se o analisasse.
― Estou bem.

― Que tal um pouco de água?
Braxton assentiu com cuidado e estendeu a mão para apertar os dedos
de Xander em agradecimento.

― Certo. Deixe-me ir encontrar uma enfermeira, chulo. Você está
sentindo dor? Você precisa de mais alguma coisa? ― Xander olhou para ele com
preocupação.
Braxton balançou a cabeça e depois fez uma careta quando o
movimento enviou uma punhalada aguda de dor através de sua testa.

Xander franziu a testa.

― Calma. Estarei de volta em um minuto. Descanse. ― Ele sorriu, então
se virou e saiu da sala.
Braxton se recostou contra o seu travesseiro e fechou os olhos. Por que
Xander estava aqui? Ele não estava reclamando, muito pelo contrário, na
verdade.

Ele pensou que nunca veria aquele homem lindo novamente E, oh,
Xander era espetacular para se olhar. Mas ele sentia mais que apenas uma queda
pelo homem. Braxton sentia... paz quando Xander estava perto.

Que estúpido, Braxton pensou consigo mesmo. Ele tinha conhecido o
homem há menos de doze horas, a maior parte desse tempo ele passou
inconsciente. Ele não conhecia Xander, mas ele sentia que havia alguma coisa.
Algum tipo de conexão, como uma linha invisível puxando-o para esse homem
grande. Ele não sabia o que era, mas ele realmente esperava que ele tivesse uma
chance de descobrir. Ele se perguntou se a paramédica estava certa sobre Xander
jogar em ambos os times.

Braxton revirou seus olhos. Ele estava desesperado, sempre romântico.
Sempre caindo muito rápido e muito duro e sempre para o cara errado. Ele era


um romântico, entretanto. Ele acreditava em amor à primeira vista, almas
gêmeas, e em felizes-para-sempre. Só porque ele não tinha encontrado o seu, no
entanto, não significa que ele não estava lá fora esperando por ele. Xander tinha
que estar sentindo isso também, certo? Por que mais ele estaria aqui?

Culpa. A pequena voz na parte traseira de sua mente era uma tremenda
de uma bastarda. Uma voz mais forte, muito mais alta, e provavelmente
conectada ao seu pênis, amordaçou a pequena voz e a empurrou cruelmente em
um armário, batendo a porta.

O que quer que estivesse acontecendo com Xander, qualquer coisa,
Braxton pretendia descobrir. A vida é toda sobre ter chances. Se ele acabasse
percebendo que isso era apenas uma dose forte de luxúria... bem... talvez ele
pudesse, pelo menos, chegar nele e ter Keeton parando de atormentá-lo. Se ele
estivesse errado, e Xander estivesse apenas sendo um bom samaritano... bem,
ele se preocuparia com isso mais tarde.

A porta se abriu, e uma doce e maternal enfermeira, entrou trazendo
um copo de plástico e um pequeno jarro de isopor com água. Ela derramou um
pouco de água para Braxton e adicionou um canudo.

― Então aqui está, e isso também. ― Ela entregou-lhe o copo de água e
um pequeno pote com dois comprimidos brancos dentro. ― É Tylenol com
Codeína. Eles ajudarão com a dor dos ferimentos.
Braxton obedientemente engoliu os comprimidos e bebeu a água do
copo. E perguntou onde Xander tinha ido.

Como se apenas pensar em seu nome o chamasse, Xander entrou pela
porta com um pequeno saco de papel na mão. Ele sorriu quando viu Braxton e
sentou-se na cadeira ao lado da cama.


― Oi ― Braxton sussurrou. Sua boca ficou completamente seca, apesar
da água que ele bebeu. O sorriso daquele o homem deveria ser ilegal. Descargas
de pura luxúria correram da espinha de Braxton e para concentrar-se em sua
virilha.
Xander apenas balançou a cabeça enquanto ele continuava a sorrir
aquele sorriso de parar o coração. Ele olhou para a enfermeira, que estava
andando, apertando botões nos monitores e escrevendo fosse o que fosse que os
enfermeiros escreviam.

― Quando é que ele pode comer? ― Xander perguntou.
Ela se virou e sorriu para cada um deles.

― Quando que ele quiser. Basta ligar até a lanchonete, e eles vêm
trazer até ele. ― E ela bateu levemente no pé de Braxton antes de sair do quarto.
Assim que a porta se fechou, Braxton se virou para Xander.

― Obrigado.
― Por quê? ― Xander parecia confuso.
Braxton mordeu o lábio inferior, olhando para as mãos cruzadas no seu
colo.

― Só… bem… obrigado… por, você sabe… por estar aqui ― gaguejou
ele. Ele respirou fundo. Oh, isso tinha sido brilhante. Ele fechou seus olhos e sua
boca antes que fizesse de idiota a si mesmo. Quando ele finalmente se sentiu no
controle, ele abriu os olhos e deu um pequeno sorriso a Xander. ― Isso
realmente significa muito. Obrigado.
Xander apenas sorriu de volta. Ele se afastou um pouco de Braxton,
ficando de pé e arqueando as costas, se alongando.


Braxton olhou Xander e cadeira onde o grandalhão tinha dormido. Não
parecia muito confortável.

― Você não tem que ficar. Eu estou certo sua namorada está sentindo a
sua falta. ― Braxton pescou para conseguir informações.
Xander sorriu de novo, com um olhar astuto em seus olhos. ― Ela
poderia, se eu tivesse uma namorada.

― Namorado? ― Braxton perguntou cautelosamente.
Xander se inclinou sobre ele, seus narizes quase se tocando, e sorriu.
― Depende.
A respiração de Braxton falhou, e seus batimentos cardíacos aceleraram.
Ele sentiu suas mãos se umedecerem, e seu cérebro se distorcer novamente.

― Hã?
― Você está solicitando a posição? ― Em seguida, Xander inclinou a
cabeça levemente e pressionou seus lábios nos de Braxton.

C
CCa
aap
ppí
íít
ttu
uul
llo
oo T
TTr
rrês
êsês

O suave gemido de Braxton quando seus lábios se encontraram enviou
um choque diretamente para virilha de Xander. Seu pênis se levantou e tomou
conhecimento, crescendo, endurecendo e ansioso por mais.

Mais. Oh sim, Xander precisava de mais. Ele moveu suas mãos até o
rosto de Braxton e o segurou com as palmas das mãos, e passou a língua
lentamente sobre aqueles lábios deliciosos, buscando, implorando para entrar.

Foi a vez de Xander gemer quando Braxton abriu para ele, e ele varreu
a sua língua contra a de Braxton, saboreando-o pela primeira vez. Foi incrível. O
sabor de Braxton era doce e quente, quase como o mel, mas não muito. Mais
como o sol líquido, e Xander não conseguia o suficiente.

A língua de Braxton entrou na boca de Xander, enroscando e deslizando,
acariciando, duelando com a de Xander. Cada movimento de suas línguas enviava
outro pulso de necessidade direto para o seu pau já dolorido. Sua ereção era
empurrava dolorosamente contra o seu zíper, exigindo a libertação, e logo.

Xander gemeu na boca de Braxton. Ele estava forte o suficiente para
cortar vidro e tudo o que ele havia feito foi beijar o homem. Ele imaginou que,
provavelmente, desmaiaria, se ele não fosse sortudo o suficiente para se
conseguir no pequeno traseiro quente de Braxton.


Braxton era dele, e Xander desejava enterrar-se profundamente dentro
de seu companheiro. Isso era mais do que a óbvia atração física, ele se sentia
protetor e possessivo.

Meu.

Xander deslizou uma mão ao redor da nuca de Braxton e o puxou para
perto. Ele mordeu os lábios de Braxton, então arrastou beijos suaves ao longo de
sua mandíbula até o ouvido, onde ele sussurrou roucamente: ― Que Deus ajude
aquele que tentar prejudicar você novamente.

Ele tinha visto aquele idiota do seu ex-namorado empurrar seu
companheiro para fora da calçada. Talvez o loiro arrogante na verdade não
tivesse a intenção de empurrar Braxton para a rua, mas Xander não se importava
nenhum pouco. O bastardo tinha posto as mãos sobre seu companheiro, e Xander
queria seu sangue.

Pensar sobre o ex-idiota trouxe alguns deslumbres de razão em cima da
luxúria de Xander, que nublava seu cérebro. Eles estavam em um hospital.
Braxton estava ferido. Ele teve uma concussão, pelo amor de Deus. Sem
mencionar que Xander tinha provavelmente o assustado com a sua atitude, um
bocado Tarzan.

Ele se afastou com relutância e descansou sua testa contra a de
Braxton, quando ele tentou recuperar o fôlego. Lentamente, ele mudou de volta
para olhar para seu companheiro. O desejo brilhante se revelando nos olhos de
Braxton, quase acabou com ele.

Suavemente ele colocou o cabelo de Braxton longe do seu rosto. Ele não
sabia o que tinha feito para merecer este homem como seu companheiro, mas
ele desejava que pudesse continuar a fazer isso. Não havia nenhuma maneira que
ele pudesse deixar Braxton agora. Ele só teria que ser cuidadoso com a sua libido


hiperativa e sufocar seus instintos naturais de reivindicar seu companheiro até
que Braxton estivesse melhor, e ele pudesse explicar tudo para ele.

As sobrancelhas de Braxton se juntaram, e sua testa se enrugou.

― Xander?
Ele odiava o olhar de incerteza nos olhos de Braxton. Os olhos de seu
companheiro eram de um verde lindo e terreno, como o orvalho da primavera, e
nunca que deveria ter esse olhar neles.
Xander sorriu e beijou o topo da cabeça de Braxton.

― Você precisa descansar, mi papi chulo2.
― O que significa isso?
Huh? Talvez ele não fosse bem como Xander pensava.
― Mi papi chulo? ― Braxton repetiu, com sotaque. Era um tanto quanto
atraente.
― Meu menino bonito. ― Xander piscou e prendeu sua risada enquanto
via o rosto do pequeno homem se avermelhar. ― Agora, descanse.
― Eu prefiro te beijar de novo. ― Braxton sorriu maliciosamente.
― Oh, você é um problema. ― Xander riu, balançando a cabeça.
Braxton olhou para baixo, onde a o lençol formava uma tenda entre as
pernas e suspirou.

― Bem, isso vai ser embaraçoso.
Xander olhou para a protuberância em suas próprias calças.
2 Papi/mami chulo(a) (gíria -espanhol): Homem/mulher bonito(a).


― Sim, me fale sobre isso. ― Ele pegou a sacola da mesa e a entregou
a Braxton. ― Mas talvez isso possa ajudar. Pelo menos você vai poder dobrar e
guardar.
― Você me comprou roupas? ― disse Braxton com voz de surpresa.
Xander enrubesceu. ― Bem, sim. Quer dizer, eu não sabia se você tinha
alguém chegando que poderia trazer-lhe alguma coisa, e eu sempre odiei essas
coisas hospitalares. Você não tem que usá-las... eu... bem...

― Obrigado. ― Braxton o salvou de fazer um idiota total de si mesmo.
― Mas o que exatamente você quis dizer com “dobrar e guardar”?
― Você sabe. Dobrar o seu pênis e o guardar sob o cós do moletom.
― Oh, entendo. Então ninguém pode saber... ― Braxton parou de falar.
―Oh, e aqui. ― Xander jogou a pequena bolsa que ele tinha trazido da
loja de presentes na cama.

― Escova de dente... pasta de dentes... ― Braxton falou todos os itens
que ele os retirou da bolsa. Ele olhou para Xander por um longo momento antes
de piscar rapidamente e desviar o olhar. ― Obrigado.
Ele não entendia o que fez Braxton ficar tão emocional com artigos de
higiene simples, mas Xander estava contente que ele pudesse fazer isso por ele.
Ele nunca teve ninguém para cuidar antes, e ele ficou feliz em toda a atenção ao
seu companheiro.

― Você precisa de ajuda? ― Ele perguntou a Braxton.
―Eu acho que consigo. ― Braxton jogou as pernas para fora da cama e
se levantou. Ele deu um passo, depois dois, depois balançou e caiu para frente.
Xander o pegou em seus braços, o segurando perto. ― vertigem ― Braxton
murmurou sonolento quando ele esfregou seu rosto no pescoço de Xander.


Ao invés de fazer o seu pênis ficar duro, a ação fez que o coração de
Xander derretesse. Ele colocou seu companheiro delicadamente de volta na cama
e puxou os cobertores em volta de seus ombros pequenos.

― Durma ― ele murmurou sobre os cabelos de Braxton.
Finos e elegantes dedos envolveram os antebraços de Xander ― Fique!
Por favor ― sussurrou Braxton.

― Eu estarei bem aqui. Apenas descanse. Eu prometo que não vou a
lugar nenhum. ― Xander se curvou, colocando um casto beijo na bochecha de
Braxton. Braxton suspirou baixinho e dormiu em segundos.
Dedos calmantes levemente acariciaram seu rosto, seu cabelo. Lábios
quentes roçou seu rosto. Braxton suspirou satisfeito sem abrir os olhos.

― Xander ― ele sussurrou sonhador.
O carinho foi imediatamente interrompido.
― Quem diabos é Xander?
Os olhos de Braxton se abriram, e ele se encolheu em seu travesseiro.
Ele olhou para o homem debruçado sobre ele com cautela.

― Mason? O que você esta fazendo aqui?

― Eu vim para ver você, é claro. Eu estava tão preocupado com você,
amor. ― Mason olhou para ele com preocupação. ― Você precisa de alguma
coisa? Como você está se sentindo?
― Saia.
Mason correu um dedo pela curva da mandíbula de Braxton, sorrindo
docemente. ― Você provou seu ponto. Agora, pare com toda essa loucura e me
deixe voltar para casa.

Braxton empurrou grosseiramente o peito de Mason com ambas as
mãos, ignorando a dor no ombro esquerdo.

― Nada mudou, e eu estou cansado de ter esta conversa. ― Ele se
levantou da cama e ficou cara a cara com Mason. Ele apontou o dedo no
estômago Mason. ― Uma vez que é obviamente muito complicado para você
compreender, deixe-me soletrar para você. Eu. Não. Quero. Mais. Você. ― Ele
cutucou o abdômen de Mason a cada palavra.
A raiva brilhou nos olhos de Mason, juntamente com algo que parecia
muito com pânico. Com uma mão, envolvendo os longos dedos em torno da
garganta Braxton e, com a outra, se apoiou contra a porta do banheiro.

― Você me faz ficar louco, porra. ― Mason falou com os dentes
cerrados.
Braxton não conseguia respirar. O quarto começou a girar e ficar
desfocado. Ele agarrou a mão de Mason, tentando desesperadamente se soltar
para que o ar voltasse aos seus pulmões. Ele nunca tinha temido Mason antes,
nunca teve razões para isso, mas sozinho e inconsciente na mesma sala com o
seu ex não era em nenhuma maneira uma ideia atraente.

―Você precisa de mim, Braxton. Você sabe que precisa. ― Mason
continuou como se ele não estivesse sufocando a vida fora dele.


A escuridão estava se aproximando. Braxton deixou cair às mãos para
os lados e esperou que a escuridão o acolhesse.

Houve um ruído alto, o som de alguém gritando, e a mão em torno de
sua garganta desapareceu. Braxton caiu sobre suas mãos e joelhos, sugando ar
para os seus pulmões. Ele ouviu vagamente outro impacto, um grunhido e
passos, grandes braços fortes o envolveu e o embalou contra uma parede, quente
e sólida de músculos.

― Xander ― Braxton sussurrou asperamente. Ele agarrou a frente da
camisa de Xander e enterrou o rosto em seu pescoço, inalando o cheiro dele. Ele
cheirava a homem e suor, e uma pitada leve de sabão que lembrou Braxton de
campinas abertas e igarapés da floresta.
― Shh, você está bem agora. Eu tenho você. ― Xander o acariciava e
acalmava.
Braxton assentiu e foi capaz de conter a sua respiração rápida, mas ele
não se soltou de Xander. Ele passou os braços em volta do pescoço e enterrou
mais de perto. Braxton poderia cuidar de si mesmo, mas era bom ter alguém lá
para ele.

Uma enfermeira veio agitada para o quarto. Ela parecia preocupada,
perguntando se estava tudo bem. Levou algum tempo para convencê-la, mas
eventualmente ela balançou a cabeça e saiu correndo da sala.



Não mude. Não mude. E não persiga aquele pedaço de merda e rasgue
seu coração do caralho para fora através de seu umbigo.

Xander manteve a ladainha em sua cabeça como se tivesse se tornado
seu mantra pessoal. Ele sabia que teria de dizer para Braxton que era um shifter
e em breve, mas de alguma forma ele não pensava que se transformando num
tigre branco de Bengala em seu quarto de hospital era a maneira dele saber.
Então, ele simplesmente parou no meio da sala com Braxton e o embalou em
seus braços, seguro perto de seu tórax, e respirando o odor de seu companheiro,
deixando isto o acalmar.

Xander sentou em cima da cama, ainda segurando Braxton ao peito, e
deixou o pequeno homem mais seguro em seu colo. Envolvendo os braços em
torno dele em conforto, ele correu os dedos ao longo da espinha de Braxton, se
acalmando, bem como seu companheiro.

― Sinto muito ― Braxton sussurrou no pescoço de Xander.
― Desculpar? Pelo o quê? Você não tem nada para pedir desculpas. ―
Se alguém tinha motivos para se arrepender, Xander sentiu que deveria. Ele
havia prometido que não iria sair do lado de Braxton. Ele deveria ter estado lá
para protegê-lo.

Braxton levantou a cabeça, olhando nos olhos de Xander. Ele mordeu os
lábios, a testa franzida em pensamento. Ele abriu a boca como se quisesse dizer
alguma coisa, então fechou. Depois de outra pausa, ele disse:

―Eu não tenho certeza, mas eu sinto que eu deveria estar pedindo
desculpas por alguma coisa. Talvez por serem tantos problemas? ― A maneira
como ele disse a frase, soou como uma pergunta.

Xander não pode deixar de sorrir. ―Eu lhe garanto, chulo, não há nada
para você se desculpar.


―Nesse caso, ― o olhar de Braxton se aqueceu com desejo,
transformando os seus olhos em piscinas de esmeralda líquida ― e quanto a
agradecer? ― Então ele se inclinou para frente e capturou os lábios de Xander .

Xander gemeu enquanto a língua de Braxton varreu dentro de sua boca.
Tudo sobre seu companheiro era inebriante. Seu cheiro, o som de sua voz, seu
gosto, oh sim, seu gosto, até mesmo os sons dos pequenos gemidos que ele fez
quando ele se moveu no colo de Xander foram positivamente viciantes.

Seu pau endureceu instantaneamente quando Braxton se balançou
contra sua virilha. Ele empurrou contra o seu zíper, esforçando-se para sair,
implorando para ser enterrado profundamente até as bolas dentro de seu
companheiro. Ele queria foder Braxton agora, e seu pau doendo estava
plenamente de acordo.

Com outro gemido, desta vez de frustração, Xander puxou sua boca
longe da de Braxton e empurrou suavemente para o seu peito.

Braxton abaixou a cabeça e sorriu timidamente. ― Oops. Desculpe, acho
que fomos longe de mais.

Xander riu e ficou feliz por ele não parecer tão frágil como ele se sentia.

― Você está certo, bebê, mas você precisa descansar para que você
possa se curar. Está com fome?
―Sim, eu estou morrendo de fome. ― O estômago de Braxton rosnou
em apoio a ideia de alimento.

―Por que você não vai se limpar um pouco, eu vou conseguir algo para
você comer ― Xander sugeriu.

Os dedos de Braxton prenderam na camiseta de Xander novamente, e
ele analisou seus olhos, procurando.

Xander levou o cabelo de Braxton para trás e beijou sua testa.


― Eu não vou a lugar nenhum. Eu prometo. Eu vou pedir para a
enfermeira trazer algo, ok?
Braxton balançou a cabeça, os músculos tensos relaxando um pouco.

― Obrigado. Eu só vou lavar o rosto e mudar de roupa. ― Ele passou a
língua sobre os dentes superiores e murmurou, ― E escovar os dentes. ― Ele deu
a volta em Xander e pegou o que ele precisava.
Xander o olhava, em parte por prazer, em parte para ter certeza que ele
estava bem. Quando Braxton entrou no banheiro sem incidentes, Xander apertou

o botão de chamada para o enfermeiro.
Cap
CapCapí
íít
ttulo
uloulo Quat
QuatQuatr
rro
oo

O cheiro de panquecas com calda atingiu Braxton como um caminhão
quando ele saiu do banheiro. Sua boca se encheu de água, e seu estômago
rosnou. Xander estava caído na cadeira ao lado da cama, com controle remoto na
mão, surfando pelos canais da pequena televisão pregada no alto da parede.
Quando ele viu Braxton, com o rosto dividido por um largo sorriso, e ele começou
se levantar.

― Não, não. Sente. ― Braxton acenou com a mão. Ele olhou pela janela
enquanto ele fazia seu caminho para a cama. O céu lá fora estava começando a

ficar pálido. ― Que horas são? ― Ele se arrastou para dentro da cama e se
aconchegou sob os cobertores.

― Quase sete. O médico deve estar em breve para verificar você. Então
você vai ter que esperar por ele para conseguir a liberação de alta. ― Xander se
levantou e deu a volta na cama para preparar uma bandeja de café da manhã
para Braxton. ― Há alguém que você precisa que eu ligue?
O coração de Braxton afundou, e o sorriso deslizou de seus lábios. Ele
não sabia por que Xander mesmo ainda estava com ele de qualquer maneira. Ah,
certo, porque eu me apavorei como um idiota. Ele interiormente revirou os olhos.
Ele não tinha a intenção de ficar tão apavorado assim, mas também nunca tinha
sido sufocado antes. Braxton sabia que ele não era forte o suficiente para lutar
com Mason, e o olhar alucinado nos olhos do seu ex-namorado tinha o deixado
profundamente instável.

Braxton mal conhecia Xander, mas ele se sentia seguro e confortável
com ele, como ele nunca tinha se sentido com ninguém. Nem mesmo Keeton.
Nem a sua família. Era como se tivesse estado à procura de Xander por toda a
sua vida, o que, naturalmente, era completamente absurdo. Ele estava ficando
doido.

Xander tinha dito que iria ficar. Será que ele apenas quis dizer que ele
ficaria até que alguém pudesse vir buscar Braxton? Xander estava lá somente por
culpa ou um sentimento equivocado de responsabilidade? E por que diabos
Braxton se importava? Ele não conhecia nada deste homem, e ele definitivamente
não deveria estar tão dependente dele. Ele certamente não deveria estar
pensando em envolver seus lábios ao redor do pau de Xander. Oh, mas o homem
conseguia toa a sua atenção. Braxton sentiu o seu pau começar a se agitar.


Para baixo, garoto. Xander, obviamente, não o queria, mas Braxton
estava determinado a sair desta sala com seu orgulho intacto. Ele não daria a
Xander o menor indício de que isto o estava machucando.

― Braxton?
A voz de Xander interrompeu seus devaneios internos. Todos os
pensamentos sobre orgulho e dignidade, aparentemente, foram esquecidos no
espaço de três segundos, Braxton desabafou: ― Por que você ainda está aqui?

Oh inferno doce, eu acabei de dizer isso em voz alta?

― O quê? ― A cara de Xander caiu, e ele ficou completamente em
silêncio. Braxton podia ver os músculos salientes se apertarem de tensão.
Sim. Ele disse isso em voz alta.

― Você não me quer aqui? Quer que eu saia? Eu pensei... eu não quis...
eu só... ― Xander parou e olhou para seus pés.
― Não! ― Braxton gritou. ― Não, não é isso que eu quis dizer. ― ele
continuou num tom mais suave. ― É só que você tem sido tão gentil comigo, mas
você não me conhece direito. Na verdade, não me conhece. Eu só não quero que
você fique porque você se sente culpado, ou por que...
As palavras de Braxton foram cortadas abruptamente quando a língua
de Xander foi empurrada para baixo da sua garganta. Xander o beijou, chupando
a língua de Braxton e tirando um profundo gemido nele. Braxton engatinhou com
os joelhos, não quebrando o beijo, e passou os braços em volta do pescoço de
Xander. Ele o puxou para mais perto, pressionando seus tórax juntos, tentando
se esfregar na sua pele.

Xander passou uma mão pelas costas de Braxton e pegou na sua bunda,
apertando e amassando o músculo. Com a mão livre, ele pegou uma mão de
Braxton em torno de seu pescoço e a apertou contra a protuberância por trás de


seu zíper. Braxton espremeu, sorriu contra os lábios de Xander com o profundo
gemido do homenzarrão. Braxton estava tão duro e tão ligado, que ele sentiu que
se incendiaria como uma vela romana ao menor toque. Era bom saber que ele
não era o único afetado. Ninguém nunca tinha chegado o excitado tanto com
apenas um beijo.

― Você acha que isso é culpa? ― Xander sussurrou contra a boca de
Braxton. Sem esperar por uma resposta, ele inclinou sua boca sobre Braxton em
outro beijo ardente.
Somente quando Braxton pensou que ele poderia desmaiar pela falta de
oxigênio que ele se afastou, ofegante. Ele choramingou com perda quando
Xander o soltou e deu um passo instável para trás. Segurando o pau através de
seu moletom, ele agarrou o homem novamente.

Xander riu ofegante e balançou a cabeça. ― Estamos em um quarto de
hospital, em um hospital público. Precisamos parar. Se continuarmos assim, vou
tomar você aqui e agora.

Braxton não viu problema nisso.

― É um quarto privado. ― Ele ofereceu, apontando um dedo na frente
da calça jeans Xander e o puxando para mais perto da cama, perto dele.
― Ainda assim, alguém poderia entrar a qualquer momento, médicos,
enfermeiros, aquelas pessoas da limpeza.
― Zeladores? ― Braxton sorriu.
― Sim. Eles.
― Viva perigosamente. ― Braxton deu outro puxão no cós de Xander,
um pouco mais insistente desta vez. Ele não sabia o que estava acontecendo com
ele. Ele não era normalmente tão agressivo, especialmente com um homem que
tinha conhecido até pouco tempo, mas todo o seu ser gritava por Xander. O corpo

de Braxton sentia como se estivesse pegando fogo, e apenas um toque Xander
poderia aliviar a queimadura.

― M-mas ...― Xander gaguejou.
― Você não me quer?
Xander piscou, olhando ele como se achasse que Braxton tivesse
perdido a cabeça.

― Claro que eu quero você. ― Ele estendeu a mão para reajustar seus
jeans, reiterando o seu pedido.
― Então venha aqui. ― Braxton sorriu maliciosamente enquanto ele
estendia a mão para Xander, abrindo o botão da calça e deslizando o zíper para
baixo em um movimento suave.
― Estamos em um hospital.
― Você já disse isso. ― Braxton olhou de soslaio para Xander. Então
seus olhos se arregalaram quando o jeans de Xander abriu e revelando cachos
espessos e escuros. O homem estava sendo vencido. Muito bom.
― Mas, nós devíamos conversar... ou algo assim. ― A voz de Xander
perdia convicção a cada palavra.
― Nós vamos. Mais tarde. ― Braxton chegou dentro da calça de Xander
e libertou o seu pau do seu confinamento. Ele passou a mão em torno da carne
dura e quente e o apertou enquanto ele lambia os lábios. Ele não podia esperar
para saboreá-lo. Ele queria sentir aquele pau latejante em sua boca, deslizando
garganta abaixo. Braxton não sabia de onde veio tanta ousadia. Tudo o que ele
sabia era que ele queria Xander como nada antes, e ele pretendia tê-lo.
― Mas... nós... quer dizer... você...

― Sim ― Braxton sorriu sedutoramente. Ele acariciou o eixo vazante de
Xander lentamente, serpenteando a língua para fora para degustar das gotas
brilhantes de pré-sêmen. Xander desizou a mão no cabelo Braxton e engasgou.
― E-eu preciso...
― Não se preocupe, querido. Eu quero isso. Basta dizer sim. ― Braxton
continuou a bombear Xander, colocando a outra mão nas calças de Xander, e
levemente apertando suas bolas.
― Eu acho que... eu deveria... fazer nada. ― Xander finalmente se
rendeu.
― Pare de lutar. ― Braxton se inclinou para frente, lambeu um círculo
lento em torno da coroa do pau de Xander, em seguida, engoliu até a raiz.
― Ah, Dios mio. ― Xander gemeu. ― Oh meu Deus!
Braxton voltou lentamente, pressionando a língua na parte inferior do
pênis de Xander. Ele rodou a língua em torno da cabeça uma vez, duas vezes, em
seguida, lambeu a fenda. Xander tremia com o esforço para permanecer imóvel e
permitir Braxton ir ao seu próprio ritmo. Ele não queria machucar seu
companheiro, mas inferno santo, estava sendo difícil.

― Maldição, bebê, isso é muito bom. ― Arquejou Xander. Ele já estava
tão perto.

Braxton passou os dedos finos em torno da base do pau de Xander e
começou um ritmo delicioso. Usando a sua língua, lábios, dentes e mão, trazendo
Xander cada vez mais perto da borda.

Braxton usou sua outra mão para empurrar seu moletom para baixo até
suas coxas, libertando sua própria ereção com esforço. Ele começou a se
masturbar furiosamente, gemendo em torno da carne de Xander na boca. A visão
de Braxton se acariciando e com aqueles lábios deliciosos envolvidos em torno de
seu pênis estava levando Xander a loucura. Ele mergulhou as duas mãos no
cabelo de Braxton, agarrando com força, e começou a balançar os quadris,
fodendo sua boca.

Braxton soltou o eixo de Xander e moveu a mão em volta para pegar na
sua bunda, o persuadindo enquanto ele fazia coisas pecaminosas com a língua. A
cabeça do pau de Xander bateu na parte de trás da garganta Braxton, fazendo
com que suas bolas se apertarem.

Braxton abriu sua boca, e Xander sentiu a língua do seu companheiro
serpenteando sobre seu saco apertado, até Braxton chegar em torno da cabeça
de seu pênis.

Ele fechou os olhos e gemeu. Ele nunca tinha sentido nada parecido em
sua vida. Os dedos de Braxton deslizaram na parte inferior do saco de Xander e
ao longo de seu períneo, enquanto continuava a chupar o seu pênis e suas bolas,
ao mesmo tempo.

― Oh foda... Não posso... Estou quase ... aaahhh! ― Xander tentou
desesperadamente dar algum tipo de aviso.
Braxton parecia entender o que ele estava tentando dizer. Em vez de se
afastar, no entanto, ele enterrou o nariz no púbis de Xander e o chupou forte. O
aperto de Xander nos cabelos de Braxton se intensificou ainda mais, quando ele


jogou a cabeça para trás e rugiu sua libertação, se derramando pela goela abaixo
de Braxton.

Ele engoliu cada gota, cantarolando alegremente enquanto limpava
Xander com a língua.

Xander se puxou para fora da boca de Braxton e empurrou o homem o
deitando. Ele tinha que saboreá-lo. Ele golpeou para fora a mão de Braxton que
continuava a se masturbar, se inclinou sobre o seu companheiro, e o engoliu por
inteiro.

Ah, sim. Xander gemeu longo e profundamente. Braxton tinha o gosto
melhor do que ele imaginava. Ele não conseguia o suficiente. Ele precisava de
mais, e ele sabia qual era a única maneira de obtê-lo. Ele deslizou por suas
bochechas quando ele arrastou seus lábios para cima do eixo quente de Braxton,
então o engoliu de volta para baixo novamente.

― Ah! Ah, foda... Oh... Oh foda, Xander! ― Braxton gritou, arqueando
as costas, empurrando o pau mais fundo na boca de Xander, o enchendo com a
seu gozo, morno e salgado. Xander limpou seu companheiro, tomando cuidado
para não perder uma única gota, então descansou sua testa contra a coxa de
Braxton e tentou recuperar o fôlego.
― Nossa! Isso foi incrível. ― Braxton sussurrou.
Xander sorriu. Ele se ajeitou e colocou suas próprias roupas em ordem
antes de levantar o moletom de Braxton até seus quadris. Ele beijou a testa de
Braxton, seu testa, sua face, ao longo de sua mandíbula até o ouvido.

― Sim, foi.
De repente, Xander pensou em algo que realmente deveria ter passado
pela sua cabeça antes que ele tivesse o seu pênis na garganta de Braxton.


― Existe alguém esperando por você? Alguém que possa estar
preocupado por você não ter voltado para casa na noite passada?
― Bem, na verdade não. Keeton seria o único que poderia se preocupar,
mas ele está ocupado neste fim de semana.
― Keeton? ― Xander engoliu uma onda de ciúme irracional.
― Sim, meu melhor amigo. ― Respondeu Braxton.
― Ah, certo. ― Xander soltou um suspiro. Essa coisa de acasalamento ia
ser mais complicado do que ele pensava. ― Bem, eu estarei mais do que feliz em
te levar para casa. ― Ele esfregou a nuca. ― Ou eu também ficarei feliz em
chamar Keeton para vir buscá-lo, se você preferir ― ele mentiu.
― Sério? Você não se importa? ― Braxton sorriu para ele.
― Nem um pouco. ― Sua resposta foi suave, mas por dentro Xander
estava fazendo uma dança da vitória muito elaborada.
― Obrigado por tudo. Realmente. ― Braxton se aproximou e pegou a
mão de Xander, a apertando. ― Eu não sei o que eu teria feito sem você. Eu
realmente não gosto de hospitais. ― Ele olhou ao redor do quarto com uma
carranca, então de volta para Xander. ― Agora, quando eu vou sair desse lugar?
Minha comida está fria, e eu estou morrendo de fome.

Um par de horas mais tarde, eles estavam no caminhão de Xander rumo
à cidade para a casa de Braxton.

― Agora isto sim é um verdadeiro café da manhã. ― Braxton gemia
enquanto dava outra mordida no seu burrito de café da manhã.
O pau de Xander se contraiu, seus dedos de se apertaram no volante, e
ele mordeu de volta um gemido quando Braxton passou os lábios em torno do
burrito novamente.

Depois do que se passou um longo e tortuoso tempo, com o cheiro de
seu companheiro enchendo o seu nariz e as pequenas e felizes lamurias fazendo
seu pau endurecer e doer, Braxton levou Xander para um complexo de
apartamentos ostentosos.

― Maldição. ― Xander assobiou baixo quando ele parou em um enorme
portão.
― 9, 1, 5, 3 ―, disse Braxton.
― Huh?
― O teclado. ― Braxton apontou para a caixa de metal do lado de fora
janela de Xander. ― O meu código é 9, 1, 5, 3.
― Oh, o que, sem segurança? ― Xander abaixou a janela e digitou o
código de entrada. Ele diminuiu a velocidade do seu caminhão quando o portão se
abriu.
― Só à noite. Eu moro ali no final, no último prédio à direita.
― Então, quanto tempo você mora aqui? ― Xander perguntou quando
ele estacionou em um espaço na frente do edifício de Braxton. Era basicamente
um triplex, como todos os outros edifícios que ele passou.

― Não muito, apenas um par de semanas, na verdade. Eu odeio isso, os
golpes de privacidade, mas a segurança é grande. ― Braxton deu de ombros,
mas seu corpo estava tenso, e Xander podia sentir o cheiro da ansiedade
flutuando dele. Havia uma história aí, e Xander apostaria seu caminhão que tinha
a ver com ex de Braxton, mas ele não iria se intrometer. Ainda.
Braxton pegou de dentro de um saco plástico as suas roupas que ele
havia usado no pronto socorro. Bateu nos bolsos de suas calças, em seguida,
virou a bolsa em seu colo.

― Que merda ! ―, ele murmurou quando virou os bolsos da calça para
fora.
― O que está acontecendo? ― Xander esticou o braço e acalmou as
mãos frenéticas de Braxton.
Braxton caído em seu assento, parecendo totalmente derrotado. Ele
fechou os olhos, e Xander podia ouvi-lo ranger os dentes.

― De novo não ―, ele sussurrou.
Xander não sabia o que estava causando angústia ao seu companheiro,
e isso realmente não importava. Ele esticou o braço e o puxou suavemente para
ficar em seus braços. Braxton não resistiu, e se aconchegou no peito de Xander.
Eles apenas ficaram ali, sem dizer uma palavra até que Braxton respirou fundo e
sentou-se.

Xander beijou cabelo Braxton. ― Melhor?

― Na verdade não. ― Braxton deu uma risada aguada. ― Tudo se foi.
Eu não posso nem entrar na minha casa.
― Do que esta falando. O que está acontecendo?
― Chaves, carteira, celular, tudo ―, suspirou Braxton.

― Talvez eles ainda estejam no hospital ―, sugeriu Xander sem muita
convicção.
― Não. Foi Mason. Eu não posso provar isso, e eu sei que parece
loucura, mas foi ele. Eu sei disso!
― O seu ex? ― A raiva fervia no sangue de Xander. Ele realmente não
gostava daquele filho da puta. Ele rangeu os dentes para conter a sua fúria. Ele
precisava ter calma para Braxton. ― Ele é o motivo pelo qual você se mudou.
Não é?
Braxton se virou e olhou pela janela, não encontrando os olhos de
Xander. Ele ficou em silêncio por tanto tempo que Xander pensou que ele não iria
responder. Então, tão suavemente, que quase não o escutou, Braxton sussurrou:

― Sim. Ele foi a razão.
Xander pegou a mão de Braxton, acariciando os nós dos dedos com o
polegar.

― Está tudo bem, chulo. Você não tem que falar sobre isso agora. ―
Falou calmamente, mas cada fibra do seu ser, gritou pelo sangue de Mason. ―
Sabe por que ele teria levado as suas coisas?

― Na verdade não. Toda vez que ele aparece, ele diz que é porque ele
me quer de volta. ― As sobrancelhas de Braxton se juntaram. ― Mas... Eu acho
que há algo mais. Eu só não sei o que é ―, concluiu cansado.
Xander queria pressionar o assunto, mas ele sabia que não era a hora.
Braxton já parecia mais retraído desde que o assunto sobre o seu ex veio à tona,
e Xander não queria o afastar ainda mais. Além disso, tudo parecia bem claro
quando ele pensava sobre isso. Levar a carteira para conseguir o novo endereço.
Pegar as chaves para entrar na residência. Mas por quê? E por que levar o
celular? Xander mordeu o interior de sua boca para não rosnar de frustração.


― Eu realmente sinto muito sobre isso ―, murmurou Braxton.
― Chega disso. ― Xander repreendeu, dando um pequeno sorriso a
Braxton. ― Agora, alguém tem uma chave extra em algum lugar?
Os lábios de Braxton se torceram em um meio sorriso torto.

― Keeton tem, mas eu não sei como entrar em contato com ele. Eu não
tenho o número de ninguém sem o meu telefone ―, admitiu timidamente. ―
Além disso, ele está fora, em Atlanta com o seu brinquedinho novo.
― Hmm, o supervisor do condomínio?
― Ele vai precisar da minha identidade ou um comprovante de
residência. No qual eu poderei fornecer na segunda-feira, no mínimo. ― Braxton
balançou a cabeça. ― Eu não posso nem mesmo chamar um chaveiro aqui sem
autorização do supervisor. ― Ele deslizou pelo assento e alcançou a maçaneta da
porta.
― Aonde você vai? ― O tom de Xander saiu um pouco mais fino do que
ele pretendia, mas conseguiu o efeito desejado. Braxton parou e olhou para trás
por cima do ombro.
― Este não é o seu problema. Obrigado por tudo, Xander. Eu nem sei o
que lhe dizer... bem, apenas muito obrigado. Eu vou sair dos seus cabelos agora.
― E ir exatamente para onde? ― Xander levantou uma sobrancelha para
o seu companheiro. Não haveria nenhuma maneira no inferno dele deixar Braxton
longe das suas vistas. Ele sorriu quando Braxton mordeu os lábios e enrugou a
testa. ― Ponha o cinto de segurança. Estamos indo para a minha casa.

C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo C
CCi
iin
nnc
cco
oo

Braxton sabia que ele deveria se preocupar por estar indo para casa de
um cara que ele conheceu a menos de vinte e quatro horas, e com nenhum meio
de contato com ninguém. Mesmo assim ele foi, ele admitiu para si mesmo que
não tinha ninguém para se preocupar com ele, caso desaparecesse. Ele não tinha
medo, no entanto. Ele não sabia como sabia, mas seus instintos eram positivos,
ele sentia que Xander nunca iria machucá-lo. Além disso, Xander não era
exatamente mais um estranho. Não. Eles eram até próximos e íntimos, por assim
dizer.

Braxton sorriu ao se lembrar. Ele mal podia esperar para conseguir
aquele pau grande e bonito em sua boca novamente, assim como em outros
lugares. Ele estava agindo completamente diferente. Ele normalmente tendia a
ser tímido e quase reservado quando encontrava alguém, o que explicaria por
que a sua única relação real tinha sido com Mason.

Ele decidiu não se preocupar com seu comportamento incomum e voltou
a fantasiar sobre o homem sentado ao lado dele. Seu sorriso cresceu mais amplo,
e ele estremeceu na expectativa de colocar as suas mãos sobre todos aqueles
enormes músculos ondulantes.


De repente, Xander gemeu, mudando em sua poltrona e parecendo
desconfortável. Braxton corou culpado, mas não era como se Xander pudesse ler
a sua mente.

― Braxton. ― Xander voz era suave, rouca.
Oh, de jeito nenhum! ― Sim?
― O que você está pensando, chulo? ― Ele perguntou, em apenas
pouco mais que um sussurro. Ele mudou de novo, e Braxton teve um vislumbre
da protuberância inconfundível na virilha de Xander.
― Por que você pergunta? ― Braxton perguntou com cautela.
― Eu posso sentir o cheiro da... ― Xander se cortou abruptamente,
com as mãos apertando o volante.
Huh? Cheiro? Braxton discretamente cheirou debaixo do braço. Ele não
estava exatamente com um cheiro de margaridas, mas ele não estava fedendo
tanto.

― O que você cheirou?
Xander mordeu o lábio e não respondeu.
― Xander? ― Braxton esticou o braço e apertou o joelho de Xander.
― O que é isso?
― Estamos quase lá, ― respondeu Xander.
― E quando chegarmos lá?
― Precisamos conversar, ― ele suspirou.
Aquela declaração soou um pouco ameaçador para o conforto de
Braxton, mas ele aceitou o que Xander queria e não disse nada. Dez minutos
mais tarde, de acordo com o relógio do rádio, a picape virou para uma longa


entrada de cascalho, flanqueada em ambos os lados por uma cerca feita a partir
de tubos de metal. Quando Xander parou o caminhão na frente da casa, Braxton
correu para fora e ficou boquiaberto de admiração.

A casa tinha dois andares, com grandes janelas de sacada no primeiro
piso, e uma varanda linda, parecia uma cabana enorme ou talvez uma estância
de esqui de uma dessas revistas de viagens. Ela o deixou sem palavras

― Você mora aqui? ―, ele perguntou quando Xander contornou a picape
para ficar ao lado dele.
― Isso. Eu e meus irmãos.
― Irmãos? ― Braxton franziu a testa.
― Bem, não biologicamente, mas nós estamos juntos por muito tempo.
Nós somos uma família, ― afirmou Xander firmemente.
A carranca de Braxton desapareceu, e ele sorriu. ― Eu acho isso ótimo.

Xander sorriu de volta, parecendo muito aliviado.

― Vamos lá, vou apresentá-lo a todos. ― Segurou as suas mãos e abriu
o caminho para dentro.
Tão logo entraram o som da música, acompanhado por ruídos, risos,
uns baques, grunhido, seguidos de mais risos chegaram até eles. Xander apenas
revirou os olhos e levou Braxton pela sala em direção à parte de trás da casa.
Braxton teve vislumbres de uma grande lareira de pedra, e belos e fofos sofás de
camurça cor de chocolate. Uma enorme televisão LCD era definitivamente o ponto
de foco principal.

Xander puxou Braxton ao longo do que ele assumiu era suposto ser
algum tipo de toca. No centro da sala havia uma mesa de sinuca com quatros
muito grandes, muito musculosos homens muito lindos reunidos em torno dele.
Toda a movimentação parou assim que os homens viram Xander e Braxton.


Todos sorriram e começaram a discutir um com o outro, gritando para serem
ouvidos acima da música.

― Ei!
― Onde diabos você estava?
― Quem é este?
― Onde posso conseguir um?
Outro coro de risadas, alguns empurrões, e alguns poucos grunhidos e
uivos seguiu a última declaração.

― Ei!! ― Xander chamou. ― Vocês podem ficar quietos por pelo menos
um minuto? ― A música foi cortada imediatamente, mergulhando a sala em
silêncio.
Xander assentiu.

― Todo mundo, este é Braxton Carmichael. Braxton, este é Talon e
Logan Cartwright, Jackson Cunningham, e Boston Mackey. ― Xander foi em torno
da mesa, e cada homem deu um pequeno aceno de cabeça quando ele os
apresentou. ― Braxton vai ficar aqui por um tempo... e eu espero que vocês se
comportem.
Braxton apenas estava ali, pasmado e boquiaberto. Eram todos tão
grandes! Nenhum deles parecia muito parecidos um com o outro, bem, exceto
Logan e Talon, mas porra, eles eram enormes. Jackson parecia ser o menor, e
mesmo assim ele parecia ter mais de um metro e oitenta de altura. E todos
aqueles músculos ondulando eram todos os sonhos molhados de Braxton que
nunca tinha rolado. Ele não sentia nada por nenhum deles, no entanto. Ele
apreciava a suas belezas, mas seu pau nem sequer expressou um interesse
passageiro. Não até que ele olhou para Xander, de qualquer maneira.


― Então, esse é ele? ― Logan perguntou. ― O que você disse no
telefone? Seu...
― Sim. ― Xander cortou Logan, dando-lhe um olhar penetrante.
As sobrancelhas de Logan se ajuntaram, e seus olhos se estreitaram.
― Você não disse a ele, não é? ― Perguntou.
― Me dizer o quê? ― Braxton de repente se lembrou do que Xander
tinha dito que queria lhe falar algo. ― Isso tem algo a ver com você me cheirando
na picape ?
Boston e Jackson começaram a rir. Braxton ficou vermelho brilhante.
Xander apenas suspirou. Ele pegou a mão de Braxton e puxou suavemente.

― Vamos lá. Eu vou te dizer qualquer coisa que você queira saber.
Xander o levou de volta para a sala de estar, escada acima, para um
grande quarto com cama king-size, coberta com um edredom preto e marrom e
vários travesseiros. Uma penteadeira preta com um espelho contra uma parede.
A outra parede parecia estar reservada para um enorme closet.
Xander se sentou na beirada da cama, apoiou os cotovelos sobre os
joelhos, e pôs o rosto nas mãos.
Braxton se aproximou dele lentamente. Mantendo sua voz macia, ele
perguntou:

― Xander? O que foi?
Silêncio.
― Xander, fale comigo.
Silêncio.

Braxton pôs a mão na parte de trás sobre a cabeça curvada de Xander,
acariciando seu cabelo longo e escuro. Os fios separados, revelando um sinal de
nascença escuro na forma de uma espiral perfeita. Ele passou os dedos
levemente sobre a marca de nascença, considerando o seu significado.

Quando Braxton finalmente teve seus pensamentos em ordem, ele falou
novamente:

― Diga-me o que está acontecendo. Eu mereço pelo menos isso.
― Se eu te disser, então você vai embora ―, resmungou Xander em
suas mãos.
― Como eu posso ir? Você me trouxe aqui ―, brincou Braxton, tentando
aliviar o clima e puxar Xander para longe de seus medos.
Xander ergueu a cabeça e prendeu Braxton com seu olhar castanho mel.
Ele respirou fundo, se preparando, em seguida, disse em um tom monótono: ―
Eu sou um shifter.

Braxton reteve um bufar, mas não conseguiu conter o sorriso.

― Eu sei.
Xander puxou de volta. ― O que? Como?
― Meu amigo Keeton que te falei, sua avó, tio e primo são shifters. ―
Braxton parou e pensou por um minuto. ― Embora, seu pai não seja. O pai de
Keeton e seu tio têm pais diferentes.
Xander assentiu compreensivamente. ― Então, o pai do tio de Keeton é
um shifter, mas o pai de seu pai não é. Faz sentido.
Braxton apenas balançou a cabeça e continuou a sorrir.

― Certo? A família de Keeton tipo que me adotou quando meus pais
morreram em um incêndio em casa quando eu tinha doze anos. Eu não acho que

eles planejavam me contar sobre a coisa de serem shifters, mas eu vi Blaise,
primo Keeton, mudar quando tínhamos cerca de quatorze anos.

― Puberdade ―, Xander resmungou. Ele olhou para Braxton e falou de
forma mais clara. ― Nós mudamos pela primeira vez, quando atingimos a
puberdade. É difícil de controlar.
― Bem, isso assustou a merda fora de mim, mas agora não é uma
grande coisa.
― Isso ainda não explica como sabia que eu era um shifter. Não é como
se fosse óbvio.
― Eu vi a marca de nascença nas costas de seu pescoço. ― Braxton
observava Xander alcançar a marca com o dedo. ― Vovó Ida, Blaise e tio David,
todos têm a mesma marca. Você está sempre me cheirando. Você pode sentir o
cheiro de quando eu estou excitado. ― Ele sentiu um calor bochechas com isso,
mas deu de ombros e continuou. ― Eu somei dois mais dois.
Xander não disse nada, apenas o olhou.

― Então, você são todos os shifters? Você e seus irmãos são como uma
matilha? Um rebanho? O que? ― Braxton divagava enquanto Xander só
continuava a olhar fixamente para ele.
― Sim, somos todos shifters, ― Xander disse após um momento de
hesitação. ― Eu acho que você poderia nos chamar de bando. Nós ficamos juntos
para proteção. É mais seguro assim. ― Ele desviou o olhar. ― O que mais você
gostaria de saber?
― Você muda para...?
― Um tigre de Bengala Branco. ― Ele disse como se estivesse
envergonhado. Braxton achava que era legal.

― Ok. ― Ele se ajoelhou na frente de Xander e colocou a mão na dobra
do cotovelo. ― Legal. Eu tenho algumas perguntas, no entanto. Há muitas coisas
que eu não entendo.
― Você viveu com shifters e nunca ninguém explicou nada para você?
― Bem, eu tecnicamente não vivi com shifters. Nós só víamos essa
parte da família ocasionalmente. Desde que ele realmente não me importei,
ninguém nunca se preocupou em explicar. Eu gostaria de saber mais, se você
quiser me dizer.
Xander encarou Braxton em estado de choque. Ele nunca teria
imaginado que Braxton sabia tudo sobre shifters ou tinha família que tinha
shifters. O conhecimento deu-lhe imenso alívio. Talvez isso não fosse tão difícil,
afinal.

Ele acariciou os dedos pelo rosto Braxton e sorriu.

― Claro, eu vou responder qualquer coisa que eu puder. O que você
gostaria de saber?
― Então, você é o alfa?
― Sim, embora eu não faça uso da minha posição com muita
frequência.

― Eu sabia! ― Braxton sorriu. ― Eu cheiro diferente para você do que
as outras pessoas?
Xander se inclinou para frente, enterrando o rosto nos cabelos de
Braxton, e inalou profundamente. Ele gemeu, ― Oh, definitivamente. Você cheira
incrível.

― Você realmente cura rápido? ― Braxton deixou escapar depois de
uma pausa. ― Você é imune a doenças e outras coisas?
― Hum... sim. Essa é uma das coisas que Hollywood acertou. ― Ele riu.
Ele não tinha certeza para onde isso ia levar, mas ao julgar pelo rubor rosa
cobrindo o rosto de Braxton, ele iria querer saber. ― É certamente um privilégio.
―Então, nós não... quer dizer... se... Eu não estou dizendo que você iria
querer, mas... eu estou limpo...

Xander teve piedade de seu companheiro perturbado e cortou-lhe a
gagueira com um beijo rápido. O rosto de Braxton tinha ficado de vários tons
diferentes de vermelho, e ele mordeu o lábio tão forte que Xander teve medo de
sair sangue. Então, era disso que se tratava. O homem era adorável.

― Não, querido, eu não posso dar ou receber qualquer tipo de doenças
humanas. Nós estamos seguros. Você esta seguro. Eu não iria mentir para você
sobre isso. ― Xander beijou a ponta do seu nariz, e depois continuou a sério. ―
Eu nunca arriscaria sua vida dessa maneira, Braxton.
Braxton sorriu com um pouco da tensão saindo do seu corpo, e pegou a
mão de Xander e a prendeu na sua.

― Ok. Assim, há alguma coisa que eu deveria saber?
Xander riu. Seu companheiro o surpreendia cada vez mais.

Companheiro. Merda.


― Hum, sim... há algo mais.
Braxton revirou os olhos e bufou. ― Eu imaginei. Bem, fala pra mim,
grandalhão.

Xander respirou fundo e depois outro.

― Quando shifters encontram os seus companheiros, nós acasalamos
para toda a vida. Um tiro. Uma chance. Não se repete. Sem trocas. Se nosso
companheiro morre, é isso. Nunca haverá outro. Nunca. ― Bem, isso tinha sido
alegre.
Braxton não perdeu uma batida.

― Bem, isso é confuso. Você pode acasalar com alguém cuja forma
animal não é o mesmo que o seu? Você escolhe o seu companheiro? Como é que
isso funciona?
Xander riu, trazendo suas mãos unidas até roçar os seus lábios
suavemente nas juntas de Braxton.

― Calma, querido. Uma pergunta de cada vez.

― Então, como você escolhe o seu companheiro? ― O pensamento de
Xander com outra pessoa fez Braxton querer bater em alguma coisa. Ele não
sabia da onde o sentimento vinha, assim ele o sufocou de volta.
― Podemos escolher o nosso companheiro do mesmo jeito que os seres
humanos escolhem um companheiro ―, Xander respondeu um firmemente. ―
Podemos escolher alguém para partilhar a nossa vida, mas não é o mesmo que o
nosso sienota, nosso companheiro predestinado. Nosso sienota é o nosso destino.
O destino nos guia um para o outro. Nós nunca podemos ser completos sem eles.
Seria como viver sem a sua alma.
A barriga de Braxton se retorcia. Como no inferno que ele devia
competir com isso?

―Então, você acha que você nunca vai encontrar o seu sienota?

―Eu já o encontrei. ―, Xander sussurrou.

O coração de Braxton caiu para o seu estômago, e ele apertou as mãos
em punhos. De alguma forma, ele conseguiu dar um sorriso, mesmo quando ele
se afastou para longe do corpo de Xander.

― Isso é ótimo. Então, irei conhecê-lo? Ou ela? ― E por que Xander
teve algo com ele se ele já tinha um companheiro? Uma explicação de repente
lhe ocorreu. ― Será que ele... ela... enfim... recusou você?
Xander o olhou diretamente nos olhos.

― Ainda não. E eu espero que ele não o faça. ― Ele puxou Braxton de
volta para ele, chegando até a correr a ponta dos dedos ao longo da curva de sua
mandíbula.
O coração de Braxton acelerou a galope. Será que Xander disse o que
ele achava que ele queria dizer? Como ele se sente sobre isso?


― Sou eu... sou seu companheiro? ― Braxton sussurrou.
Xander balançou a cabeça, não desviando o olhar do rosto de Braxton.

― Sim, ― ele sussurrou.
― E o que isso significa exatamente?
― Significa que você é meu sienota, o meu destino. Se você me aceitar,
e me permitir reivindicar você, você pertencerá a mim. Você vai ser meu, e eu
serei seu. ― Xander se inclinou para frente, se aninhando no oco da garganta de
Braxton, sussurrando em sua pele. ―Isso significa que eu iria destruir qualquer
um que até pensou em prejudicar você.
Isso não parece tão ruim. Parecia realmente tentador, na verdade.
Especialmente com a boca Xander sobre ele, o deixando louco. Era
provavelmente uma pegadinha.

―E... ― Xander hesitou, indo para trás para olhar para ele
apreensivamente.

Isso. Aí vai. Há sempre um porém.

― Bem, shifters são extremamente possessivos e igualmente
protetores. Se eu reivindicar você, é para toda a vida. Você sempre será meu e
só meu. ― Xander parecia ferozmente inflexível sobre a última parte. ― Eu não
vou ser capaz de deixá-lo ir, mas isso vale o mesmo para você. Serei sempre seu,
Braxton.
Ele não poderia duvidar da sinceridade nos olhos de Xander, ou a
convicção em sua voz.

― Você teria de morar aqui. ― Mais uma vez, Xander pareceu convicto.
― Eu não poderia estar longe de você, mas é muito perigoso para separar nossa
família.

― Por que é perigoso?
― Meus irmãos e eu... somos diferentes do resto da nossa raça. Eles
nos temem por causa da nossa diferença e acreditam que devemos ser
erradicados. ― Xander fez uma pausa, franzindo a testa. ― Não é uma história
agradável.
Braxton poderia dizer que Xander não estava confortável falando sobre
isso, mas ainda...

―Você vai me dizer algum dia?

Xander assentiu.

― Eu vou. ― Sua testa franziu ainda mais. ― Você vai ficar?
Tudo parecia um sonho. Braxton sempre esperou conhecer a loucura do
amor à primeira vista, o tirando de seus pés e batendo na sua bunda, a
experiência que tudo consome. Essa coisa com Xander se aproximou
consideravelmente dum raio, mas ele queria que o grande alfa quisesse estar
com ele porque queria, e não porque ele não tinha escolha.

―Então, quando é que você vai me reivindicar? ― Braxton declarou.



Puta merda! Braxton estava dizendo... O que diabos ele estava dizendo?
Braxton não tinha dito que iria ficar, mas ele ainda estava lá, ainda falando, então
Xander tomou isso como um bom sinal.

―Bem, primeiro eu tenho que marcar você... ― Xander começou,
apenas para ser cortado.

―Você vai fazer xixi em mim? ― Braxton ganiu. ― Porque eu tenho que
te dizer, eu não estou bem com isso!

Xander mordeu a parte interna da bochecha para não rir.

― Não. Eu não vou urinar em você. Durante o sexo, meu corpo libera
um óleo através da minha pele. Esse óleo será absorvido em sua própria pele e
duram dias. Esse meu cheiro em você vai deixar os outros shifters saberem que
você é meu. Que você está fora dos limites. ― Ele prendeu a respiração,
esperando a reação do seu parceiro.
―Então, só temos que fazer sexo? ― Braxton perguntou, franzindo a
testa. Xander assentiu, embora não soasse tão atraente quando colocado dessa
forma.

Braxton mordeu os lábios, enrugando a testa.

― Fale comigo, Braxton. Diga-me o que você está pensando ―, Xander
murmurou. Obviamente, algo estava atormentando a cabeça do homem. Ele só
esperava não ser um plano de fuga.
― Você me quer? Quer dizer, eu sei o que você disse sobre o destino e
tudo mais, mas você realmente me quer? ― Braxton encontrou o olhar de
Xander, nunca desviando o olhar. ― Se eu não fosse seu companheiro
predestinado, por assim dizer, você ainda iria querer ficar comigo?
Xander ficou em silêncio e atordoado. Ele pegou Braxton em seus
braços, acariciando seus cabelos. O que ele poderia dizer? Era verdade que


Braxton não era realmente seu tipo. Xander era bissexual, assim como seus
irmãos, e ele gostava que suas mulheres fossem suaves e delicadas. Os homens
com quem ele tinha saído, no entanto, sempre foram grandes e musculosos como
ele, com personalidades mais dominantes. Braxton definitivamente não se
encaixa nessas categorias.

Nada disso importava para ele, no entanto. Braxton era dele. Se fosse
lhe dado à escolha, ele poderia não ter escolhido ele como companheiro, mas o
destino o tinha. Xander sabia que o destino conhecia coisas que ele desconhecia,
e ele tinha há muito tempo aprendido a confiar nesse conhecimento incalculável.

Agora, como ele explicaria para Braxton sem que soasse exatamente
como o que Braxton pensava que era? Xander percebeu que não tinha escolha, e
ele estava parcialmente certo. A compulsão para estar perto de seu companheiro
era uma coisa poderosa. Braxton poderia não ter sido o seu tipo antes, mas
agora, Xander não poderia imaginar viver sem o homem.

Quando sentiu Braxton ficar tenso, ele fechou os olhos e suspirou. Ele
tinha esperança de deixar isso para depois, muito depois, mas era provavelmente
melhor tirar isso do caminho.

Ele abriu a boca e respondeu para Braxton, repetindo sua pergunta.

― Se eu não fosse seu companheiro predestinado, por assim dizer, você
ainda iria querer ficar comigo?
Braxton recuou e olhou boquiaberto. ― O que?

― É complicado.
― Portanto, eu não sou o seu companheiro, não é? ― Braxton falou as
palavras lentamente.

―Não. Quero dizer, sim. Quero dizer... porra! ― Xander sentou-se reto,
esfregando as mãos sobre o rosto. Deus, ele estava fodendo tudo. ― Sim, é claro
que você é meu companheiro.

― Então o quê? Eu não entendo, Xander. ― Braxton parecia ansioso,
com a voz tensa.
Xander respirou longamente e inspirou lentamente. ― Nosso sienota é
sempre um outro shifter ―. Ele ergueu a mão quando Braxton abriu a boca para
interromper. ― Por favor, deixe-me terminar.

Braxton apertou os lábios e balançou a cabeça secamente.

― Nosso sienota é sempre um outro shifter ―, Xander repetiu. ― Pode
estar dormente. Nosso companheiro pode parecer completamente humano, mas
eles sempre têm sangue shifter, não importa quão diluído esteja. ― Ele observou
que a compreensão iluminando os olhos de Braxton.
―Puta merda! Então, você está dizendo que estou mudando em algum
lugar aqui? ― Braxton cutucou seu próprio abdômen, com os olhos arregalados e
boca aberta.



Depois do choque inicial, Braxton sentiu sua testa enrugar, e ele olhou
para Xander.

― Voce sabia? Você sabia, não é? ― Ele se levantou e começou a andar
no quarto como um animal enjaulado. ― Xander?
Xander pediu para Braxton ficar e o deixar reclamá-lo, mesmo sem dizer
para ele sobre o fato de Braxton ser meio shifter. Ele tinha uma sensação de que
Xander não tinha planejado lhe dizer isso.

― Sim. Eu sabia. ― Xander suspirou e passou a mão pelos cabelos
longos.
Braxton fez uma pausa e respirou fundo. Ele precisava de respostas,
não um argumento.

― Então, e agora?
― Nós não podemos transformar os seres humanos como nos filmes,
mas já que você é meu companheiro, significa que você tem alguns genes
shifters. Eu posso... ativá-lo, por falta de um termo melhor, ― respondeu Xander
hesitante.
― E isso significa?
― Bem, você provavelmente não se transformaria, mas há outros
benefícios.
― Então, eu sou uma espécie de shifter, e você é meu companheiro? ―
Braxton tentou levar isso tudo. Porra, sua cabeça doía. ― É por isso que eu me
sinto atraído por você? A razão pela qual eu concordei em ir em uma picape com
você, um total desconhecido mais ou menos e voltar para casa com você? É por
isso que eu praticamente te ataquei e chupei você lá no meu quarto de hospital?

A cara de Xander caiu, e seu corpo ficou tenso. Braxton sabia que suas
palavras haviam machucado o homem grande.


― Provavelmente ―, Xander resmungou.
Braxton teve o desejo de ir para Xander e confortá-lo. Doía-lhe ver o
cara grande machucado. Ele sentiu o formigamento na barriga de novo e passou
a língua sobre as gengivas que coçavam.

Xander o olhou por um momento antes de arquear uma das
sobrancelhas e dar-lhe um sorriso conhecedor.

― Você a sente.
― O que? ― perguntou. Ele estava ficando cansado dessa merda
enigmática.
― Sua coceira nas gengivas.
― Bem, parabéns, Capitão Óbvio ―, comentou sarcasticamente
Braxton. ― Quer me dizer por que, ou devemos jogar Vinte Perguntas?
Xander se levantou da cama e fez o seu caminho lentamente para onde
Braxton estava perto do armário.

― As suas gengivas coçam porque o shifter em você me reconhece
como seu companheiro. Quando encontramos o nosso companheiro, nossos
caninos se alongam, e nós os reivindicamos com uma marca de
acasalamento,uma mordida no pescoço. ― Xander sorriu novamente. ― Seu
shifter quer me reivindicar.
― Eu não tenho um shifter, e eu não quero reivindicar você! ― Braxton
gritou.
Xander apenas continuou a sorrindo para ele. ― Você está sendo um
idiota, Braxton.

Ele sabia que ele estava, mas ele não conseguia parar. Essa coisa toda
foi demais. Ele podia lidar com Xander sendo um shifter. Ele estava bem em ser o


companheiro de um shifter. Ele ficou surpreso ao descobrir que ele tinha um
pouco de sangue shifter, mas ele estava mesmo bem com isso. Mas ele não
estava bem com suas escolhas sendo tiradas dele.

Braxton admitiu que o destino poderia ter feito um trabalho pior na
escolha de um parceiro para ele. Xander era lindo, e ele sentia uma atração
instantânea para ele. Ele tinha estupidamente acreditado que era amor à primeira
vista, ele tanto esperava. Agora, ele só se sentia manipulado e confuso.

― Braxton? ― Voz de Xander o tirou de seus pensamentos.
― Eu preciso pensar. Alguém pode me levar para a casa de Keeton?
Xander não parecia feliz, mas ele balançou a cabeça. ― Vou levá-lo. ―
Ele estendeu a mão e segurou o lado do rosto de Braxton.

Braxton viu sua mão aninhada com a de Xander e a soltou rapidamente.

― Eu apenas não posso estar perto de você agora. ― Ele deu um passo
para trás. ― Por favor, compreenda. ― Tão infeliz quanto ele estava diante da
situação toda, Braxton ainda não queria ferir Xander.
Xander fechou os olhos por um momento, depois se inclinou para
colocar um beijo suave na testa Braxton.

― Ok Você me liga quando o seu tempo para pensar acabar? Não
importa o que você decidir... por favor?
Braxton assentiu e se afastou.


C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo S
SSei
eieis
ss

Braxton virou-se para Logan quando ele saiu do Jipe Liberty do homem.

― Obrigado. Eu sei que vocês provavelmente não sejam os meus
maiores fãs agora, mas...
― Hey. ― Logan cortou. ― Nós estamos bem. Eu entendo que é uma
responsabilidade muito grande, só... bem, pense nisso, ok? Você nunca vai
encontrar alguém que irá tratá-lo melhor do que Xander. ― Ele pegou um pedaço
de papel e uma caneta de seu porta luvas, rabiscado por um minuto, e o
entregou a Braxton. ― Me chame se você precisar de alguém para conversar.
Braxton acenou com a cabeça quando ele pegou o número de Logan.

― Obrigado, ― Ele fechou a porta e o observou, franzindo a testa,
enquanto Logan ia embora.
Quando ele se virou para casa de Keeton, ele teve de sorrir, apesar de
tudo.

Ele adorava a pequena casa pedra branca, com a porta da frente
vermelha e o azul brilhante da varanda coberta. Vermelho, branco e petúnias
azuis floresciam na janela e nos vasos enormes de cada lado dos degraus da
frente. Parecia que era a sede da ONS 3do homem gay.

3 USO: United Service Organizations (Organização das Nações de Serviços)


Braxton subiu os degraus da frente, esperando que Keeton ainda
deixasse a chave reserva sob o capacho. A porta se abriu antes mesmo de ter
chegado ao último degrau. Keeton ficou parado na porta, vestindo apenas uma
camiseta branca e cueca biquíni do Scooby-Doo, e seus olhos estavam vermelhos
e inchados. Braxton só conseguia pensar em uma coisa que faria com que o seu
amigo ficasse desgrenhado dessa maneira.

― Quando você terminou? ― Ele perguntou delicadamente, estendendo
a mão para seu amigo.
― Ontem ― Keeton indeferiu o seu rompimento com Dylan com um
movimento do pulso.
―O-kay. ― Braxton achou que estava faltando alguma coisa, então. ―
Kee... o que...

― O que diabos você estava pensando, Brax? ― Keeton gritou,
efetivamente cortando o inquérito de Braxton.
Hã? ― Hã?

― Como você pôde acabar voltando para a cama em dois tempos
daquele arrogante de merda, pau de cérebro, porco e narcisista? ― ele vociferou,
agitando os braços freneticamente.
Braxton internamente ficou maravilhado com os adjetivos que Keeton
usou. Ele não teve dificuldade para descobrir de quem seu amigo irado estava se
referindo. Isso não respondia o “o quê?” ou o “por quê?”, no entanto.

― Por que diabos você pensa que voltei com Mason? ― Ele empurrou
Keeton através da porta e suspirou. ― Vá se vestir, e depois podemos conversar.
Keeton apenas revirou os olhos, pegou um par de jeans largo das costas
do sofá, os colocou e se estatelou em sua cadeira favorita. Braxton se sentou no
banco do amor, chutou os sapatos, e puxou os pés debaixo dele.


― Por que você acha que eu voltei com Mason? ― Braxton repetiu a
pergunta.
― Considerando que a barata atendeu o telefone da sua casa quanto o
seu telefone celular quando eu liguei ontem à noite, o que era eu...
― O que? ― Braxton interrompeu. ― Ele realmente estava na minha
casa?
― Bem, eu estou supondo que ele estava em sua casa desde que ele
atendeu o telefone. ― O tom de Keeton sugeriu que ele estava lidando com uma
criança temperamental. ― Eu pedi para falar com você, bem, depois de chamá-lo
de alguns nomes bem ofensivos, claro. ― Ele encolheu os ombros como se fosse
natural. ― Ele disse que não estava em casa.
Braxton rangeu os dentes. Ele não precisava dessa merda agora.

― Keeton, eu juro que não estava com Mason ontem à noite, ou a
qualquer tempo desde que eu chutei sua bunda gorda na calçada.
Keeton apenas balançou a cabeça e inclinou a cabeça para o lado. ― O
que aconteceu com sua cabeça? ― Ele apontou para a atadura de gaze na testa
Braxton.

Assim, Braxton disse ao seu melhor amigo toda a sórdida história,
começando com seu encontro com Mason, quase sendo atropelado por um carro,

o incidente no hospital, e terminando com a confusão toda com Xander.
― Ok, deixe-me entender isso direito ―, disse Keeton quando Braxton
tinha terminado. ― Você é meio shifter... tipo... um pouco? Quase todo? ― Ele
acenou com a mão. ― E, você está acasalado a um shifter puro?
Sim, aquilo resumiu tudo. Braxton mordeu o lábio e assentiu.


― Isso é estupidamente impressionante! ― Keeton gritou,
surpreendendo Braxton e o fazendo pular. ― Espere. Por que você está aqui?
Você não gosta dele?
― Eu gosto muito dele, e esse é o problema.
Keeton levantou uma sobrancelha e girou sua mão em um “continue”
em gestos.

― Bem, se eu sou parte shifter, isso significa que eu não sou apenas
companheiro de Xander, mas ele é meu também. Eu realmente não entendo a
coisa toda, mas parece mais como um aprisionamento para mim ―, resmungou
Braxton. ― Quer dizer, eu nem sequer tenho uma escolha? O destino que escolhe
uma pessoa aleatória para mim, e é isso?
Ele se levantou e começou a andar pela sala.

― Eu não consigo nem pensar direito quando estou perto dele. ― Ele
balançou com as mãos em volta enquanto falava. Podia ouvir-se ficando um
pouco histérico, mas não sabia como parar. ― Minha mente está toda confusa, eu
tenho esse formigamento estranho no meu estômago, e minha gengiva começa a
coçar. Que diabos é isso?
Keeton apenas sentou-se calmamente e ouvia Braxton falar com uma
expressão divertida no rosto.

― Eu quero estar com ele agora. Eu quero pegar o telefone e ligar para
ele apenas para que eu possa ouvir a sua voz. Eu mal o conheço, Keeton! ― Ele
parou na frente de Keeton e cruzou os braços sobre o peito. ― Isto não é normal
―, ele murmurou.
―Ele é quente?

A pergunta de Keeton fez com que Braxton desse uma pequena risada.


― Ele é lindo. ― Ele suspirou e tomou seu lugar no assento do amor
mais uma vez.
―Você acredita em amor à primeira vista, certo?

Braxton assentiu para a pergunta de seu amigo. Eles tinham tido essa
conversa antes.

― Então, como você imagina que o amor à primeira vista se parece?
Quando você imagina, como isso acontece? ― Keeton virou um pouco em sua
cadeira para encará-lo.
― Bem, eu iria conhecer um cara, talvez na rua, ou em um café, ou em
qualquer lugar. Meu coração dispararia, minhas mãos iriam começar a suar, meu
corpo formigaria, e então nós olharíamos para os olhos um do outro, e tudo o
mais iria embaçar e desaparecer, exceto ele. ― Ele mordeu o lábio quando ele
parou para pensar. ― Seria apenas sentir... bem, como se algo estivesse nos
empurrando, nos juntando, como... ― Braxton parou, e seus olhos se
arregalaram.
― Como o quê? ― Keeton sorriu.
― Como se o destino nos guiasse uns aos outros ―, Braxton sussurrou.
―Agora, como é que isso é diferente do que ser acasalado? Parece a
mesma coisa para mim, querido. ― Keeton levantou de seu assento e foi em
direção a sua cozinha. ― Meu celular está na prateleira ―, ele gritou enquanto
ele saia da sala.



― Tem certeza que ele não disse mais alguma coisa? ― Xander estava
na cozinha olhando Logan preparar o jantar.
Braxton tinha ligado apenas um par de horas após que Logan o tinha
deixado, dizendo que ele precisava de mais tempo para pensar, e que ele ligaria
de novo em breve.

Isso tinha sido há três dias. Xander estava ficando louco. Ele tinha
repetido a conversa em sua cabeça milhares de vezes e ainda não sabia o que ele
poderia ter feito de errado. Isso era algo que Braxton deveria resolver por si
mesmo. Logan suspirou quando ele se afastou do fogão para enfrentá-lo.

― Não. Ele realmente não disse nada. Ele só concordou em pensar
sobre isso. Ele vai ligar, Xander.
A campainha tocou, e Xander gritou para alguém abrir a porta. Era
provavelmente um desses grupos religiosos. Eles não tinham muitos visitantes ou
vendedores, onde eles viviam fora da cidade.

― Mas e se ele não ligar? ― Ele retornou a sua conversa com Logan. ―
Quero dizer, ele parecia realmente apavorado.

― Se ponha no lugar deler. Ele só descobriu que é meio shifter, mas
que você é seu companheiro. Qualquer um ficaria assustado.
Logan falou calmamente, enquanto Xander invejava o modo
descontraído e a paciência de seu irmão.

― Ele vai ligar quan... ― Logan repetia.
―Ou, eu vou aparecer.

Xander se virou para encontrar o seu companheiro de pé na porta da
cozinha.


― Oi ―, disse Braxton, dando a Xander um sorriso incerto.
― Braxton―, ele suspirou. O aperto no seu peito pareceu afrouxar, e ele
respirava, realmente respirava, pela primeira vez em dias.
― Ok, então o que é que vocês fazem? Você sabe, como trabalham? ―
Braxton perguntou a sala em geral.

Eles estavam todos sentados na mesa da cozinha, comendo o primeiro
jantar. Braxton sentado no colo de Xander, por insistência de seu companheiro,
sorrindo para os irmãos de Xander. Tinha sido uma semana desde que ele tinha
aparecido na porta de Xander, admitindo que ele ainda não sabia o que estava
acontecendo, mas ele estava disposto a dar-lhe uma chance.

Braxton não conseguia se lembrar de um momento tão feliz em sua vida
do que a semana que passou com Xander. Embora ele se recusasse a se mudar,
no entanto, ele passou mais noites na cama de Xander do que ele fez no seu
próprio. Ele insistiu em levar as coisas devagar, então eles não tinham feito nada
mais do que beijos e abraços, mas ele adorava adormecer enrolado ao corpo
grande e quente de Xander.

Xander concordou em não levar a coisa do acasalamento até Braxton
estiver pronto. Eles passaram o tempo conhecendo um ao outro, andando na
mata que cercavam a casa de Xander, cozinhando o jantar juntos, e falando sem
parar. Eles falaram sobre filmes, livros, música, seus gostos e desgostos sobre
tudo, desde comida à política.


Quanto mais ele aprendia sobre Xander, mais Braxton se sentia caindo
pelo alfa. Xander era gentil, doce e encantador. Além disso, ele era um bombeiro,
que Braxton achou sexy como o inferno.

Ele tinha estabelecido à regra de não praticar sexo, a fim de conhecer
Xander melhor sem a atração física nublar seu julgamento. Parecia estar
funcionando, mas Braxton não sabia quanto tempo ele poderia manter seu voto
de celibato. Ele não sabia se era o vínculo de acasalamento ou simplesmente sua
atração natural para o homem, mas cada vez que ele estava perto de Xander, ele
se imaginava fazendo coisas para o grande homem que era, provavelmente,
ilegal em vários estados.

Braxton tinha estado tão embrulhado em Xander, que ele não tinha
prestado muita atenção ao resto dos homens. Ele descobriu que era hora de
conhecer um pouco mais do bando de Xander.

― Bem, Talon e eu trabalhamos no Carpe Noctem ―, disse Boston. ―
Eu sou bartender. Talon, ele é o segurança, com a sua personalidade brilhante e
tudo mais.

Todos riram, inclusive Talon.

―Sim, eu sou. ― Talon sorriu. ― Eu sou apenas um raio de sol grande
de merda.

Braxton bufou. Ele não acreditou nem por um segundo que Talon fosse
um tremendo idiota como ele queria que todos pensassem.

― Jackson é o nosso cara da tecnologia, ― Boston continuou. ― Ele
pode hackear qualquer coisa. O cara é um gênio.
Jackson sorriu. ― Ele está exagerando. Agora, eu estou trabalhando
para Watson Segurança. Eu projeto e instalo sistemas de segurança. ― Ele bufou
e revirou os olhos.


― E você, Logan? ― Braxton perguntou.
― Eu sou um paramédico ―, disse Logan em sua voz, tranquila e jovial.
― Vejo muito o Xander quando nós saímos para as chamadas. Eu não trocaria de
emprego com ele, embora.
― Sim, eu sou foda. ― Xander estufou o peito, e todos riram.
― Acho que o Xander está tentando dizer, à sua maneira poética, é que
ele é um bombeiro excelente, um dos melhores. ― Logan riu.
― Isso é o que eu disse, idiota ―, Xander resmungou.
― Certo, muito eloquente ―, murmurou Jackson em torno de um sorriso
malicioso.
Braxton apenas ficou sentado no colo de Xander, sorrindo como um
idiota.


Eventualmente, Boston e Talon tiveram que se arrumarem para o
trabalho, e Jackson anunciou que ele tinha um encontro com um cara bonito que
tinha conhecido.

― Então, todos vocês são gays? ― Braxton perguntou.
― Nós somos, basicamente, de gênero neutro. ― Boston riu. ― Nós
realmente não nos importamos quais acessórios vem com o pacote.
Todo mundo concordou.


― Estamos mais interessados na pessoa do que o que está entre as
pernas ―, acrescentou Talon.
― Entendi. ― Braxton sorriu e acenou.
― E você, Braxton? Você já esteve com uma garota? ― Logan brincou.
Talon e Boston pararam em seu caminho para fora da sala e voltaram
para ouvir a sua resposta. Xander não podia culpá-los. A julgar pelas bochechas
vermelhas de seu companheiro, e do jeito que ele tinha a cabeça abaixada, isso
ia ser bom.

― Uma vez. ― Braxton resmungou.
― Derrama ―, Jackson exigiu, pegando uma cadeira da cozinha e a
virando de costa e se escarranchando nela. Ele descansou o queixo sobre as
mãos dobradas sobre o dorso da cadeira e encarou Braxton com expectativa.
Braxton suspirou. ― É uma longa história curta, estávamos nus, e eu
não podia fazer. Entrei em pânico, e decidiu ir para baixo, pois me pareceu a
melhor opção. Obviamente, eu não tinha a menor ideia sobre o que eu estava
fazendo. Não é como com os caras, você sabe... não era autoexplicativo ―,
afirmou, indignado. ― De qualquer forma, ela parecia estar gostando até... ―
Braxton parou, olhando envergonhado.

― Então o que aconteceu? ― Boston perguntou.
― Eu a mordi. Só a belisquei um pouco, você sabe.
Todo mundo olhava em estado de choque antes de cair na risada.
Xander apertou os braços em volta da barriga de Braxton em apoio, embora ele
também estivesse rindo.

― Sim, isso chocou ela também.― Braxton corou de novo. ― Tanto é,
na verdade, que ela gritou, o que assustou o seu gato que estava escondido
debaixo da cama. O gato decolou como um foguete miando o que a assustou

mais ainda. Ela pulou e seus joelhos foram na minha cara. ― Ele revirou os olhos
e riu. ― Machucou meu lábio, o sangue ia por toda parte. Completamente
acidental, é claro, mas a pobre menina ficou tão envergonhada, que correu para

o banheiro e se trancou lá dentro. Me levou quase uma hora para convencê-la a
sair.
Até o momento que Braxton terminou sua história, toda a sala estava
cheia de gargalhadas. Jackson havia caído no chão, apertando seu abdômen,
enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto. Xander estava tentando enfiar o
punho inteiro na boca para abafar sua diversão. Oh, seu companheiro ia ser um
punhado. Pelo menos eles nunca se entediariam.

C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo S
SSete
eteete

― Estou exausto! ― Braxton bocejou enquanto faziam seu caminho até
as escadas para o quarto de Xander.
Xander pegou seu companheiro e o colocou nos ombros, ignorando os
protestos do pequeno. Ele subiu as escadas, dois degraus de cada vez, e jogou
Braxton como um saco de batatas sobre a cama.

― Você vai ficar esta noite? ― Ele perguntou incerto.

Ele havia prometido que ele levaria as coisas devagar, mas era tão difícil
com seu companheiro ali em volta dele à noite, seu cheiro doce enchendo sua
cabeça. Ele ficava duro o tempo todo, frustrado e irritado. Ele não sabia quanto
mais ele poderia aguentar.

― Sim. ― Braxton deu-lhe um sorriso sexy.
Xander sentiu seu pau começar a endurecer, a necessidade e o desejo
de possuir o seu companheiro o oprimido, e ele decidiu dar uma chance.

― Tira ― ordenou.
Braxton apenas olhou para ele, uma sobrancelha erguida. Em seguida,
ele cruzou os braços sobre o peito e sorriu maliciosamente. ― Não.

― Não? ― Xander não tinha certeza, mas pensou que Braxton o estava
provocando. Ele com certeza esperava que sim.
― Isso mesmo. ― Braxton se levantou e fez o seu caminho para o
banheiro, colocando um balanço extra em seus quadris e olhando por cima do
ombro para piscar para Xander.
Ah, então seu companheiro queria jogar? Xander alcançou o pequenino
em dois passos e o jogou por cima do ombro. Braxton riu mesmo quando ele
bateu nas costas de Xander com os punhos pequenos. ― Ponha-me para baixo,
seu grande tirano!

― Me dê o seu dinheiro do almoço, seu esquisito! ― Xander rosnou.
Braxton riu ainda mais, mas ainda protestou. ― Você é um idiota.
Agora, me coloca no chão!

O que o seu bebê quer, o seu bebê tem. Xander colocou sua carga
inquieta no chuveiro, de roupa e tudo, e ligou a água. A água fria correu para fora
do chuveiro, caindo sobre os dois. Braxton ganiu. Pulou e rodopiou, ele olhou


para Xander quando ele retirou o cabelo molhado dos olhos. Xander percebeu que

o seu companheiro ficava bonito como o inferno quando ele ficava chateado.
― Que diabos foi isso? ― Braxton exigiu, batendo no peito de Xander.
Xander apenas riu, puxando Braxton para ele e cortando o resto de sua
explosão, esmagando suas bocas juntas. Ele quebrou o longo beijo o suficiente
para puxar a camisa molhada de Braxton sobre sua cabeça e deixá-la cair no
chão de azulejos com um estatelar.
Se afastou apenas o suficiente para olhar nos olhos de Braxton.

― Tem certeza, querido?
― O inferno, sim, ― Braxton rosnou e o puxou para outro beijo
alucinante.
Em poucos segundos os dois estavam completamente nus, ofegantes e
gemendo, ondulando juntos sob a pulverização quente do chuveiro. Braxton
escalou o seu corpo, envolvendo as pernas em volta da cintura de Xander.

― Mmm, eu quero você ―, ele sussurrou na boca de Xander.
O pau de Xander latejava, exigindo atenção.
― Diga-me o que você quer, bebê? ―, ele murmurou. Sua cabeça
girava apenas pensando em finalmente estar dentro de seu companheiro.
― Eu quero você dentro de mim. Fundo. Me estirando. Me enchendo. Me
foda! Eu quero que você goze com tanta força, que estoure meu traseiro
apertado. Eu quero montar seu pau. Montá-lo duro, até eu gritar, ― Braxton
sussurrou entre lambidas e mordidas no pescoço de Xander.
Oh, caralho!
Xander fechou os olhos e gemeu. As palavras sujas saindo de uma boca
tão angelical fez com que ele necessitasse apertar a base de seu pênis para não


se explodir com o seu gozo. Ele apoiou seu companheiro entre seu próprio corpo
e a parede do chuveiro. Braxton colocou seus tornozelos atrás das costas de
Xander, pegou o frasco de xampu, abriu a tampa, e despejou uma quantidade
generosa na mão à espera de Xander.

Xander alisou seu membro rígido, em seguida, levou dois dedos
escorregadios para baixo e o esfregando contra a entrada apertada de Braxton.
Empurrou os dedos, tirando um profundo suspiro de seu amante. Braxton deixou
a sua cabeça cair para trás, balançando os quadris, empurrando os dedos de
Xander.

― Mais. Preciso de mais. Me fode, Xander!
Xander segurou seu pênis vazante em uma mão, e com a outra
segurava o traseiro perfeito de Braxton. Ele alinhou a ponta vermelha e escura de
sua ereção com o doce buraco cor de rosa de Braxton, e empurrou. A ponta
deslizou e passou pelo primeiro anel do músculo apertado, e ambos gemeram
alto.

Xander empurrava lentamente, se empalando até a raiz dentro de seu
amante. Ele se surpreendeu com o como que alguém tão pequeno pôde tomar
todo o seu comprimento.

― Porra, é tão gostoso, chulo. Tão apertado. Tão quente. Você foi feito
para mim. ― Ele puxou Braxton para ele, passando as mãos sobre ele,
pressionando seus tórax juntos, e aninhando o rosto contra o seu cabelo.
Ele banhava seu companheiro com o seu cheiro. Xander sabia que
Braxton não estava pronto para ser reivindicado ainda, mas ele queria que todos
soubessem que o homenzinho lhe pertencia.

Braxton começou a balançar os quadris, tanto quanto a sua posição
permitiria, grunhindo em frustração.


― Xander, se mova. Me foda, porra. ― Ele se inclinou para frente, se
agarrando sobre a carne sensível entre o pescoço e o ombro de Xander, e o
mordeu. Forte.
Xander ofegou quando empurrou seus quadris, batendo no corpo
acolhedor do seu amante. Ele inclinou seus quadris para um melhor ângulo e com
a estocada seguinte bateu no ponto doce de Braxton.

― Oh, sim. Mais forte! Me fode com mais força ―, Braxton
choramingou.
Xander aumentou o seu ritmo, levando o doce corpo de Braxton com
abandono. ― Se masturbe, bebê ―, ele ofegou. ― Eu quero sentir os seus
músculos apertar e estrangular o meu pau, quero que você goze no meu pau.

Braxton agarrou o seu pau duro e começou e começou a bombear ao
mesmo tempo dos golpes de Xander.

― A quem você pertence? ― Xander exigiu. Braxton gemeu, seu corpo
indo duro.
― Me diga ―, Xander rosnou. ― Diga que você é meu. ― Ele precisava
que Braxton dissesse isso, que admitisse que ambos se pertenciam.
― Oh, foda... Ah, Xander! ― Braxton gritou. Quentes jatos de sêmen
saíram, como se fosse um tiro, de sua fenda, preenchendo o espaço entre eles.
O traseiro de Braxton apertou seu membro, fazendo com que Xander
perdesse o controle. Ele deu um impulso forte e gozou no quente e sedoso canal
do seu companheiro. Braxton balançou os quadris, seus músculos internos
ordenhando o orgasmo de Xander e o drenando.

Braxton se inclinou para frente novamente e sussurrou: ― Seu ―, na
orelha de Xander, então mordeu o outro lado do seu pescoço, ainda mais forte
que a última vez.


As visões de afundar os seus caninos no pescoço de seu companheiro,
de o reivindicar, e de Braxton fazendo o mesmo, fez o corpo de Xander tencionar
e empurrar, e ele rugir. Jogando a cabeça para trás, ele gozou de imediato, como
se não tivesse acabado de ter o orgasmo da sua vida, segundos antes. Seu
sêmen transbordou do traseiro apertado do seu companheiro, escorrendo pelo o
seu pau agora amolecido. Ele gemeu pateticamente, descansando sua testa
contra a de Braxton, e tentou acalmar a sua respiração difícil.

― Você vai me matar, chulo.
Na manhã seguinte, Xander levou Braxton até a casa de Keeton para
pegar alguns esboços que Keeton tinha feito para o livro de Braxton . Braxton
estava tendo um momento difícil para trazer seus personagens demoníacos à vida
e tinha a esperança de que os desenhos ajudaria.

A chave do Mustang de Braxton, que estava em seu chaveiro, tinha
misteriosamente desaparecido, e ele ainda tinha que encontrar tempo para ir à
concessionária para pedir um novo. Ele perdeu seu carro.

Braxton se mexeu na cadeira, o seu traseiro agradavelmente dolorido da
noite anterior, e sorriu para si mesmo. Sua determinação de levar as coisas
devagar e não deixar o sexo nublar o seu julgamento tinha voado direto para fora
da janela. Ele estava lutando contra seu desejo de Xander por toda a semana. As
brasas do desejo em sua barriga tinham finalmente culminando num incêndio
furioso.


Ele não tinha arrependimentos. Xander tinha transado com ele mais
duas vezes durante a noite, antes de terem finalmente caído em um sono
exausto. Ele não se importava se era apenas alguma coisa dos feromônios
shifters. Sexo com Xander era incrível, alucinante, a terra tremia. A sensação de
finalmente ter os músculos rígidos em suas mãos, pressionados contra seu
corpo... Braxton estremeceu com desejo renovado.

Agora que sabia como as coisas boas podiam ser entre eles, ele não se
cansaria do seu grande alfa.

― Braxton ―, Xander advertiu em um rosnado baixo enquanto as suas
narinas inflavam.
― Merda, desculpe, ― Braxton murmurou, passando a palma da mão
sobre seu pau endurecido. Ele sabia que Xander podia sentir o cheiro do seu
desejo, mas não havia muito que ele pudesse fazer sobre isso.
― Eu tenho mudança de turno a partir de hoje. ― Xander mudou de
assunto. ― Eu vou trabalhar no terceiro turno, 6 por 6.
Braxton sabia disso, claro. Eles tinham conversado sobre isso algumas
vezes. Ele ainda não podia deixar de se sentir um pouco deprimido. Com Xander
trabalhando a noite, Braxton tinha a opção de dormir na cama de Xander sozinho
ou ficar na sua própria casa, sozinho. Não era uma opção atraente.

― Você sabe, se você apenas se mudasse lá pra casa... ― Xander
sugeriu.
Braxton sorriu. Tinha sido um tema constante de debate, mas essa coisa
com Xander podia acabar, e Braxton não tinha certeza se era uma boa ideia.

― Vou pensar sobre isso ―, respondeu ele.
Rodaram em um silêncio confortável por alguns quilômetros. Os
pensamentos de Braxton voltaram ao trabalho de Xander. Claro, ele achava que


era sexy, mas ele também sabia que poderia ser mortal. O fogo consumia tudo o
que podia. Braxton tinha aprendido isso da pior maneira. Faria quatorze anos em
dezembro, que ele tinha perdido os seus pais em um incêndio. Ele sentia falta
deles todos os dias.

― Em que você pensa tanto, bebê? ― Xander perguntou, o assustando
para fora de seus pensamentos.
― Há quanto tempo que você é um bombeiro? ― Ele tentou sair casual,
mas a julgar pela expressão no rosto de Xander, ele não tinha conseguido.
O corpo inteiro de Xander pareceu suavizar. Mesmo sua voz saiu baixa e
suave. ― Doze anos em outubro. Eu sou altamente treinado, e eu sou muito bom
no meu trabalho. Eu sou sempre o cuidadoso, e eu tenho um parceiro no caso de
algo der errado. ― Ele olhou e piscou. ― Além disso, eu curo rápido.

Braxton não estava exatamente tranquilo. ― Mas você não é imortal ou
invencível, Alexander Brighton. ― Ele apontou o dedo para seu companheiro.
Como pode o homem ser tão leviano?

― Agora, você pode simplesmente apagar esse sorriso do seu rosto. O
excesso de confiança leva ao descuido. Descuido leva a acidentes e acidentes
levam a morte. Eu não terei isso ―, Braxton bufou, cruzando os braços sobre o
peito enquanto ele se recostava no banco. A ideia de algo acontecendo com
Xander fazia o seu estômago revirar.
Xander apenas sorriu. ― Você faz um pequeno bico quando você se
irrita. Eu gosto. É quente.

Braxton revirou os olhos. O homem era incorrigível. ― Canalha idiota ―,
ele murmurou sob sua respiração.

― Eu adoraria colocar o meu pau idiota na sua...

― Xander! ― Ele jogou as mãos para cima em exasperação. Estúpida
superaudição shifter.
Xander apenas gargalhava enquanto ele estacionava na entrada de
Keeton. ― Ei, você dá instruções muito boas.

A surpresa em sua voz não soou como um elogio para Braxton. Na
verdade, ele parecia muito com um maldito insulto. Ele olhou para o seu amante
enquanto ele saia da cabine da picape .

Keeton atendeu a porta quase que imediatamente após Braxton bater.
Ele usava apenas uma tanga do Superman, um par de meias de dedão azul e
amarelo, e uma tiara de ouro. Ele sorriu diabolicamente para eles.

Braxton olhou por cima do ombro para Xander. O pobre homem parecia
que ele estava prestes a engolir sua língua.

― Feche a boca, Xander. Ajudaria se você não reagisse aos seus
estratagemas para chamar a atenção.
Ele se voltou para Keeton, revirou os olhos, e empurrou o amigo para
fora do caminho.

― Vá se vestir, princesa.
Xander inclinou a cabeça para o lado enquanto observava o amigo de
Braxton desaparecer em direção aos fundos da casa.


― Bela bunda ―, ele sorriu.
― Xander ―, Braxton rosnou.
Xander deslizou por trás de seu companheiro, correndo ambas as mãos
para baixo nos quadris de Braxton, então apertou a sua bunda.

― Oh, mas o seu é muito mais agradável, chulo ―. Ele virou o homem
mais baixo, segurou a parte de sua anatomia atualmente em questão, e levantou
Braxton do chão. Os braços de Braxton ficaram em torno do grosso pescoço de
Xander, e suas pernas travadas em torno de quadris de Xander.
― Sua bunda é perfeita. ― Ele esfregou o pescoço de Braxton,
arrastando beijos molhados ao longo de sua pele macia. ― Tão firme. Tão
apertada. Malditamente perfeita. ― Então Xander se apossou da boca de seu
amante em um beijo possessivo.
Ele rompeu com o beijo quase imediatamente quando um gemido
suave, que não tinha vindo do homem em seus braços, chegou aos seus ouvidos.
Keeton ficou parado na porta, vestido com um jeans skinny e uma blusa
vermelha.

― Porra, isso é quente! ― Keeton exclamou.
Xander sentiu o rosto queimar sob escrutínio do pequeno loiro. Ele
começou a abaixar o corpo flexível em seus braços para o chão, mas Braxton não
deixava. Ele bloqueou os braços e pernas, se apertando e se agarrando
firmemente a ele.

Braxton balançou a cabeça. ― Ele está apenas sendo um idiota sujo.
Agora me beija.

Xander não precisava ser mandado duas vezes. Ele tomou a boca de
Braxton novamente. Uma mão continuou a apoiar o seu amante, e a outra
deslizando através das ondas de seda do cabelo de Braxton. Ele logo ficou


ofegante, se moendo contra Braxton, seu pau forçando o seu zíper. Ele tinha
esquecido completamente o outro homem na sala até que sentiu um uma mão
sobre sua bunda e outra no interior da sua coxa. Xander empurrou para trás,
quebrando o beijo, e olhou para baixo para encontrar Keeton olhando para ele
com fome.

― Oh, não pare ―, Keeton choramingou.
Braxton saltou dos braços de Xander e marchou até seu melhor amigo.

― Ele é meu. Meu! ― Braxton rosnou.
Xander não sabia o que tinha acontecido com seu companheiro, mas
tinha gostado bastante de como isso tinha soado.

― Não seja uma puta ―, Braxton ameaçada.
Keeton levou ambas as mãos para cima, com as palmas para fora, em
uma demonstração de rendição, mas ele piscou acima de seu ombro para Xander.

Xander não cheirou nenhum traço de desejo do homem. Ele tinha um
pressentimento que Keeton estava provocando Braxton de propósito. Ele só não
sabia por quê.

Keeton olhou para Braxton e muito sério disse: ― Braxy, querida, você
é pequeno.

Xander ficou perplexo. Keeton era somente alguns centímetros mais alto
do que seu companheiro. Ele provavelmente não teria sido capaz de dizer a
diferença se eles não estivessem em pé quase em cima uns dos outros.

― Você é gordo ―, insultou Braxton de volta.
Huh? Keeton, embora ligeiramente mais alto, tinha o mesmo corpo
magro, magro como Braxton. Xander estava ficando mais confuso a cada
segundo.


― Seu cabelo é tão 1985. Consiga as suas raízes feitas ―, Keeton
disparou de volta.
Certo. Xander nem sabia o que ele quis dizer com aquilo. Ele gostava do
cabelo de Braxton. Muito. Especialmente quando seus dedos estavam
emaranhados nele e os lábios de Braxton estavam nos seus, bem, sim, ele
gostava.

Então, de repente os dois amigos estavam se abraçando, rindo como
idiotas. Quando eles se separaram, Xander ouvido Keeton sussurrar: ― Seu
namorado é totalmente quente, no entanto.

Braxton o chutou na canela.

Xander ficou congelado por um batimento cardíaco, então dobrou no
riso enquanto observava Keeton pular com apenas um pé, sua perna ferida
agarrada com ambas as mãos.

― Mas que merda!?― Keeton exclamou.
Braxton ficou com as mãos nos quadris, olhando calmamente de volta
para o amigo, completamente arrependido. ― Eu te disse, ele é meu.

Xander estava achando a raia possessiva do seu homem uma completa
novidade. Ele balançou a cabeça, tentando limpá-la. Ele achava que essa era a
razão de Keeton ter insultado Braxton. Se assim for, Xander definitivamente
devia uma para o cara.

― Você deve ser Xander. ― Keeton estendeu a mão. ― Como está indo
Z-Dog?
Xander torceu o nariz quando ele apertou a mão de Keeton. Z-Dog? ―
Uh, não há Z no meu nome ―, afirmou Xander, em seguida, acrescentou com
firmeza ―, e eu não sou certamente um cão.

― Que coisa ―, Keeton sorriu. ― Vou chamá-lo Der, então. Certo?

Xander revirou os olhos e suspirou. ― Z-Dog está bem ―, resmungou.
Ele se sentou em uma das poltronas estofadas que Keeton indicou e puxou
Braxton para baixo para se sentar no braço da cadeira.

Keeton descansava no banco do amor, olhando Xander com fascínio. ―
Você tem uma aura incrível, Z-Dog.

― Uh, obrigado ―, Xander respondeu hesitante, olhando para seu
companheiro.
Braxton sorriu e encolheu os ombros. ― Mostra pra ele.

Xander encolheu tão bem. Ele se transformou em um tigre. Agora
Keeton parecia bastante inofensivo.

― Então, como esta coisa toda de aura funciona de qualquer maneira?
― Ele voltou sua atenção para Keeton.
― Ok, então todo mundo tem seu próprio núcleo de energia que é
praticamente imutável. Mas, há anéis que circundam esse núcleo, que mudam
com o humor de uma pessoa ―, explicou Keeton. ― Como uma espécie de anel
de humor gigante.
― E este núcleo é o quê? Como a alma da pessoa? ― Xander pediu.
― Oh, ele é uma forma inteligente. ― Keeton sorriu para Braxton como
se Braxton fosse um filhote de cachorro bem treinado.
― Ok, e o meu? ―, Xander exigido.
― Oh, você tem uma aura fabulosa, Z-Dog. ― Keeton sorriu para ele. ―
O núcleo é um azul muito intenso, muito brilhante, vibrante, quase elétrico. Tudo
em torno do núcleo tem tons de azul, verde e branco... e um pouco de rosa. Ah,
e ele brilha.

― Então, o que tudo isso significa? ― Braxton perguntou.

― Bem, a cor do seu núcleo significa que ele é essencialmente uma
pessoa boa, leal, confiável, completamente disposto a fazer sacrifícios para a
felicidade dos outros. Os anéis externos apenas significam que o Z-Dog aqui está
feliz e satisfeito no momento... e com tesão. ― Keeton deu a Xander um sorriso
travesso. ― Ah, e o brilho é apenas uma coisa shifter. Todos eles parecem ter.
Xander estava prestes a fazer outra pergunta quando Keeton falou
novamente.

― Braxton, eu acho que você precisa precisa ficar com Xander por um
tempo.
― O quê? Por quê?
Braxton não soou contra a ideia, Xander estava feliz por notar, apenas
curioso sobre o porquê que Keeton havia sugerido isso.

Keeton apertou as mãos em seu colo, e com o cenho franzido.

― Eu fui na sua casa ontem à noite para pegar alguns dos painéis da
história que estamos trabalhando, e eu vi Mason saindo de seu apartamento. Eu
não parei, apenas me virei e parti, mas eu acho que ele me viu. Ele me ligou do
seu celular pouco antes que eu chegasse em casa e disse que se eu não ficasse
longe de você, eu iria sentir muito.
Ele deu de ombros, mas Xander podia sentir sua inquietação. Ele não
estava feliz com a notícia também. Ele não confiava no ex de Braxton, e ele não
queria que o babaca em qualquer lugar perto de seu companheiro.

― Então ele disse... ele disse que quando ele terminasse... você estaria
implorando para pra ter ele de volta. ― Keeton fez uma pausa para respirar
fundo antes de continuar. ― Ele me disse para lhe dizer que ele gosta de jogar e
que ele não pode esperar para fazer você gritar.

Xander levantou da cadeira de forma tão inesperada que derrubou
Braxton fora dela e para o chão. Malignos sons de rosnados estavam saindo da
boca de seu amante. Xander respirava com dificuldade, o peito arfava e os olhos
faiscavam de raiva.

Braxton ficou de pé e correu para o seu amado. Ignorando os protestos
de Keeton, ele colocou as duas mãos no peito de Xander, esfregando grandes
círculos lentos. Ele manteve a voz baixa, calmante.

― Xander, acalme-se, querido. Olhe para mim! Vamos lá, garotão.
A respiração de Xander parecia diminuir, e o rosnar diminuiu para um
grunhido suave, mas ele ainda não estava olhando para ele.

― Xander, olhe para mim. ― Braxton subiu na mesa de café, segurou o
rosto de seu amante em ambas as mãos, e se inclinou até que seus narizes quase
se tocassem. ― Alexander Brighton, se acalma. Olhe para mim... ― Houve uma
mudança na expressão de Xander, com os olhos, finalmente, focando Braxton. ―
É isso aí, cara grande. Aqui estou eu. Eu estou bem aqui.
Os braços de Xander dispararam como cordas, contornando Braxton e o
esmagando.

Após uma breve luta, ele conseguiu empurrar-se para trás e olhar para

o rosto de Xander novamente.

― Você sabe que não vai acontecer. Eu não o quero. Eu estava em sua
cama na noite passada, não na dele. Eu quero que você... ― Braxton parou
quando percebeu a verdade do que ele acabara de falar. Ele queria Xander, não
por uma noite, não por uma semana ou um mês, mas para sempre. Ele queria
que Xander para ser seu... seu companheiro.
Xander respirou fundo e falou apressado. ― Eu sei, querido. Eu sei. Eu
apenas não posso sequer pensar sobre ele tocar em você, com as mãos estando
em você. Você pertence a mim. ― Em seguida, ele esmagou a boca de Braxton
em um beijo possessivo, lambendo dentro de sua boca, chupando sua língua. Era
como se ele estivesse tentando entrar na alma de Braxton. Braxton sabia que seu
companheiro estava marcando ele, e ele adorou.

Uma vez que ele tinha decidido parar de se conter, parar de tentar
racionalizar tudo, ele aceitou Xander completamente, chamar o homem de seu
companheiro parecia vir naturalmente. Parecia a coisa certa para pensar em
Xander dessa forma. Ele achava que sempre tinha, ele tinha acabado de ser
muito teimoso para vê-lo dessa maneira.

― Vamos ―, Xander rosnou. ― Pegue o que você precisa, e me
encontre na picape . ― Então ele saiu da sala, deixando Braxton e Keeton
olhando atrás dele.
― Ele ficou louco ―, murmurou Braxton.
― Não ―, disse Keeton. ― Ele se importa com você.

C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo O
OOi
iito
toto

― Xander, isso é ridículo ―, rosnou Braxton em irritação. ― Você tem
que trabalhar esta noite. Você devia estar em casa dormindo.
― Estou bem. O bando é mais rápido ―, Xander respondeu, sem sequer
olhar para longe de sua tarefa. ― Meus irmãos estão aqui porque querem, por
isso não tente usá-los como uma desculpa para sair dessa também. Você e sua
segurança são tudo que importa agora.
― Você sabe, eu não me lembro de ter dito que eu iria morar com você.
― Tudo bem ―, Xander falou. ― Se mude para a casa de Keeton, ou
para um hotel. Eu não me importo, mas você não vai ficar aqui!
Braxton jogou as mãos para cima e saiu da sala. Em seu quintal, ele
fechou os olhos e respirou fundo, tentando se acalmar, antes que ele
alegremente batesse o inferno fora do seu companheiro.

Eles haviam deixado a casa de Keeton com pressa. Braxton mal teve
tempo de pegar os esboços e dar a seu amigo um abraço breve, prometendo ligar
logo. Ele correu para a porta depois de Xander, que já estava esperando em sua
picape , com o motor já ligado e telefone no ouvido.


Xander não tinha sequer olhado para ele. Ele tinha acabado de arrancar
da garagem de Keeton e conduzido a uma velocidade vertiginosa para a casa de
Braxton da cidade. Uma vez lá, ele havia forçado Braxton a permanecer dentro da
pickup enquanto ele verificava as coisas lá dentro. Braxton estava prestes a exigir

o que estava acontecendo quando Logan, Boston e Talon haviam chegado na
picape de Talon.
Todo mundo estava embalando coisas por quase duas horas, e Xander
ainda não tinha falando com ninguém, exceto a latir ordens. Ele sabia que Xander
estava com raiva, e talvez até um pouco de medo por ele, mas toda a urgência
disso parecia absurda.

― Ei, Você está bem, Brax? ― Logan perguntou quando ele encontrou
com Braxton no pátio.
― Claro. Estou bem. Só preciso ficar um pouco longe do Átila, o Huno lá
atrás. ― Braxton sorriu meio sem vontade.
― Eu sei que é irritante como o inferno, e você provavelmente está
mesmo pensando que ele perdeu a cabeça, mas não seja muito duro com ele, ok?
Ele está indo pelo caminho errado, mas ele está apenas tentando protegê-lo. É o
seu instinto. Estamos somos todos um pouco superprotetor. ― Logan deu de
ombros.
― Você acha? ― Braxton fez um gesto em direção às portas do pátio e
da pilha de caixas.
Logan apenas riu. ― O que você faria para mantê-lo seguro?

― Qualquer coisa ―, Braxton respondeu imediatamente.
Logan arqueou uma sobrancelha e balançou a cabeça, em seguida, se
virou e caminhou de volta para a casa, deixando Braxton sozinho no pátio.


Ok, então ele precisava deveria dar uma folga a Xander, mas porra, ele
não era uma criança, e ele não era uma donzela em perigo. Ele não precisava de
alguém para salvar o seu dia, ou o espírito dele longe do castelo sitiado, e ele
certamente não precisava de alguém para lutar suas batalhas para ele.

Ele apreciava que Xander quisesse mantê-lo seguro, cuidar dele.
Braxton sabia que ele era menor, não era tão forte fisicamente como a maioria
dos homens. Ele tinha uma tendência a ser excessivamente sensível, e ele usava
suas emoções em sua manga. Será que Xander o via como menos de um homem
por causa dessas coisas? Braxton respirou fundo e foi encontrar o seu
companheiro.


Xander estava na biblioteca lá em cima quando Braxton o encontrou. Ele
ficou na porta observando o grande homem embalar seus livros com uma
carranca no rosto, como se tivessem moralmente ofendido. Braxton foi
momentaneamente distraído com a forma de como a camisa do seu amante
estava bem apertada sobre seus músculos, ondulando com cada movimento, o
balanço de seus quadris, a maneira como suas calças jeans se agarrava ao seu
traseiro como uma segunda pele.

De repente, a cabeça de Xander se movimentou, as narinas cheiraram o
ar, e os seus belos olhos castanhos mel caiu sobre Braxton.

― Xander ―, resmungou Braxton. Mmm... o homem o deixava fora de
si.

Foco.

Ele limpou a garganta e lambeu os lábios secos. ― Xander, fala comigo.
O que esta acontecendo?

― Você está se mudando ―, Xander respondeu brevemente, enquanto
ele continuava a embalar.
― Bem, sim, eu posso ver isso. Mas, por que neste exato momento?
― Ele estava em sua casa. Ele tem uma chave, Braxton. ― Xander
afirmou a última parte como se Braxton foi muito lento para entender.
― Você não acha que talvez nós pudéssemos apenas mudar as
fechaduras?
Não. Braxton podia ver a resposta no rosto do amante.

― Ou que poríamos somente termos pegado as minhas roupas, e eu
poderia ficar com você por alguns dias até pudéssemos resolver isso? ― A voz de
Braxton foi aumentando com cada palavra. ― Que todo mundo não tinha que
largar o que estavam fazendo e embalar imediatamente, como um bando de
ciganos!
Ele respirou fundo várias vezes, tentando se acalmar. Ele não queria
brigar. Ele foi para seu companheiro e se ajoelhou no chão com ele, pegando uma
das mãos de Xander, nas dele. ― Por favor, fale comigo, querido.

Xander suspirou e abaixou a cabeça. ― Sinto muito, chulo. Eu sei que
você não entende, mas eu... não posso...

― Não pode o quê? ― Braxton pediu para continuar.
― Você é meu. Eu odeio a ideia dele ter qualquer parte de você. Eu
odeio que ele esteve em sua casa, tocou as coisas que você tocou. ― Xander voz

caiu para um rugido ameaçador. ― Apenas o pensamento dele tocando você faz
meu estômago queimar.

Ele suspirou de novo e descansou sua testa contra Braxton.

― Eu sinto muito. Eu sei que estou exagerando, mas eu não consigo
parar. Eu não confio nele, Braxton, e ele já tentou prejudicá-lo uma vez. Eu
malditamente louco se alguma coisa acontecesse com você.
Quando colocado assim, era realmente muito doce e maravilhoso em
um tipo troglodita total.

Braxton deu um meio sorriso a Xander e balançou a cabeça. ― Ok, mas
eu não sou fraco. Eu não preciso de você para me proteger ou me resgatar de
tudo. Eu sou homem suficiente para admitir que essa coisa toda de Mason me
deixou completamente apavorado, mas haverá momentos em que você vai ter
que me deixar lutar minhas próprias batalhas. Eu gosto que você se sinta
protetor, mas está tudo bem se você apenas fique perto de mim, não correndo
para salvar o dia. Negócio feito?

― Você quer que eu seja seu sócio? ― Xander bufou.
Braxton revirou os olhos. ― Eu estava pensando mais em sermos uma
equipe, idiota.

Xander sorriu. ― Eu sei, querido. Eu não acho que você é fraco em
tudo, mas isso não me impede de querer cuidar de você.

Braxton assentiu. ― Agora, aqui está o que vamos fazer. Vamos
arrumar as coisas importantes em suas picapes, roupas, livros e meu laptop.
Então vamos voltar para sua casa. Eu não estou dizendo que eu estou me
mudando, mas vou ficar até sabermos o que está acontecendo. ― Ele deu um
beijo rápido sobre os lábios de Xander.


― Claro, querido, o que você quiser. ― Xander capturou os lábios de
Braxton novamente em um beijo prolongado. ― Mmm, adoro quando você fica
todo mandão.
Inferno, se ser mandão lhe arranjou um beijo assim, Braxton decidiu
que ele adorava também. Ele subiu no colo de Xander, montou suas coxas, e
atacou a boca deliciosa com tal ferocidade que Xander caiu para trás.

Braxton caiu em cima de seu companheiro e imediatamente começou a
tentar tirar as suas roupas. Ele precisava de Xander com uma urgência que
assustou o inferno fora dele. Quando Xander não cooperou, ele desistiu da camisa
e deslizou sobre o corpo do maior homem e se atrapalhou com o botão da calça
jeans.

Xander começou a rir enquanto ele cobria as mãos de Braxton com a
sua própria, detendo os seus movimentos frenéticos. Braxton virou a cabeça e
rosnou para seu companheiro.

― O que você está fazendo? ― perguntou. Ele sentiu como se estivesse
pegando fogo. Ele começou a tremer e a arquejar enquanto começava a suar.
Seu pau empurrou e pulou a cada batida do seu coração. ― O que está
acontecendo comigo?
― Shh, se acalma, bebê. ― Xander se sentou e tentou pegar Braxton
em seus braços. Quando ele chegou perto, Braxton se lançou sobre o seu
amante, passando as mãos e a boca em cada centímetro de pele que ele poderia
encontrar.
Braxton percebeu que os sons de gemidos enchendo a sala estavam
vindo dele, e ele abruptamente se empurrou de volta para olhar fixamente nos
olhos de Xander. ― O que há de errado comigo?


― Nada está errado com você. ― Xander pegou o rosto de Braxton com
as mãos e sorriu. ― Eu meio que sou o culpado disso, na verdade. Do que está
acontecendo ―, ele se apressou a explicar quando Braxton olhou para ele. ― É
que chegamos em um acordo. Sua adrenalina estava bombeando, o preparando
para um combate. Não houve luta corporal, e agora seu corpo está tentando
liberar essa energia reprimida de outra maneira.
― Então, é uma coisa shifter?
― Sim e não. Tenho certeza que você sentia isso antes, mas todos os
seus sentidos são intensificados quando você está perto de seu companheiro.
― Quando eu estou perto de você ―, disse Braxton claramente. Ele
esperava que Xander entendesse a mensagem silenciosa que ele estava pronto
para aceitar o seu acasalamento, porque ele não estava no clima para uma longa
discussão no momento.
Ele começou a levantar, mas Xander passou os braços em torno dele, o
segurando no lugar. ― Aonde você vai? ― Sua voz soou baixa e rouca.

― Conseguir um lubrificante para que você possa me foder.
― Tenho tudo sob controle. ― Xander riu quando ele se inclinou para
trás e tirou um pequeno frasco de lubrificante de viagem do bolso de seus jeans.
― Você carrega lubrificante com você o tempo todo? ― Braxton
levantou ambas as sobrancelhas.
― Não. Só desde que te conheci. ― Xander piscou.
Braxton se levantou e seguiu em direção de sua escrivaninha, retirando
suas roupas ao longo do caminho. Ele passou o seu braço sobre sua mesa para
limpá-la, em seguida, virou-se para Xander. ― Você vai ficar ai sentado, ou você
vai vim aqui e me foder?


Esse era o convite que Xander necessitava. Antes que ele percebesse,
ele estava do outro lado da sala, pegando um punhado do cabelo de Braxton e
esmagando suas bocas juntos. Ele devorou seu companheiro. Ele enfiou a língua
na boca de seu amante, entrelaçando suas línguas, cada um lutando pelo
domínio. Braxton passou os braços em volta do pescoço de Xander e gemia,
deixando o seu pênis totalmente ereto contra a coxa de Xander.

Braxton deslizou a mão entre eles para dar um puxão no cós de Xander.

― Tire as roupas ―, ele rosnou.
Xander imediatamente puxou a camisa sobre a cabeça e tirou suas
botas. Ele sibilou de prazer quando Braxton abocanhou um de seus mamilos
enquanto ele se atrapalhava para tirar suas calças jeans, a empurrado para baixo
de suas pernas.

Sem dizer uma palavra, ele levantou Braxton, o colocando sobre a
mesa, e entrou em cena entre as pernas abertas. Ele observava avidamente
como Braxton se recostava sobre um cotovelo e apalpu seu eixo rígido.

― Você é lindo ―, Braxton ofegou enquanto ele se acariciava
lentamente.
Xander suavemente desce sobre o corpo de Braxton, o cuidado de
segurar o peso fora de seu amante. Ambos gemiam no contato, e os olhos
fazendo contato. Ele estava tão duro que ele poderia bater pregos.


― Você é magnífico, tão bonito... tão suave... tão quente. ― Xander ia
pontuando cada comentário com beijos e mordidas ao longo do pescoço esguio de
Braxton. ― Me diga o que você quer.
― Você ―, Braxton respondeu imediatamente.
― Você tem a mim.
― Dentro de mim ―, ele elaborou, respirando pesadamente. ― Agora,
por favor, Xander.
Xander se curvou e pegou o lubrificante do chão onde ele o deixou cair,
ficou de volta entre as pernas de seu companheiro, e puxou Braxton para a borda
da mesa. ― Abra as pernas, ― ele ordenou enquanto abria a tampa da garrafa de
lubrificante e esguichava uma quantidade generosa na mão.

Braxton abriu as pernas largas, deixando os seus calcanhares em cima
da mesa ao lado de sua bunda, seu buraco apertado em exposição. Xander
passou o lubrificante sobre a sua palpitante ereção e assobiou, no contato de sua
carne dolorida. Haveria um tempo para a exploração lenta, sensual, mas isso não
seria agora. Xander apenas sabia que ele iria morrer se ele não entrasse no seu
companheiro. Certo. Agora.

Braxton olhou para ele, lambendo os lábios, seu corpo esguio se
contorcendo em antecipação. ― Xander, por favor, se apresse. Me tome. Eu
preciso...

― Eu sei, querido. Apenas relaxe. ― Xander derramou mais lubrificante
em seus dedos e chegou até a entrada de Braxton o massageando com um dedo
liso.
Braxton empurrava contra seu dedo enquanto ele passava o dígito pelo
anel apertado do músculo, do interior do canal quente de Braxton.


Seu companheiro gemeu alto, a cabeça subindo fora da mesa. ― Ah,
merda!

Xander adicionou um segundo dedo, os bombeando dentro e fora,
circulando e tesourando, esticando o pequeno e perfeito buraco. Quando ele
acrescentou um terceiro dedo, Braxton fez os sons mais deliciosos. Ele tinha a
cabeça jogada para trás, e todo o seu corpo balançou com a necessidade. Ele
estava extraordinário.

Xander se inclinou sobre o seu companheiro, equilibrando o peso de um
lado, e capturou os lábios Braxton, engolindo soluçantes gemidos de seu amante.

Braxton largou a boca de Xander e grunhiu em frustração. ― Pare de
me provocar ―, exigiu.

Xander ficou muito feliz em obedecer. Ele tirou os dedos, alinhou o seu
pau duro, e arremeteu no corpo disposto do seu companheiro em um só golpe,
longo e lento. Ele imediatamente tirou parcialmente, em seguida, empurrou de
volta rapidamente, mordendo a dobra do pescoço de Braxton enquanto ele fazia
isso.

Braxton gritou, arqueando as costas, os seus dedos agarraram os
cabelos de Xander quando ele gozou em um jorro. Líquido quente encheu o
espaço entre eles, cobrindo o estômago de Braxton e o peito.

Xander gemeu quando os músculos internos de Braxton se apertaram
em torno de seu eixo liso.

― Oh merda, isso é sexy. Você é tão apertado, bebê. Porra, é tão
gostoso. ― Se sentou, enfiou os braços por baixo dos joelhos de Braxton, e
aumentou o seu ritmo, empurrando mais e mais rápido na bunda ansiosa de
Braxton. Porra, Braxton ainda estava duro, o pau comprido e grosso balançando
entre eles, com cada impulso. Xander liberou as pernas e os colocou em torno de

sua cintura. Ele deslizou um braço sob os ombros de Braxton, o levantando e
pressionando seus peitos juntos. Ele esfregou o rosto, as mãos, o tronco, sobre
cada parte de seu companheiro que ele pode alcançar, o cobrindo com o seu
cheiro.

Pouco tempo depois, os gemidos de Braxton chegaram ao volume
máximo novamente. Ele inclinou seus quadris para cima até encontrar as
punhaladas de Xander enquanto cabeça chicoteava para trás sobre a mesa.
Xander sentiu um arrepio correr por sua espinha e um aumento de pressão no
seu escroto. Ele mal conseguia pensar, mas sabia que queria que Braxton
gozasse com ele.

Eele segurou a ereção de Braxton e começou a acariciá-lo ao mesmo
tempo em que movimentava os seus quadris. ― Goze para mim, bebê ―,
respondeu asperamente. ― Eu preciso que você goze para mim novamente.

Como se estivesse simplesmente esperando o comando, Braxton gritou

o nome de Xander enquanto cordas leitosas de sêmen cobriam mão e o pulso de
Xander.
Os sons e o cheiro do orgasmo de Braxton empurrou Xander sobre a
borda. Com um estrondo, ele gozou, enchendo a passagem quente de seu
companheiro com o seu sêmen, o marcando ainda mais. Ele caiu sobre Braxton,
mas cuidando para não esmagar seu parceiro, e só respirava seus cheiros
combinado.

Braxton tinha finalmente admitido que Xander era seu companheiro. Ele
tinha parado de negar o vínculo entre eles, e Xander não poderia ter sido mais
feliz. Bem, talvez um pouco mais feliz, mas ele ainda não tinha certeza se
Braxton estava pronto para dar esse passo final. Além disso, quase tinha perdido

o homem uma vez por sonegar informações dele. Ele não faria isso novamente.
Havia coisas que Braxton precisava saber antes de Xander reivindicar ele.

Ambos gemeram quando o pau de Xander saiu do buraco de Braxton.

Xander sorriu enormemente. Braxton era dele. Ele se levantou e juntou

o seu companheiro nos braços, o levantando e segurando sua bunda com as duas
mãos. Braxton riu, suas pernas ainda rodeadas em torno da cintura de Xander e
os braços dele em volta do pescoço de Xander.
― Está com fome? ― Xander perguntou. Eles tinham tomado café da
manhã, e ele tinha certeza que já tinha passado da hora do almoço.
― Faminto ―, Braxton respondeu imediatamente.
― Vamos! Eu vou alimentá-lo. ― Ele beijou a testa de Braxton e o
colocou no chão. Ele pegou a mão dele e andou até a porta.
― Uh, Xander?― Braxton puxou a mão para detê-lo. Xander voltou-se
para seu companheiro, as sobrancelhas erguidas em questão.
― Não que eu esteja reclamando, a vista é espetacular, mas você acha
que pode querer colocar algumas roupas primeiro?

C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo N
NNo
oove
veve

Braxton sentou, encolhido no sofá, na sala de jogos com seu laptop
enquanto ele olhava Talon chutar a bunda de Jackson na piscina. Boston
encostado na outra extremidade do sofá, surfando pelos canais da tela plana.
Logan e Xander tinha saído para o trabalho meia hora mais cedo, e Braxton
sentiu falta de seu amante.

Sob diferentes circunstâncias, aquelas que não o envolviam, ele seria o
primeiro a dizer que eles estavam vivendo juntos. No entanto, ele ainda insistia
que ele não tinha se mudado, apesar do fato de suas coisas lentamente foram
sendo trazidas para a casa de Xander. Sim, então a negação não era apenas mais
uma coisa no rio do Egito.

Talvez tenha chegado a hora de engolir seu medo e apenas dar um salto
de fé. Ir um pé de cada vez e ver até aonde a maré o levaria.

Apesar de exausto, ele odiava a ideia de dormir sozinho ou, sendo
exato, sem Xander. Ele não podia esperar até a mudança de turno de Xander,
quando o grande homem estaria trabalhando de dia e estiver em casa à noite
para mantê-lo aquecido.

Ele tinha feito um excelente progresso em seu mais recente romance,
mas seu cérebro estava cansado, e ele precisava de uma distração de seus


pensamentos confusos. Braxton desligou seu laptop, o colocou de volta dentro de
seu protetor, e se virou para Boston.

― Então, como se reuniram?
― Xander ―, os três homens responderam em uníssono.
― Estávamos todos basicamente selvagens quando ele nos encontrou
―, Talon disse, com sua calma voz.
― Mas, Xander nos acolheu, nos manteve seguro ―, acrescentou
Boston.
― Ele nos fez uma família ―, Jackson continuou a sério. ― Nós lhe
devemos nossas vidas.
Braxton engoliu todo o nó da garganta. Era óbvio que estes homens
amavam o seu companheiro. Orgulho cresceu em seu coração, espalhando calor
por todo o corpo.

― Por que vocês estavam selvagens? ― Será que eles não tinham
família?
― Nós fomos abandonados por nossas matilhas ―, Jackson disse, sem
rodeios.
― Rebanho ―, riu Boston.
― Tribo ―, Talon sorriu, e todos riram.
Huh? Braxton não entendeu a piada. ― Uh... o quê?
― Logan e eu viemos de uma tribo, ou um salto. ― Talon alinhou três
bolas e as tacou na caçapa do canto. Quando ele olhou para cima, ele deve ter
visto a confusão no rosto de Braxton, porque, acrescentou, ― leopardos.
― Matilha de lobos ―. Jackson levantou a mão em uma saudação de
simulação.

― Bando de cervo. ― Boston concordou, ainda sorrindo.
― Mas, por que... ― Braxton começou a perguntar.
― Logan e eu somos leopardos de neve ―, Talon começou a explicar,
antecipando a perplexidade contínua de Braxton. ― E você sabe que Xander é um
tigre branco?
Braxton acenou o seu acordo. Claro que ele sabia disso.

― O Jackson aqui é um lobo branco. ― Talon empurrou Jackson
brincando.
― E eu sou um cervo branco, ― Boston terminou.
― Então, você são todos os animais brancos ―, disse Braxton
lentamente, ainda tentando juntar as peças do porque isso era uma coisa ruim.
Ele balançou a cabeça. Ele simplesmente achava que era incrível.
― Xander disse que era mais seguro para vocês a viverem juntos. Por
quê? ― Braxton se lembrou do que Xander tinha prometido explicar a ele na
primeira noite. Tinha escorregado completamente de sua mente até agora.
― Eu sei que parece absurdo para você, Braxton, mas um shifter com
uma pele branca... ― Jackson parou de falar, franzindo o cenho.
― É uma maldição. Nós somos aberrações da natureza. Abominações.
Trazemos perigo para as nossas famílias. ― O tom de Talon era muito verdadeiro.
Apesar de suas palavras serem duras, Braxton não conseguiu detectar até
mesmo um traço de amargura.
― Nós somos muito diferentes, amaldiçoados. ― Boston balançou a
cabeça.
― Por que você fica dizendo isso? O que quer dizer com amaldiçoado?
Você está falando sério, ou é apenas uma figura de linguagem?

Boston abriu a boca para responder, mas Talon cortou. ― Não. Não é o
nosso dever ―, ele disse ao seu irmão antes que ele se virasse para Braxton. ―
Pergunte ao Xander ―, foi tudo que ele disse.


― Está com fome? ― Jackson se levantou e se espreguiçou
preguiçosamente. Talon e Boston já tinham saído para o trabalho.
Braxton apenas sorriu. Ele gostava do irmão mais novo. Jackson
parecia, o menino da casa ao lado que cresceu e virou modelo de lingerie da
Calvin Klein, saudável com apenas um pouco de músculo e bonitão. Ele era gentil
e generoso, sempre sorrindo... e sempre com fome.

― Brax?
― Oh. Hum, sim, com certeza, na verdade, eu realmente quero um
pouco de chocolate quente e talvez um pouco de pipoca.
― Ótimo! Deixe-me ver se há chocolate. ― Jackson se afastou em
direção à cozinha.
― Eu vou pegar a pipoca. ― Braxton se levantou e o seguiu.
Ele facilmente encontrou os sacos de pipoca e colocou um no
microondas.

Jackson facilmente encontrou uma grande caixa de chocolate, sorrindo
como se tivesse encontrado a cidade perdida de Atlanta.


Seu sorriso aberto e despreocupado fez parecer mais jovem do que o
habitual. Jackson era menor do que seus irmãos, não muito pequeno, apenas
consideravelmente menos volumoso. Ele tinha cabelo curto loiro areia, que ele
cobria com um boné de baseball 80% do tempo. Seus grandes e redondos olhos
castanhos expressava uma excitação sobre o mundo que Braxton tinha perdido
há muito tempo.

Depois de tudo o que Jackson havia passado, Braxton pensava que a
sua atitude e disposição era nada menos que um milagre.

Xander tinha dito a ele como Logan e ele encontraram Jackson, baleado
e ainda em sua forma de lobo, sangrando do lado de uma estrada de terra.
Jackson estava por conta própria desde que tinha quatorze anos, a primeira vez
que ele havia se transformado.

Braxton não sabia quanto tempo Jackson viveu como uma fera, antes de
ser baleado por caçadores, sendo que, em seguida, foi trazido para morar aqui,
mas ele imaginava que não poderia ter sido muito tempo. Jackson não parecia
mais velho do que dezoito, talvez vinte.

Algo de seus pensamentos deve ter se refletido em seu rosto, porque
Jackson perguntou:

― Braxton? Há algo errado? ― Seu sorriso vacilou, e ele deu um passo
a adiante.
― Estou bem. ― Braxton sorriu tranquilizador. ― Jacks, quantos anos
você tem?
― Jacks? Eu gostei disso! ― Jackson riu quando ele entregou uma
caneca de chocolate quente para Braxton. ― Ninguém nunca me chama por
qualquer coisa, exceto por Jackson, ou criança, que é idiota já que eu farei vinte
e um em outubro.

Braxton bufou em seu copo. Certamente, ele tinha escutado algo
errado. ― Repita isso.

― Eu vou fazer vinte e um dia oito de outubro.
― Oh, sim, Jacks, você é, positivamente, velho. ― Braxton congelou. De
repente, ele teve uma ideia incrível para os demônios que ele e Keeton tinha
vindo a trabalhar. ― Antigos demônios que parecem crianças ―, ele murmurou
sob sua respiração. Era brilhante, para não mencionar assustador como o inferno.
Ele precisava falar com Keeton.
― Eu tenho que ir. ― Braxton andou para a porta, mas parou quando
percebeu que Jackson estava olhando para ele como se ele tivesse se tornado
outra cabeça. ― Desculpe! ― Ele tentou frear seu entusiasmo o suficiente para
explicar. ― Eu apenas tive uma grande ideia para o meu romance, e eu preciso ir
ver Keeton.
Jackson riu e acenou com a mão. ― Está bem, entendi. Você vai ficar lá,
ou você vai estar de volta esta noite?

― Estarei de volta em um par de horas. Você quer que eu traga alguns
filmes e uma pizza?
Incrível. Jackson ficou radiante.

― Ok, então, eu vou vê-lo em poucas horas. ― Braxton pegou a chave
do seu carro, agradecendo por ele finalmente ter encontrado tempo para ir à
concessionária, e saiu pela porta.

C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo De
DeDez
zz

Levou mais tempo do que tinha planejado, mas três horas depois,
Braxton e Keeton tinham criado os demônios perfeitos.

Braxton decidiu passar por seu apartamento e pegar sua coleção de
DVDs para Jackson antes de pegar a pizza e ir para casa.

Casa. Ele gostou do som disso.

A primeira coisa que Braxton notou assim que ele entrou pela porta da
frente de sua casa na cidade era que as luzes estavam acesas. A segunda coisa
que notou era um Mason sério e agitado, rasgando as caixas ainda espalhadas
pela sala.

― Você? O que você esta fazendo aqui? ― Mason ganiu.
― Eu moro aqui. ― Bem, era tecnicamente verdade. Ele ainda pagava o
aluguel do local. ― Que diabos você esta fazendo aqui?
― Onde estão os livros? ― Mason exigiu, ignorando a pergunta de
Braxton.
― Desde que eles são meus, eu não vejo como isso é da sua conta.
Agora saia. ― Braxton encarou Mason, agitando os braços.

Mason se endireitou, seu corpo se tornando relaxado e os olhos
abrandando. Ele deu um passo à frente e sorriu timidamente. ― Brax, como você
está? Eu senti a tua falta.

― Pare ai mesmo! ― Braxton balançou a cabeça, levantando uma mão.
― Você pode cortar a merda toda. Nós dois sabemos que você não poderia se
importar menos sobre mim. Por que você não me diz o que é que você quer e nos
fazer perder menos tempo?
A boca de Mason diminuiu em uma linha brava. Os músculos de sua
mandíbula marcados, e as mãos enroladas em punhos.

― Seja como você queira, ― ele murmurou, deixando Braxton passado.
― Mason.
Mason fez uma pausa e virou-se para encarar ele.

― Devolva as minhas chaves. ― Braxton estendeu sua mão com a
palma para cima.
Mason bufou e continuou em direção à porta.

Braxton correu para frente, agarrou Mason pelo antebraço, e girou o
maior homem para encará-lo. ― Eu não estou me sentindo muito calmo agora,
então me dê à merda das chaves, e dê o fora. ― Ele chegou mais perto, ainda
segurando o braço de Mason. ― Agora.

Mason levantou o punho, e esmurrou a cabeça de Braxton. Ele
cambaleou para trás, colocando a mão na cabeça latejante. ― O que...

Outro golpe o mandou para o chão. Um pé o chutou fortemente e várias
vezes no ombro, nas costas e nos quadris. Braxton se enrolou em uma bola, se
fazendo tão pequeno quanto possível, cobrindo o rosto com as mãos. Nunca que
ele teria imaginado que Mason tinha esse tipo de violência em si. Enquanto a dor
percorria seu corpo, ele teve que admitir que Mason tivesse ficando louco.


Ele ia morrer. Ninguém poderia viver depois do tipo de espancamento
que Mason estava lhe dando.

― Você vai estragar tudo, seu pedaço de merda! ― Mason rugiu para
ele enquanto ele continuava a surrá-lo. ― Onde estão a merda dos livros?
Um chute forte bateu no dorso da cabeça de Braxton, e a escuridão o
engoliu como todo.


Os olhos de Braxton se abriram, e seu coração pulou para a sua
garganta. Ele respirou fundo e tossiu de volta imediatamente para fora. O cheiro
acre de fumaça queimava as suas narinas e garganta. O grito do detector de
fumaça competia com o barulho do sangue em seus ouvidos.

À medida que mais tosses saiam de seu corpo, a dor ameaçou levá-lo
outra vez. Sua cabeça latejava a cada batida do seu coração, fazendo sua visão
se confundir. Tossiu tanto tempo e tão difícil, que o surpreendeu que seu esterno
não rachasse. Braxton tentou se sentar, mas os raios de dor latejavam no seu
ombro, o fazendo gritar e cair no chão. Ele deixou a boca fechada, rangendo os
dentes, lutando contra a onda de náuseas que assolou sobre ele. Embora, não
fosse um médico, ele tinha certeza que seu ombro esquerdo estava deslocado.

Braxton, finalmente, conseguiu ficar em uma posição sentada. Estava
tão quente. Ele estendeu a mão para limpar o suor da testa e congelou com a
mão a meio caminho de seu rosto, seu cérebro finalmente emergindo de seu
estupor induzido pela dor.


Sua casa estava pegando fogo. Chamas lambiam as paredes de sua sala
de estar, engolindo a porta da frente e cortando qualquer fuga nessa direção. Sua
cozinha já era um inferno barulhento, e chamas saltavam alegremente ao longo
de sua mobília.

Braxton se dobrou com tosse renovada. A fumaça espessa, o fogo se
espalhando muito rapidamente.

Ele lentamente se arrastou até sua escadaria e se levantou os passos
um por um. Certamente, alguém chamou os bombeiros. Se ele chegar até a sua
varanda no andar de cima, talvez ele pudesse sair com vida.


Um mal estar embrulhou o estomago de Xander quando ele saltou da
plataforma em frente a casa em chamas.

Este era a casa de Braxton, a maior parte de suas coisas estava lá
dentro. Seu companheiro iria ficar chateado, mas, felizmente, eles haviam tirado
as coisas importantes.

Como Braxton. O companheiro de Xander estava seguro em casa.

Xander movimentou em torno da parte traseira do caminhão, puxando
suas luvas grossas. Seus passos vacilaram e seu coração disparou em seu peito
quando ele vislumbrou um carro muito familiar no estacionamento.

― Não. ― Não. Isso definitivamente não era o Mustang de Braxton
estacionado na frente daquela bola de fogo furiosa.

Mas era. Ele podia ver o amassado no para-choque traseiro, onde
Braxton havia batido em sua cerca.

― Não! ― Xander rugiu, cobrando em direção ao prédio. ― Braxton!
Fortes e musculosos braços rodearam o seu peito e lutou com ele no
chão. Xander se esforçou, tentando fazer o seu caminho pelo gramado a frente.

― Braxton! ― ele gritou de novo.
― Xander! Sai dessa. O que há de errado com você? ― Logan rosnou
em seu ouvido.
Xander olhou para seu irmão, o pânico claro em seu rosto.

― O carro de Braxton. ― Ele balançou a cabeça em direção ao veículo.
Logan estreitou os olhos, parecendo confuso por uma fração de
segundo, antes de seu olhar pousar no Mustang verde escuro de Braxton. O
entendimento deixou o seu rosto em uma máscara de preocupação.
Xander o empurrava, tentando desesperadamente se livrar do seu
agarre. ― Eu tenho que salvá-lo. Eu tenho que chegar lá. Deixe-me ir!

― Brighton! ― A voz aguda rachou a noite como um chicote. Carmen
Mendoza, parceira de Logan, estava com as mãos nos quadris, olhando
furiosamente para baixo para os dois homens que ainda se agarravam no chão.
Xander virou sua cabeça com um olhar suplicante para ela.

― Ele está lá dentro. Eu tenho que... eu tenho... Você tem que... ― Ele
olhou por cima do ombro para o seu irmão. ― Me deixa ir!
― Chega! ―, Carmen latiu.
Xander apertou os lábios com força, mas continuou a lutar contra a
retenção de Logan. Ele olhou para Carmen miticulosamente.


Carmen Mendoza era uma coisa, não mais do que cinquenta quilos, mas
ela tinha uma reputação de trazer homens adultos para os seus joelhos. Ninguém
queria confusão com ela.

― Baker e Franklin estão a caminho agora. Eles vão salvar quem precisa
de salvação. Confie neles, se sente, e deixe de ser um burro. ― Ela apontou o
dedo para o rosto de Xander, cortando o seu argumento. ― Se você sair correndo
para lá assim, você vai conseguir matar alguém, Brighton.
Xander sabia que ela estava certa. Ele estava tão assustado que não
conseguia nem pensar direito. Sabendo que ela estava certa não deixava tudo
mais fácil, para se sentar e não fazer nada, no entanto.

Então a comoção perto na frente da casa chamou sua atenção, e alguém
gritou: ― Lá em cima!

Xander estava de pé e em movimento sem nem perceber. Ele observava
enquanto Braxton cuidadosamente escalava a grade de sua varanda, ficando de
costas para ele, tentando salvar a sua vida.

Ele tinha que ajudar Braxton. Nada mais importava naquele momento.
Nada mais importava do que ter Braxton em seus braços nos próximos dois
segundos.

― Braxton!― Xander gritou até o seu companheiro. Ele estava
diretamente abaixo do homem e ergueu os braços.
― Xander? ― Braxton o chamou, então, começou a tossir
violentamente.
― Bebê, me escute. ― Ele esperou por Braxton sacudir a cabeça. ― Eu
quero que você pule. Eu vou pegar você, ok?
Braxton balançou a cabeça, e Xander podia ver suas mãos apertar a
grade.


― Eu vou te machucar ―, ele gritou e tossiu novamente.
― Você não vai me machucar. Eu posso te pegar. Você sabe o quão
forte eu sou. ― Xander tentou sutilmente lembrar o seu companheiro que ele era
mais forte que um ser humano normal. ― Vamos lá, bebê, eu não vou deixar
você cair. Eu prometo.
Braxton mordeu o lábio e balançou a cabeça uma vez. Lentamente, ele
soltou o corrimão, agarrou seu pulso esquerdo com a mão direita na frente dele,
e saiu da varanda. Xander pegou o seu amante, envolvendo os braços em torno
do corpo pequeno enquanto o impacto o derrubava no chão.

Alguém tirou Braxton dele, e ele teve que morder a língua para não
rosnar. Ele se levantou e caminhou na direção de onde eles tinham achado
Braxton.

― Fique aqui, Xander. ― Logan parou na frente dele, bloqueando seu
caminho.
― Saia ―, Xander rosnou perigosamente.
― Não ―, respondeu calmamente Logan. Ele olhou por cima do ombro,
onde Mendoza estava verificando os sinais vitais de Braxton. ― deixe ela checar
ele. Lhe dê algum espaço.
― Você vai sair do meu caminho, ou eu vou tirá-lo. Sua escolha.
― Xander...
― Logan, eu quero dizer isso. Você está em uma posição muito perigosa
agora, de pé entre mim e meu companheiro. Meu companheiro ferido. Eu não
quero te ferir, mas se você não se mover a porra do meu caminho, então eu...
Xander foi cortado quando ouviu seu nome, seguido por outro ataque de
tosse violenta. Ele empurrou Logan e foi para o lado de Braxton em três passos
largos. Ele parou abruptamente e se engasgou quando ele finalmente conseguiu


olhar bem para o homenzinho. A fuligem negra cobrindo o rosto suado não
conseguiu esconder os ferimentos da sua cabeça e mandíbula. Seu olho esquerdo
estava inchado quase fechado, e grandes quantidades de sangue vermelho escuro
emaranhado em seu cabelo ondulado, seco, onde ele já tinha pelo seu rosto e
pescoço.

Xander mordeu o lábio para conter a sequencia de maldições que teriam
feito caminhoneiros ficarem vermelhos. Ele levantou a mão de Braxton em vez
disso, com a intenção de trazê-lo para os lábios, até que Braxton gritou. Xander
largou a mão como se tivesse eletrocutado ele. O movimento rápido abalou
Braxton, o fazendo gritar de novo.

― Oh, bebê ―, Xander quase chorou. ― Eu preciso te tocar. Eu não sei
onde...
― Meus lábios não estão machucados ―, Braxton sussurrou
asperamente.
Xander não tinha tanta certeza sobre isso. Eles estavam secos e
rachados com o calor do fogo, e seu lábio inferior estava aberto. Ele se inclinou
lentamente, e delicadamente colocou um beijo na testa suja de Braxton.

― Você me pegou ―, Braxton sussurrou.
― Sim, bebê, eu te peguei.

Braxton fechou os olhos e suspirou. Xander tinha pegado ele. Ele tinha
engolido seu medo e dado esse salto de fé... e Xander tinha pego ele.

Ele mudou de posição sobre a maca, tentando ficar mais confortável, e
gemia quando o movimento enviou uma dor que percorreu o seu corpo inteiro.

― O que está acontecendo? ― Xander perguntou ansiosamente.
Braxton abriu os olhos para responder, mas percebeu que Xander não
estava olhando para ele, mas sobre ele, para a médica.

― Ele está desidratado. Há muitas contusões, lacerações na parte de
trás de sua cabeça que vai precisar de pontos, e talvez mais aqui. ― Ela fez um
gesto para o corte da de sobrancelha. ― Ele tem uma leve concussão, e seu
ombro direito deslocado.
Soou mal quando ela acabou, com todos os seus ferimentos amarrados
juntos dessa maneira. Braxton só queria dormir, de preferência com Xander em
volta dele como uma bandagem.

― Não é realmente tão ruim quanto parece ―, acrescentou a médica.
Aparentemente, ela tinha visto o mesmo olhar aflito no rosto de Xander, que
Braxton. ― Alguns fluidos, alguns pontos, e bastante descanso o deixarão
melhor. ― Ela virou seu olhar para Braxton, sorrindo docemente. Parecia um
pouco falso, que imediatamente o deixou nervoso.
A pequena mulher, Mendoza, ele ouviu alguém chamá-la, andou para o
outro lado da maca, tirando Xander fora do caminho.

― O que você está fazendo? ― Braxton perguntou, estremecendo a
queimadura em sua garganta.
― Temos que reajustar o seu ombro ―, afirmou Mendoza. O duh estava
implícito.
― Mas...

― Agora, querido, eu não vou mentir para você. Vai doer. Aqui ou no
hospital, ele ainda vai doer. Pode muito bem acabar com isso, sim? ― Ela sorriu
para ele novamente.
Braxton não confiava naquele sorriso. Não senhor.

― Brax, vai se sentir muito melhor assim que ele estiver de volta onde
ele é suposto estar, ― Logan disse quando apareceu atrás de Mendoza.
Bem, ele com certeza iria deixar, mas porque doía como sete sombras
do inferno no momento. ― Faça isso.

Logan se inclinou e sussurrou no ouvido de Braxton.

― Tente não gritar, ou Xander é capaz de me matar. Eu tenho um
encontro na sexta-feira com um italiano gostoso, por isso seria altamente
inconveniente para eu morrer esta noite.
Braxton não poderia parar o seu sorriso. Ele balançou a cabeça uma vez
e colocou a cabeça para trás.

Logan se preparou para a maca enquanto Mendoza ergueu o braço, o
segurando firmemente.

― Ok, respire fundo e o deixe sair lentamente. Na contagem de três. ―
Logan falou baixinho perto de sua orelha. ― Um. Dois...

― Filho da puta! ― Braxton gritou quando Mendoza deu um puxão forte
no braço. A dor aguda e o calor doentio espalharam pelo o seu braço e no ombro
dele. ― Onde diabos você aprender a contar? ― Ele atirou na mulher pequena.
― Certo. Grande. Então é isso, vamos levá-lo para o hospital. ― Ela
deslizou o braço de Braxton em uma tipoia, colocando a alça sobre o seu pescoço.
― Você gostaria de andar com ele? ― Ambos olhou para Xander, que, Braxton
notou, tinha estado muito quieto e silencioso.

Ele examinou o seu amante com um olhar crítico. Os olhos de Xander
estavam fechados, seus lábios pressionados em uma linha fina, mãos enroladas
em punhos e paradas firmemente a seus lados. Sua respiração estava rápida e
irregular, e seu rosto corou um vermelho manchado. Ele parecia... extremamente
chateado.

― Xander? ― Braxton chegou para ele com o braço bom.
Xander deu um passo para trás.

― Eu preciso ajudar aqui. Eu vou encontrá-lo no hospital e levá-lo para
casa, chulo ―. Mesmo com o carinho, o seu tom era duro, distante. Braxton
deixou cair a mão, e balançou a cabeça. Xander lhe deu um breve aceno de
cabeça em troca e se afastou.
Braxton olhou para Logan para uma explicação, mas Logan apenas
balançou a cabeça ligeiramente e murmurou: ― Mais tarde.

Ele não sabia o que estava acontecendo ou o que tinha dado na bunda
de Xander, mas ele estava cansado demais para se preocupar com isso naquele
momento. Ele pensaria nisso amanhã. Ele fechou os olhos e deixou o
esgotamento o levar.


C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo O
OOn
nnz
zze
ee

Xander entrou em seu quarto e de Braxton para encontrar uma mala
aberta sobre a cama, roupas dobradas e acomodadas perfeitamente dentro. Ele
não se parecia com a exibição aleatória de uma partida carregada
emocionalmente. Não havia raiva aqui. Isso tinha sido pensado cuidadosamente.

Ele tinha ferrado tudo. Ele sabia disso, mas não achou que tinha sido
tão ruim. Parecia que ele tinha muito que se explicar, e até mais, se rastejar. Ele
faria o que fosse preciso.

Fazia quatro longos dias, principalmente de silêncio, desde o incêndio.
Ele e Braxton tinham feito pouco mais do que trocar saudações no café da
manhã. Xander tinha tanto medo de ferir acidentalmente Braxton que ele havia
decidido dormir no sofá durante a noite ou não dormir, como era.

Ele sentiu falta do pequeno doce corpo do seu companheiro, todo
quente e macio, abraçado ao seu lado durante a noite. Ele sentiu falta da
respiração de Braxton em seu pescoço, a perna fina estendida sobre a sua, sua
mão pequena descansando no peito de Xander. Braxton praticamente dormia em
cima dele. Xander amava, e ele sofria por isso.

Então, existia a parte menos nobre dele, a parte entre as pernas, para
ser exato, que doía também. Ele tinha se acostumado com o sexo, frequente e
espetacular desde que Braxton tinha entrado em sua vida. Ele estava no inferno.
Seu inferno auto-imposto, merecido, mas, ainda assim, tortura.


Xander não tinha lidado muito bem com a situação. Mesmo que ele não
tivesse percebido que por conta própria, seus irmãos foram rápidos em dizer a
ele. Ele havia visto os hematomas, os cortes, o sangue, o ombro deslocado, e ele
tinham perdido. Era óbvio que alguém feriu intencionalmente o seu companheiro,
então, tentou matá-lo com o fogo e Xander achava que tinha uma boa ideia de
quem era esse alguém.

As contusões de Braxton estavam apenas começando a se curar, e
Xander sentia a sua raiva reviver novamente cada vez que ele as via. Braxton era
seu para proteger, e ele tinha falhado com ele.

Braxton saiu do banheiro com um pequeno saco de artigos de higiene
pessoal, e seus passos falharam quando viu Xander.

― Desculpe ―, ele murmurou. ― Eu vou estar longe do seu caminho em
breve.
O coração de Xander parecia que iria quebrar com o olhar abatido nos
olhos de Braxton.

― Não vá ―. Saiu mais uma ordem do que o apelo que ele queria que
fosse.
― Xander, eu não posso fazer isso. Eu entendo se você não me quer...
― Quem disse que eu não quero você? Eu não posso respirar sem você.
― Xander deu um passo para Braxton, mas parou quando ele se afastou para
longe de seu avanço.
― Você não fala comigo. Você não me toca. Você mal me olha. Você
nem mesmo dorme na mesma cama comigo. ― Braxton balançou a cabeça, as
lágrimas enchendo seus olhos. ― Eu não posso fazer isso.
― Fazer o quê?
― Estar aqui com você.

― Braxton ―, Xander sussurrou, dando mais um passo para frente.
Merda, essa dor. ― Não vá. Por favor.
Braxton apenas balançou a cabeça de novo, dando mais um passo para
trás.

― Por que você está fazendo isso? ― Ele perguntou miseravelmente. ―
Você não me quer, então, me deixa ir.

― Eu não posso fazer isso. ― Xander lhe deu um meio sorriso. ― Eu lhe
disse no início que eu nunca o deixaria ir.
― Porra, eu não sou sua propriedade, Xander! ― Braxton gritou.
― Não. ― Xander voz tremeu de emoção. ― Você é meu companheiro.
Braxton colocou o saco de artigos de higiene na cama e fechou o zíper
de sua mala. Não escapou do olhar de Xander que as mãos de seu companheiro
estavam tremendo.

Braxton olhou para cima, derramando lágrimas pelo seu rosto macio. ―
Eu não posso. Você vai me manter informado sobre a investigação do incêndio
criminoso?

Xander apenas acenou com a cabeça atordoado. Braxton pegou ambas
as malas e passou por ele e saiu pela porta. Xander ficou congelado, olhando
para o espaço ao lado da cama onde o seu companheiro ficava. Lentamente, ele
se virou e saiu do quarto, descendo as escadas, e para a cozinha. Lá estava ele,
olhando para o nada, seu corpo inteiro tremendo.

― Xander? ― Uma mão pousou em seu ombro. Ele se virou na direção
da voz, sem ver, indiferente.
― Xander? ― Logan lhe deu uma sacudida aspera. ― O que você está
fazendo?

― Ele se foi ―, Xander sussurrou ao redor do nó na garganta.
― Não, ele não foi. Ainda não. Ele está na varanda da frente, me
esperando pegar minhas as chaves para que eu possa levá-lo para o Keeton. ―
Logan lhe deu um pequeno empurrão em direção à porta. ― Vá buscá-lo.
Xander piscou, finalmente, com foco em seu irmão. ― Ele me odeia.

― Não, ele não faz. Ele está ferido, e ele está confuso.
― Mas, Logan...
― Não, você fez uma boa bagunça. Coloque a sua bunda lá fora, e faça
isso direito ―, Talon disse enquanto entrava na cozinha.
― Você não pode o deixar ir, Xander. Você não é o único que o ama,
você sabe, ― Boston adicionou quando chegou logo atrás de Talon.
Amor. Será que ele ama Braxton? A resposta veio rápida e sem
hesitação. Sim. Ele nem sequer tinha palavras para descrever o quanto ele
amava o homem.

― Eu o amo ―, Xander disse distraidamente.
― Bem, então por que você ainda está aqui? ― Jackson entrou na
cozinha, sorrindo. ― Vá dizer a ele, e não a nós. ― Ele sacudiu a cabeça em
direção à porta. ― Ah, e eu acho que ele cansou de esperar, porque ele deixou
suas malas na varanda e está andando pela calçada. Murmurou algo para mim
sobre pegar as suas coisas mais tarde. Ele parecia um lixo.
Todos os quatro homens circulavam em torno de Xander, olhando para
ele.

― Vai! ― Todos gritaram em uníssono.

Xander fugiu da cozinha, batendo a porta da frente em uma corrida.
Graças a Deus Jackson tinha deixado aberta. Ele podia ver Braxton na metade do
caminho, andando lentamente, de cabeça baixa e ombros caídos.

― Braxton!
Seu companheiro virou, olhando completamente infeliz. Seus olhos
estavam avermelhados e inchados, e as lágrimas caíam livremente em seu rosto.

Xander parou a poucos metros de Braxton, sentindo-se tão miserável
quanto ele. ― Não vá. Por favor. Não vá.

Ele não recebeu nenhuma resposta. Braxton apenas abaixou a cabeça,
olhando para seus pés.

Antes que ele pudesse o rejeitar, Xander caiu de joelhos na frente de
seu companheiro, passou os braços ao redor de sua cintura fina, e escondeu o
rosto em seu estômago.

― Sinto muito, querido. Eu fui uma idiota. Por favor, não me deixe.
Quando Braxton não reagiu de qualquer forma, Xander apenas apertou

o rosto mais forte em seu estomago. ― Por favor ―, ele sussurrou. ― Por favor,
bebê.
Então ele sentiu Braxton passar a mão pela parte de trás da sua cabeça,
seus dedos vasculhando o cabelo longo de Xander.

Esperança floresceu em seu coração. Agora, veio o rastejar.

― Oh, me desculpe. É o meu trabalho cuidar de você. Eu prometi que
nunca iria deixar ninguém te machucar novamente. Eu quebrei minha promessa
―, ele murmurou. ― Me desculpe, por não proteger você, bebê. Estou tão
fodidamente arrependido por tudo. Me perdoe. Não me odeie. Por favor, não me
odeie.

Braxton manteve a carícia suave enquanto ele deixava as palavras
desabafadas do seu companheiro lavar sobre ele. Que confusão maldita era essa.

Ele tinha assumido que Xander o evitava porque ele estava cansado de
lidar com todo o drama e das besteiras de Mason.

Ele pensou que Xander estava cansado dele, e decidiu que Braxton era
demais. Ele não podia culpar o homem. A situação com o Mason tinha atingido
massa crítica.

Braxton não culpava Xander, mas ele sabia que não poderia continuar a
ficar. Doeu demais Xander estar perto dele, mas tão longe.

Em vez de falar para seu companheiro e exigir saber o que diabos
estava acontecendo, Braxton tinha desligado e fechado. Ele tinha protegido seu
coração da única maneira que sabia, efetivamente empurrando seu amante mais
longe no processo.

Suas habilidades de comunicação foram pros ares.

― Você acha que eu culpei você? É por isso que você está me evitando?
― Ele perguntou.
Xander assentiu no estômago de Braxton, ainda agarrada a ele.

― Então, você pensou que eu estava bravo com você? Que eu não
queria mais você, porque você não me protegeu?

Xander assentiu de novo, e de repente as coisas pareciam muito mais
claras.

― E eu que pensava que estava com raiva de mim.
Xander finalmente folgou o seu aperto de morte dele e se inclinou para
trás para olhar para o rosto dele.

― Por que diabos eu iria ficar com raiva de você? ― Ele parecia tão
confuso que Braxton teve que engolir uma risada.
― Vamos, amor, vamos entrar e conversar. Aposto que seus joelhos
estão matando você. ― Ele se desembaraçou dos braços de Xander e recuou,
oferecendo uma mão para o grande homem.
Xander apenas balançou sobre seus calcanhares e se levantou
graciosamente, como se não tivesse acabado de passar os últimos cinco minutos
de joelhos no pedregulho.

Braxton não pôde conter um bufar neste momento. ― Exibido.

Xander o pegou, o forçando a envolver seus braços e pernas em torno
de todos aqueles duros músculos, não que ele estava reclamando.

― Então, por que você acha que eu estava bravo com você? ― Xander
perguntou enquanto ele caminhava de volta para a casa.
― Não com raiva, apenas cansado de mim ―, murmurou distraidamente
Braxton enquanto se deleitava com a sensação de braços de seu amante ao seu
redor, pela primeira vez em dias. Era maravilhoso.
― Huh? ― Xander parecia ainda mais confuso do que antes.
― Eu percebi que você estava cansado de lidar com toda a minha
bagagem ―, explicou Braxton. ― Eu sei que você não é obrigado a lidar com o
psicótico do meu ex.

― Você é meu, e eu vou querer você de qualquer maneira que eu possa
pegar. Mesmo que tenhamos que lidar com o bastardo do seu ex ―, Xander
acrescentou com tristeza. ― A única coisa que eu estou cansado de ver você se
machucar.
― Certo. ― Braxton murmurou no pescoço de Xander, arrastando beijos
ao longo da pele sensível.
― Certo?
Braxton estava contente que a voz de Xander estava um pouco instável,
e ele não achava que isto era por causa do esforço de carregar ele.

― Sim. ― Ele mordiscou o seu caminho até a orelha de Xander, chupou
o lobulo em sua boca, em seguida, passou a língua dentro da orelha. ― Depressa
―, ele sussurrou, se deleitando com o estremecer de Xander.
Xander chegou a casa, pulando os degraus e pela porta da frente com
Braxton no reboque.

― Xander!
― Braxton!
― Então, eu acho que vocês fizeram as pazes.
As vozes dos irmãos os chamando fizeram o fizeram o seu caminho
através da sala de estar até a escada. Braxton sorriu. Eles eram sua família, e ele
os amava, quase tanto quanto ele amava o homem em seus braços. Ele não tinha
certeza de quando isso aconteceu, mas Braxton sabia que ele era apaixonado por
Xander. A ideia tanto o assustado e emocionava ele.

― Ei, onde vocês...
― Agora não ―, Xander rosnou, cortando Boston. Ele voou pelas
escadas, duas de cada vez, não o peso de Braxton não o retardando. Ele correu

para o quarto, caindo na cama rolando para que Braxton ficasse em cima dele. Os
dois riram, segurando firme um ao outro.

Ele se sentia como se tivesse voltando para casa. Aqui era onde Braxton
pertencia.

Ele colocou as mãos em cada lado do rosto de seu companheiro e olhou
profundamente em seus olhos de marrom mel.

Seu companheiro. Seu destino. Seu felizes-para-sempre.

Braxton se inclinou para sussurrar aos lábios de Xander. Uma vez mais,
ele se preparou, deu um salto de fé, e orou para que Xander o pegasse.

― Eu te amo, Alexander Brighton, com todo o meu coração.
Xander fechou os olhos e respirou profundamente. Não era exatamente
a resposta que Braxton estava procurando. Não é exatamente uma resposta o
todo, no que diz respeito a esse assunto, então ele esperou, com respiração
presa, imóvel.

Quando Xander abriu os olhos, ele deu a Braxton um olhar tão terno,
tão adorado, que derreteu ele.

― E eu amo você de volta, Braxton Carmichael, mais do que qualquer
coisa. Por favor, não me deixe, bebê. Eu não acho que eu poderia sobreviver a
isso.
Ele segurou gentilmente com as mãos a parte de trás da cabeça de
Braxton, reivindicando a sua boca em um beijo que deixou Braxton arqueando as
costas e gemendo enquanto seu pênis começava a se endurecer. Ah, ele tinha
sentido falta disso.

Braxton puxou com ambas as mãos a camisa de Xander, apertou o
cerco contra os quadris do seu amante com suas coxas, e começou a se balançar,


moer sua ereção contra Xander. Tinha que haver alguma forma de chegar mais
perto. Ele precisava estar mais perto.

― Eu não quero te machucar ―, Xander sussurrou contra o pescoço de
Braxton enquanto ele lambia um caminho até seu ouvido, ― mas eu tenho que
ter você. Por favor, me deixa ter você. Diga que sim.
Sim! Sim! Sim!

Braxton estremeceu com o desejo cru na voz de seu amante. ― Sim―,
ele respirou, mesmo quando ele tentou trabalhar a logística em sua mente. Ele
tinha pontos na parte de trás e da frente de sua cabeça, e seu ombro ainda
estava muito dolorido para suportar seu peso. Só existia uma maneira deixada
para ele então.

― Tira, ― ordenou. ― Então eu quero você em suas costas.
Braxton se levantou e cuidadosamente removeu suas próprias roupas,
consciente de seus ferimentos. Ele pegou a garrafa de lubrificante do criado mudo
e se virou para ver Xander, seu corpo, lindo nu deitado sobre a cama para ele.
Ele se inclinou contra uma pilha de travesseiros que ele empurrou contra a
cabeceira da cama, com as pernas abertas e seu pau grosso na mão.

― Depressa ―, ele rosnou.
Oh inferno, sim. Braxton abriu a tampa sobre o lubrificante e despejou
uma quantidade generosa do líquido escorregadio em sua palma. Ele fechou a
tampa, jogou a garrafa a deixando cair e se arrastou até a cama para sentar no
colo de Xander novamente. Ele lubrificou ambos os eixos rígidos e doloridos, em
seguida, alcançou seu buraco com seu braço bom para se preparar para Xander.

― Oh, droga, isso é muito quente, bebê. ― Xander se levantou e
devorou a boca Braxton em outro beijo de arder à alma. Uma de suas grandes
mãos calejadas envolveu suas ereções, lentamente as acariciando juntos. Sua

outra mão acariciava o flanco de Braxton, através de sua barriga, e até seu peito
antes de beliscar e puxar seus mamilos.

Braxton gemia alto, sua urgência crescia até o ponto da dor enquanto
ele se fudia em seus dedos e balançava seu pênis escorregadio contra Xander.

― Por favor. ― O apelo de Xander era parte gemido, parte choramingo,
e sexy como o inferno.
Braxton removeu os dedos e alinhou o pênis de Xander, com a cora
vazando e com seu buraco tremendo. Xander segurou seus quadris, cavando na
carne enquanto ele lutava para permanecer imóvel. Eles gemeram alto enquanto
Braxton empurrou com força, se empalando no pau duro de Xander.

Ele balançou os quadris, subindo e descendo, se deleitando com a
sensação de Xander dentro dele.

― Me foda! Eu preciso de você para me foder duro e rápido, Xander. Eu
quero o seu cheiro em mim. Quero que todos saibam que eu sou seu. ― Braxton
falou as palavras que ele sabia que deixaria o seu companheiro deliciosamente
selvagem. ― Eu quero sentir você gozar na minha bunda. Você não vai me
machucar. Me fode, Xander. ― Xander rosnou longo e baixo. Ele cravou os
calcanhares na cama, inclinado para os quadris, e começando um ritmo intenso,
batendo no corpo acolhedor de Braxton.
― Ah! Eu quase perdi você, bebê ― , Xander entre dentes. ― Porra,
você é tão gostoso.
Braxton gemia mais alto, arqueando as costas para tomar Xander mais
profundo. Ele podia sentir seu orgasmo chegando, apertando suas bolas, e
queimar através de sua pele. Quatro dias era muito tempo para ficar sem isso.
Ele estendeu a mão e acariciou seu pênis que estava vazando, puxando forte,
desesperado para a liberação.


― Xander! Oh, oh, oh! ― Jogando a cabeça para trás, Braxton gritou
quando seu orgasmo disparou por ele. Seu cérebro em curto-circuito, o seu
traseiro se apertou ao redor do pau duro de seu amante, e pegajosos fluxos
brancos de sêmen irrompeu dele, revestindo o abdômen e peito de Xander.
Braxton sentiu o seu amante ficar tenso, viu seus olhos rolar para trás
em sua cabeça, ouviu o gemido profundo de seu peito enorme. Ele gritou de novo
quando sentiu a liberação de Xander, quente e úmido enchendo suas
profundezas.

Ele desabou sobre Xander suor e sêmen molhando o seu peito, e sorriu.
Ele acariciou o pescoço do seu companheiro enquanto Xander acariciava sua
espinha preguiçosamente. Sexo com seu companheiro sempre foi tão intenso,
muitas vezes ele se sentia como se precisasse de uma longa soneca depois.

Xander falou, quebrando o silêncio. ― Você quer ir se sentar na tina de
água quente, querido? Ele vai ajudar o seu ombro. ― Ele deslizou sua mão para
baixo para dar um aperto agradável na bunda de Braxton.

Braxton sorriu e beijou a parte inferior do queixo de Xander. ―
Certamente. Você quer que eu vá perguntar aos rapazes se eles querem se juntar
a nós?

― Qualquer coisa que você quiser, chulo ―. Xander riu.
Braxton riu junto, se sentindo melhor do que ele esteve desde o
incêndio. Ele sabia que eles iriam brigar e discutir. Ele sabia que não estariam
sempre de acordo em tudo, mas eles estavam indo para ficar bem. ― Eu te amo,
Xander.

― Amo você também, bebê.

C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo D
DDo
ooz
zze
ee

― Mmm, isso é bom ―, Xander murmurou. Seu corpo estava satisfeito e
relaxado, a água estava perfeita, e ele tinha o seu bebê em seus braços
novamente. A vida não poderia ficar melhor.
― Sim, é ―, Braxton ronronou enquanto ele se curvava ao lado dele. ―
Eu senti sua falta, não fui capaz de dormir sem você.

― Eu fui dormir lá embaixo, porque eu estava com medo de te
machucar no meu sono ―, Xander respondeu timidamente. Sua falta de
comunicação lhe tinha dado quatro dias miseráveis. Ele não queria repetir a
experiência tão cedo.
Braxton se sentou, procurando no rosto de Xander à verdade. ―
Realmente? Você não estava com raiva de mim?

― Não, chulo, eu nunca estive bravo com você. ― Ele beijou o templo
de Braxton. ― Você sabe, agora que você não tem um apartamento, você pode
se mudar para cá.
― Eu pensei que já vivia aqui. ― Braxton sorriu.
Xander estava tão feliz que pegou Braxton e esmagou o menor no peito.

― Obrigado. Você não vai se arrepender. Eu amo você, bebê.

― Uh... Xander... ― A voz de Braxton soou tensa. ― Eu também te
amo, mas você está me esmagando.
Ele abruptamente largou seu companheiro e olhou para ele se
desculpando. ― Oops Desculpe, mas eu estou realmente contente que você
decidiu oficialmente se mudar.

― Estou muito feliz. Eu não sei quanto a “mudança” que eu vou estar
fazendo, no entanto. Tudo o que me resta já está aqui.
― Então, o que você deseja para o seu aniversário, Brax? ― Xander
sabia que sua tentativa de mudar de assunto não era muito boa, mas ele não
queria falar sobre o incêndio, ou Mason, ou qualquer outra coisa desagradável.
Braxton respirou fundo e puxou o lábio inferior entre os dentes. Era tão
ruim assim? Xander lhe daria qualquer coisa que ele pedisse. Ele prendeu a
respiração enquanto esperava que ele falasse.

Finalmente, Braxton desabafou: ― Posso ter uma escrivaninha nova?

Xander respirou de alívio. Se isso era tudo o que Braxton queria, Xander
faria para ele uma mesa para cada quarto da maldita casa. ― É claro. Você tem
uma mesa específica em mente, ou você gostaria que eu fizesse uma para você?

Braxton apenas levantou uma sobrancelha, olhando muito sexy para ser
legal.

Xander riu. ― Sim, eu sei como fazer uma escrivaninha. Eu não vou
estragar tudo, prometo.

―De verdade? Isso seria fantástico! Você é o maior ―. Ele beijou o
rosto de Xander. ― Estou tão animado! Quanto tempo você vai demorar pra
acabar?

― Não muito tempo, um par de semanas talvez, por isso vai ser um
presente de aniversário atrasado. ― Braxton apenas acenou com a mão.

― Oh, isso é bom. Obrigado, Xander. ― Braxton beijou sua bochecha
novamente e continuou a sorrir como um louco. ― Então, quando é seu
aniversário?
― No próximo mês.
― Seu aniversário é no mês que vem? ― Ele gritou. ― E você não me
disse? Oh meu Deus! Qual o seu problema?
Xander jogou a cabeça para trás e caiu na gargalhada.

― O que? ― Braxton exigiu, cruzando os braços sobre o peito e olhando
para ele.
O olhar só fez Xander rir ainda mais. ― Você deveria ver o seu rosto.
Depois de toda a merda que passamos, o que te fez ficar mais irritado é que eu
não te contei que o meu aniversário estava chegando. ― Ele beijou a ponta do
nariz de Braxton. ― Você é uma outra coisa, Braxton Carmichael.

Os lábios de Braxton tremeram, e seu nariz enrugou, mas ele ainda
continuou a olhar fixamente para Xander. Poucos segundos depois, ele desistiu
completamente e lhe deu um sorriso que parou seu coração. ― Então, que dia é?

― Uh, sexta-feira, ― Xander respondeu distraidamente.
― Não, gênio, eu quis dizer seu aniversário. ― Braxton riu.
― Ah. Dia vinte e um. ― Xander inclinou a cabeça para o lado, quando
um pensamento obscuro lhe ocorreu. ― Por que você estava em seu apartamento
naquela noite? ― Seu desejo de ficar longe de assuntos desagradáveis voou para
fora da janela.
O sorriso de Braxton escorregou de seu rosto. ― Eu fui trabalhar em
algumas ideias para o novo romance com Keeton. Então eu fui para minha casa
para pegar meus DVDs para que Jackson e eu pudéssemos assistir a um filme. ―
Ele franziu a testa. ― Eu nunca cheguei a pegar a pizza.


― Pizza?
― Sim, você sabe como é Jackson. Ele se parece com um bebê, mas ele
come como um exército.
― É verdade, e eu sou canino, então você saiba que eu ouvi isso, certo?
― Jackson riu quando ele saiu da porta do pátio de correr para se juntar a eles.
Braxton corou. ― Desculpe, mas você se parece com um bebê, Jacks.
― Igual você, chulo ―, Xander sussurrou para ele, causando um rubor
em Braxton.
― Então, eu vejo vocês dois se ajeitaram ―. Boston subiu na banheira
de água quente atrás de Jackson. ― Ainda é uma vergonha... ele com certeza é
bonito, Xander.
O rugido profundo de Xander tinha feito todos eles rirem.

― Apenas brincando com você, chefe ―. Boston deu um soco no ombro
de brincadeira.
― Agora, espere um minuto maldito! Eu não pareço com um bebê ―,
Braxton estalou.
― Sim, você parece ―, falou Talon da porta. ― E você está agindo como
um moleque. Cala a boca, nanico ―. Ele sorriu e piscou para Braxton.
― Onde está o Logan?― Braxton perguntou, olhando para a porta para
o irmão desaparecido.
― Encontro ―, falaram todos os quatro em coro.
― Oh, é mesmo. Ele me disse quando ele e aquela garota Mendoza
estavam me torturando. ― Braxton estremeceu com a lembrança.
― Torturar você? ― Boston perguntou, suas sobrancelhas juntas.

― Eu não diria isso sobre Mendoza. Ela é dura de ruer. ― Jackson falou.
Xander tinha que concordar com o garoto.
― Eles foram, huh, realocar o meu ombro, eu acho que você poderia
chamar assim ― Braxton respondeu a pergunta de Boston.
Agora, foi a vez de Xander estremecer. Se ele vivesse para sempre, ele
nunca conseguiria tirar a imagem do corpo espancado do seu companheiro de sua
cabeça.

― E o que foi que ele disse sobre este encontro? Porque ele tem sido
mais apertado do que uma bunda virgem comigo ―, riu Talon
― Não é possível imaginar o porquê ―, Xander murmurou
sarcasticamente.
Braxton riu ao par. ― Só que ele ia sair com um italiano quente, e que
ele preferia estar vivo para o encontro.

― Uh, há uma razão pela qual ele não teria vivido até hoje à noite? ―
Jackson franziu a testa em confusão óbvia.

― Xander ―, Braxton respondeu simplesmente.
Todos assentiram como se isso explicasse tudo.

― Braxton? ― O olhar de confusão se dissipou, e Jackson apareceu mais
grave do que Xander tinha visto. Ele parecia... irritado. ― Quem te machucou?
Ah. Xander sabia o quanto seus irmãos se importavam com Braxton. Ele
era da família, e se você mexeu com um, você tem que lidar com o resto. Ele
olhou para Talon e Boston, não se surpreendeu ao encontrar olhares semelhantes
de ameaça em cada um de seus rostos.

Secretamente, Xander estava feliz que alguém tinha abordado o
assunto. Ele estava querendo perguntar a Braxton o que aconteceu desde que ele


o tinha visto pela primeira vez, deitado na maca por trás da ambulância, mas se
conteve, não querendo causar mais estresse no seu companheiro.
Braxton abaixou a cabeça se enrolando mais apertado para o lado de
Xander, envolvendo braço de Xander em torno de seu torso como um cobertor de
segurança. Sua aflição era óbvio, o cheiro azedo, amargo flutuando para fora
dele.

― Bebê ―, Xander falou baixinho no cabelo Braxton como ele o
aninhou, ― quem te machucou?
― Mason ―, Braxton respondeu com uma voz clara, surpreendendo
Xander. Ele tinha certeza de que seu amante não gostaria de falar sobre o
incidente.
― Quem é Mason? ― Boston perguntou.
― Meu ex-namorado. A versão CliffsNotes4 é que nós ficamos juntos
por cerca de um ano. Ele morou comigo, e as coisas eram boas. ― Braxton
bufou, balançando a cabeça. ― Eu vim para casa mais cedo no nosso aniversário,
querendo surpreendê-lo, sabe? Bem, foi certamente uma surpresa para mim, ele,
e o jovem ele estava fudendo em nossa cama.
O lábio de Braxton se prendeu sobre os dentes superiores, e ele rosnou
baixo e ameaçador. Apesar de ser um som completamente humano, Xander ficou
impressionado.

― Eu o expulsei de casa, ― Braxton continuou. ― Mas ele sempre volta,
no entanto. Ele me seguia quando eu saia, deixava presentes para mim nos meus
degraus. Ele me ligava todas as noites. Então, um dia, cheguei em casa e
encontrei uma janela quebrada. Foi quando eu mudei meu número, vendi meu
carro, e coloquei a minha casa à venda.
4 Um guia de estudantes trás os resumos, e explica, vários livros da literatura clássica.


― Você conseguiu uma ordem de restrição? ― Talon perguntou.
― Não. O que isso faria? A não ser que a polícia o pegasse no flagra,
não havia nada que eles pudessem fazer. É apenas um pedaço de papel, Talon.
Isso não significa nada.
Ninguém sabia o que dizer. Todos eles sabiam que Braxton estava certo.

― Como você se machucou? O que houve? ― Xander apertou o seu
companheiro para ele. Ele ia matar aquele idiota que machucou o seu homem.
― Mason estava em casa quando eu cheguei lá, vasculhando todas as
caixas. Quando ele começou a sair, eu lhe disse para me dar de volta as chaves.
Ele riu e continuou andando, então eu agarrei o braço dele. Ele me deu um soco,
então me bateu de novo, enquanto eu ainda estava surpreso. Quando cai no
chão, ele me chutou, até que eu desmaiei. Quando voltei a mim, o lugar estava
em chamas. ― Braxton falou rapidamente e sem inflexão. Então ele se levantou,
saiu da banheira, colocou a toalha ao redor dele, e entrou na casa sem dizer uma
palavra a ninguém.
Um par de horas mais tarde, Xander tinha Braxton envolvido em seus
braços no sofá. Talon e Boston tinham ido trabalhar, Jackson estava fora em um
outro encontro, e ele e Braxton tinha a casa para si.

― Você está bem, Braxton? ― ele perguntou.

― Você nunca sai nas noites de sexta-feira? Devíamos sair um pouco. ―
Braxton bocejou, puxando o cobertor sobre os ombros e se aconchegando para
perto dele.

Xander não perdeu o fato de que Braxton tinha ignorado a sua
pergunta, mas ele não o empurraria. Em vez disso, ele afastou o cabelo para trás
do rosto do seu companheiro e perguntou: ― Onde você gostaria de ir, bebê?

― Oh, nenhum lugar. Eu estava apenas dizendo que devemos sair. Mas
eu gosto muito de onde estou, no entanto.
Xander sorriu como um bobo. Sim, ele gostou muito. Muito.

Eles se sentaram em silêncio por alguns minutos, apenas para
aproveitar a sensação de seus corpos quentes apertados. Xander passou os dedos
pelo cabelo sedoso de Braxton, usando a outra mão para segurar seu
companheiro perto dele. Ele estava tão contente, ele fechou os olhos e suspirou.
Ele estava quase dormindo quando Braxton falou.

― Você não quer mais me reivindicar? Quer dizer, eu sei que as coisas
têm sido uma loucura, mas você não tocou mais no assunto. ― Braxton teve o
rosto pressionado contra o pescoço de Xander, abafando suas palavras.
Xander ficou com o coração magoado com a tristeza na voz de Braxton.
Ele colocou um dedo sob o queixo de Braxton e gentilmente puxou o rosto de seu
companheiro para cima.

― Olhe para mim, bebê. ― Quando Braxton olhou para ele, Xander
jurou que faria qualquer coisa para nunca mais ver aquele olhar no rosto de seu
companheiro novamente. ― Você se lembra do que eu disse sobre sienotas?
A testa de Braxton enrugou de concentração. ― Seu sienota é o seu
destino, o seu verdadeiro amor, sua alma gêmea, sua outra metade.

Xander sorriu e acenou com a cabeça. ― E?


― E... é só começar... um. ― Braxton olhos se arregalaram, e ele
agarrou os ombros Xander. ― Oh, eu sinto muito!
― Eu não estou? ― Xander riu. ― Calma, Braxton. Respire.
― Xander, isso não é justo com você. E se você decidir que odeia ser
acasalado a mim?
― Você está certo. Não é justo. ― Ele puxou Braxton para ele e beijou
seus lábios suavemente. ― Você é muito mais do que eu mereço, e nunca vou
me arrepender de ser seu companheiro. ― Ele beijou o nariz de Braxton, seu
rosto, sua mandíbula.
Braxton esticou o pescoço para dar-lhe um acesso mais fácil, e Xander
sorriu contra a pele macia da garganta de Braxton. Ele amava as respostas do
seu homem. ― Há coisas que você precisa saber antes que eu reivindique você.

― O que? ― Braxton se sentou rapidamente, fazendo com que Xander
caisse para trás do sofá e pousasse no chão com um baque pesado. ― Oh, eu
sinto muito, amor. ― Você está bem?
― Estou bem. ― Xander riu, se sentando no sofá com seu companheiro.
― Agora, quais sãos as coisas que eu preciso saber?
― Shifters não são imortais, e não vivem para sempre, mas nós
vivemos um pouco mais do que um ser humano médio. Nós curamos
rapidamente, e nós não somos suscetíveis a doenças, por isso, tendemos a viver

bem, passado o centésimo aniversário ―, Xander explicou. ― Uma vez que
estivermos completamente acasalados, você vai viver o tempo que eu viver.

Braxton arqueou uma sobrancelha. Esse era certamente uma maneira
estranha de frasear. Ele olhou para seu amante, vendo o conjunto tenso de seus
ombros, a cabeça inclinada, a parte inferior do lábio de Xander entre os dentes,
preocupado. Seu amante estava, obviamente, escondendo algo que ele iria deixálo
preocupado.

Braxton não precisa ser capaz de cheirar as emoções para sentir o
conflito dentro de seu companheiro. Ele suspirou. ― Seja o que for, me diga.

O suspiro de Xander ecoou o seu próprio. ― Se fizermos isso, se você
me permitir reivindicar você totalmente como meu companheiro... E se você me
reivindicar, em troca, ― Ele respirou fundo e olhou Braxton nos olhos ―, Nós
estaremos ligados. Para sempre.

Braxton revirou os olhos. Ele já sabia disso, e ele não poderia estar mais
feliz. Ele abriu a boca para dizer apenas isso, mas Xander cortou.

― Nossas vidas estarão presas, enroscadas, moldados em uma. Quando
você sentir tristeza, alegria, raiva, luxúria eu vou sentir essas mesmas emoções
dentro de mim. Se você estiver ferido, mesmo que não sangre, eu sentirei a sua
dor. Se você sofrer uma lesão fatal, também morreria, e vice-versa. ― Os olhos
de Xander nunca saíram das de Braxton. ― Você está disposto a sofrer isso?
Braxton não respondeu imediatamente. Ele foi finalmente começando a
entender a magnitude do que Xander o perguntou. Que ele estaria disposto a
morrer por seu companheiro? A resposta foi imediata e confiante. Sim. Ele já se
feria quando Xander se feria. Ele não podia ver sua amante em qualquer tipo de
dor.


Tanto quanto morrendo com Xander, ele duvidava que ele sobreviveria
sem ele de qualquer maneira. Ele sabia que ele certamente não queria. Xander
tinha se tornado seu mundo inteiro em um espaço muito curto de tempo. Braxton
percebeu que era caminho do destino para ter certeza que nenhum deles tivesse
que enfrentar uma imitação barata da vida sem o outro.

Dar o salto.

― Sim ―, Braxton disse simplesmente.
Xander balançou a cabeça. ― É um sacrifício enorme, Brax. Depois de
fazer isso, não pode ser desfeito. Você precisa ter certeza. Você tem que manter

o segredo. Nós nos mudamos muito. Nós nunca mantemos os amigos próximos,
porque é muito perigoso deixar alguém se aproximar de nós. ― Ele pegou a mão
de Braxton e apertou suavemente.
Braxton franziu a testa. Ele abriu a boca, fechou-a, e franziu a testa
novamente. Finalmente, ele perguntou: ― Eu poderia ainda ter Keeton, certo?

― Desde que loiro já sabe sobre shifters, acho que vai ficar bem. Por
que você não fala com ele sobre tudo isso? A decisão é sua, e eu vou aceitá-la de
qualquer maneira, por isso não tem pressão. ― Xander sorriu ternamente para
ele.
Braxton se engatinhou para o colo de Xander, sentando nas suas coxas
poderosas, e passou os braços em volta do pescoço de seu amante. ― Obrigado,

― ele sussurrou. ― Nem todo mundo entende o quão importante Keeton é para
mim.
― Eu sei, querido. Eu sei! ― Xander o puxou para perto e lhe deu um
rápido beijo nos lábios. ― Nós somos uma família agora, você, eu, meus irmãos,
e o que é importante para você é importante para nós. Keeton será sempre bem
vindo aqui.

Xander conseguiu. Ele entendeu e, nesse momento, Braxton se
apaixonou por ele mais uma vez.

C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo T
TTrez
rezreze
ee

― Você provavelmente deve ir arrumar sua mala, chulo.
― O quê? Por quê? Nós estamos indo para algum lugar?
― Só você. Eu estou trabalhando doze horas neste fim de semana, e eu
sei o quanto você odeio dormir sozinho ―. Xander sorriu com indulgência
enquanto ele colocava o cabelo para trás do rosto de Braxton. ― Depois da nossa
conversa na semana passada, liguei para Keeton. Ele cancelou sua agenda, e
você vai passar o fim de semana com ele.
Braxton nem sabia o que dizer. Mason sempre foi ciumento, se sentindo
ameaçado pela relação de Braxton com Keeton.

Ele se lançou para Xander, forçando o homem maior a pegá-lo. ―
Obrigado, por tudo.

Xander riu. ― Você é de nada, por tudo. Agora, vai arrumar sua mala.

― Ele colocou Braxton no chão e golpeou seu traseiro.
Poucos minutos depois, Xander entrou no quarto onde estava ocupado
Braxton embalando. ― Hey, bebê, você está pronto?


― Você está tentando se livrar de mim? ― Braxton levantou as
sobrancelhas.
Xander apenas riu. ― Nunca ― Ele se aproximou por trás de Braxton e
envolveu seus grandes braços em torno de sua cintura. ― Nunca ― , ele repetiu
em um sussurro rouco.

Oh-oh. Braxton conhecia esse tom. Ele se viroue nos braços de Xander
para enfrentar seu companheiro. ― Olá, garotão. Eu pensei que era para eu ir
embora. ― Ele colocou as palmas das mãos contra o peito duro de Xander e lhe
deu um empurrão.

Nada.

Ele revirou os olhos. Era como empurrar uma parede de tijolos. E era
como falar com um também, desde que Xander estava arrastando beijos em seu
pescoço e deslizando as mãos sob a camisa de Braxton.

― Você poderia esperar e ir amanhã ―, Xander soprou em seu ouvido.
― Mmm, sim ―, Braxton murmurou enquanto ele puxava a camisa de
Xander. ― Eu posso ir para amanhã.
A próxima coisa que ele sabia é que ele estava completamente nu, de
pé no meio do quarto, com Xander de joelhos na frente dele.

― Eu vou sentir saudades de você, bebê. ― Xander levou a ereção de
Braxton em sua mão e acariciou lentamente. ― Eu não estive longe de você por
tanto tempo desde que nós estamos juntos ―, continuou ele casualmente,
enquanto ele deixava Braxton louco. Ele se inclinou e lambeu a gota brilhante de
pré-sêmen do pau de Braxton. ― Você não vai sentir a minha falta, chulo?
― Sim. Merda. Agora chupa o meu pau. ― Braxton não era geralmente
tão agressivo em sua vida amorosa, mas ele sabia que o seu companheiro
brincava com ele de propósito. Xander adorava quando ele ficava mandão, e

desde que dava a Braxton um pouco de uma viagem de ego, assim, ele estava
feliz para brincar também.

― Mmm, exigente, não é? ― Xander rodou sua língua ao redor da
cabeça do pênis de Braxton, aperto os lábios ao redor da carne dura e sugando
levemente. Braxton gemeu, fazendo o seu melhor para manter seus quadris
parado.
Quando Xander se afastou novamente, deixando o pau de Braxton
escapar de sua boca com um pop, Braxton pensou que ele poderia ferir seu
companheiro. ― Xander ―, ele queria que saísse um rosnar, mas saiu mais como
um miado patético. Ele estava tão duro que ele pensou que seu pau ia explodir se
não tivesse alívio, de preferência nos próximos três segundos.

Xander apenas riu enquanto ele lentamente acariciava a ereção de
Braxton. ― Sim, querido?

Braxton torceu uma de suas mãos no cabelo longo e espesso de Xander,
sacudindo a cabeça de seu companheiro para trás e efetivamente cortando o riso.
Golpeou a mão de Xander e agarrou seu pênis dolorido na sua. Se Xander não ia
fazer, ele terminaria o trabalho sozinho. Ele fechou os olhos e começou a se
acariciar rapidamente, quase grosseiramente.

Foi ótimo. Não tão bom como boca de Xander, mas conseguiu o que
queria. Ele abriu os olhos para encontrar Xander olhando para ele através de
longos cílios. Luxúria pura e animalesca brilhava no rosto de seu amante, o que
empurrou Braxton mais perto da borda.

Xander pegou quadris de Braxton e o puxou para frente. ― Deixa. Eu
quero que você foda minha boca e goze na minha garganta.

As bolas de Braxton se apertaram com as imagens que essas palavras
produziram. Ele sabia que não ia durar muito tempo. Com uma mão ainda


enrolado no cabelo de Xander, Braxton puxou a cabeça de sua companheira para
ele quando ele empurrou seus quadris para frente. Xander abriu a boca para ele,
envolvendo seu pênis com o calor, quente e úmido de sua boca.

Braxton empurrou para frente de novo, e Xander engoliu até a raiz. A
visão dos lábios do seu amante cheios e bonitos envolvidos em torno dele tinha
feito Braxton rosnar, tirando seus quadris, empurrando para dentro da boca de
Xander mais e mais. Embora Xander não fosse delicado por qualquer definição da
palavra, Braxton ficou com medo que ele estivesse sendo muito duro com seu
companheiro. Ele não podia se deter, no entanto. Suas bolas apertavam ainda
mais, e ele sentiu o calor escaldante baixo em sua barriga.

― Oh, Deus. Oh, sim. Sim, amor. É tão bom ―, ele ofegou.
Xander gemeu sua aprovação, enviando vibrações fracas para baixo do
eixo de Braxton e direto para suas bolas. Com uma mão, ele afastou as pernas de
Braxton, quando ele colocou um dedo da outra mão em sua boca, ao lado do
membro de Braxton. A realização do que Xander pretendia fazer acelerou os
batimentos cardíacos de Braxton em um galope.

Xander tirou o dedo agora escorregadio de sua boca, chegou entre as
pernas de Braxton, e deslizou em seu buraco apertado.

― Oh, meu... foda ... ah inferno. Muito bom. Não vou durar... Oh, não
pare.
Xander curvou o dedo, esfregando contra o ponto doce de Braxton.
Braxton congelou, e estrelas explodiram atrás de suas pálpebras fechadas. Ele
gritou o nome de Xander, derramando seu gozo na garganta do seu companheiro.

Ele tirou seu pênis da boca de Xander e desenrolou os dedos de todo
aquele cabelo bonito. Ele caiu nos braços de Xander, saciado, feliz e relaxado.


Beijou o oco da garganta de seu amante, ele suspirou, sorrindo preguiçosamente.

― Obrigado.
― Sempre ―, Xander sussurrou em seu cabelo.
― Você fez isso de propósito, não foi? ― Braxton alcançou entre seus
corpos e apalpou a protuberância dura por trás do zíper de Xander. ― Precisa de
mim para cuidar disso? ― ronronou.
― Sim, eu fiz isso de propósito. Eu adoro quando você perde o controle
e toma o que você quer. ― Xander suavemente se ergueu. ― E eu estou bem.
Braxton olhou para a virilha de Xander. Uma pequena mancha molhada
escurecia o tecido onde vazou pré-sêmen, e seu zíper parecia em perigo de
explosão. Era óbvio que ele precisava de alivio, então por que ele não deixava
Braxton cuidar dele?

― O que há de errado, Xander? ― Ele se levantou e se aproximou do
seu companheiro.
― Nada.
A resposta curta e nítida de Xander, fez Braxton congelar. O que diabos?

― Xander?
― Eu disse que não é nada, e eu estou bem. Termine de empacotar
suas coisas, bebê. ― Xander foi para a porta como se para sair da sala.
― Oh, não, você não vai. ― Braxton agarrou o antebraço de Xander
para detê-lo.
Ele se virou de forma tão abrupta que Braxton cambaleou para trás,
perdeu o equilíbrio e caiu no chão em sua bunda.

Xander ajoelhou-se ao seu lado instantaneamente, o levantando. ―
Merda! Sinto muito, querido. Você está bem?


― Eu estou bem, Xander ―. Braxton revirou os olhos e empurrou o
peito de Xander. ― Me larga!
Xander soltou e deu um passo para trás, colocando as mãos nos bolsos.

― O que diabos está acontecendo com você, Xander? Você vem aqui e
me provoca até eu, basicamente, o atacar e, agora, você age como se eu tivesse
alguma doença. ― Braxton levantou as mãos em desespero quando Xander
apenas olhou para ele. ― Bom! Que seja. Não fale nada.
Xander se sentou na beira da cama, cobriu o rosto com as mãos, e
respirou fundo.

― É a lua. ― Ele murmurou.
― O que?
Ele deixou cair as mãos e olhou para Braxton. ― A lua cheia. Está perto.
É mais difícil para mim controlar os meus... instintos mais básicos perto da lua
cheia. É por isso que eu o forcei a assumir o controle. ― Xander estendeu a mão
para ele, e Braxton foi voluntariamente para os braços do seu companheiro. ― Eu
não quero te machucar.

Braxton bufou. ― Primeiro de tudo, você não me forçar a fazer nada. ―
Ele beijou o nariz de Xander. ― Em segundo lugar, você não vai me machucar. ―
Ele levantou a mão para evitar o argumento de Xander. ― E, por outro lado, suas
habilidades de comunicação deixam algo a desejar. Foi assim tão difícil me dizer?

Xander revirou os olhos e sorriu. ― Você está certo. Desculpe, mas eu
ainda não quero arriscar. Então, pegue as suas coisas, e vá se divertir com
Keeton. Vejo você quando você voltar. ― Xander o beijou longo e duro, depois se
afastou com um empurrão, ofegante. ― Vai.


― E se eu não quiser ir? ― Braxton queria ver Keeton, mas o
pensamento de estar longe de Xander por vários dias não era muito atraente. ―
Quando é a lua cheia?
― Sábado ―, Xander respondeu imediatamente.
― Meu aniversário? Oh, bem, isso é foda! Eu quero ver você no meu
aniversário. ― Braxton fez beicinho.
Xander sorriu de novo e balançou a cabeça. ― Eu vou te ver no domingo
à noite. Podemos celebrar corretamente, então.

Braxton suspirou. ― Eu ainda acho que você está sendo ridículo, mas se
isso vai fazer você se sentir melhor, então tudo bem. Eu vou. É apenas três dias.

― Verdade! Até mesmo você deve ser capaz de ficar longe de
problemas por três dias.
Braxton não achou isso engraçado. Claro, ele tinha sofrido um par de
acidentes desde que ele veio morar com Xander, mas eles não eram culpa dele.
Mesmo quando ele tinha raspado a picape de Xander na cerca... bem, ele não ia
contar isso. Aquela cerca maldita estava sempre ficando no seu caminho.

― Certo ―. Falando sobre a lua cheia fez pensar na conversa que tivera
com os irmãos sobre ser “amaldiçoado”. Talon lhe disse para perguntar a Xander.
Hoje parecia um bom momento, como qualquer outro.
― Por que vocês acham que estão todos amaldiçoados? ― Braxton
mordeu a língua. Ele não estava certo que deveria ter deixado escapar dessa
forma.
Xander suspirou, mas acenou com a cabeça. ― Shifters são filhos de
Coyolxauhqui, a deusa asteca da lua. Vampiros, eles são filhos de Artemis, a
deusa grega da lua.

― Vampiros. ― Braxton gritou.

Xander, na verdade, bufou. ― Sim! Bando de idiotas esnobe.

― Huh? ― A cabeça de Braxton estava começando a doer.
― Brax, você realmente não achou que shifters eram os únicos seres
sobrenaturais lá fora, não é? Vamos lá, é como dizer que a Terra é o único
planeta habitado no universo. Absurdo.
― ETs? ― Agora eles estavam falando sobre alienígenas? Vampiros?
Deusas da lua? Ele se perguntou se elfos e fadas existiam também. Braxton não
tinha ideia do que dizer, então ele não disse nada. Xander olhou para ele com
preocupação, mas continuou sua história.
― Coyolxauhqui e Ártemis viviam constantemente brigando sobre qual
criação era a superior. Coyolxauhqui achava que os shifters eram superiores
porque não somos dependentes da lua. Nós não temos que nos esconder na luz
do dia.
Braxton assentiu. Isso, de alguma forma, era reconfortante saber que
pelo menos alguns dos mitos eram verdadeiros.

― Então, Artemis ficou enfurecida, mais ou menos em um excesso de
raiva, amaldiçoou os filhos de Coyolxauhqui. Cada geração, cada colônia shifter
produziria uma prole que seria escravizado pela lua.
Braxton abriu a boca, mas a fechou rapidamente quando Xander ergueu
a mão, o interrompendo.

― Shifters podem mudar de forma a qualquer momento. A lua cheia nos
chama. Ela nos excita. A maioria escolhe se transformar, para correr e brincar ao
luar, mas não são obrigados. Meus irmãos e eu somos. Quando a lua está cheia,
aqueles, como nós, vão mudar para os seus animais, querendo ou não.
Os olhos de Braxton se arregalaram, e ele emudeceu.


― Nossas peles são pálidas, como raio de luar, tornando quase
impossível de se camuflar no nosso ambiente. A magia que nos rodeia quando
mudamos é tão poderosa que vai conduzir alguém perto de nós à loucura em
poucos minutos.
― Mas, eu vi você mudar, ― Braxton protestou. Afinal depois de ouvir
falar em reivindicação, ligamento, acasalamento, e morte falar na semana
anterior, ele queria ver Xander se transformar.
Xander era o mais lindo tigre branco que Braxton já tinha visto. Sua
pele era suave e sedosa, e ele fazia os sons mais adoráveis ronronando. Não que
Braxton diria isso a seu alfa macho e grande.

― Qualquer um, exceto os outros como nós, e nossos companheiros.
― Então, eu nunca vou ser capaz de ver os seus irmãos quando eles se
transformarem? Nunca?
Xander balançou a cabeça. ― Não. Nunca!

― Então, seria como, murmurar e babar, ficar insano e usar uma camisa
de força de numa sala acolchoada?
― Alguns, sim, outros vão mais para a linhas do psicótico Michael
Myers, se tornando um assassino insano.
― Você sabe que tudo isso parece loucura, né? Deusas, vampiros e
maldições? ― Braxton balançou a cabeça. ― E você disse que cada colônia iria
produzir um shifter branco por geração. Como você explica Talon e Logan? Eles
eram, obviamente, da mesma colônia.
― Eu sei que parece loucura, mas essa é a lenda que foi dita para mim
quando eu era uma criança. Tanto quanto Talon e Logan... eles são gêmeos. Essa
é a melhor explicação que alguém foi capaz de inventar.

― O que aconteceu quando você se transformou pela primeira vez? ―
Braxton perguntou calmamente.

― Eu disse antes que passamos pela primeira vez quando atingimos a
puberdade, e é muito difícil de controlar. ― Xander esperou Braxton assentir com
a cabeça em reconhecimento. ― Era o meu aniversário de quinze anos, e
estávamos todos reunidos em volta da mesa para cortar o bolo.
Olhos Xander tinha um olhar distante neles, e ele falou em voz baixa,
infelizmente. ― Eu troquei ali mesmo na mesa da cozinha. Minha mãe começou a
chorar. Meu pai estava amaldiçoando enquanto minhas irmãs corriam para fora
da sala. Eu continuei tentando como o inferno mudar de volta, mas eu não
conseguia fazê-lo.

Uma única lágrima caiu dos olhos lacrimejantes de Xander. Braxton
chegou até a retirá-las enquanto ele mesmo deixou as suas próprias lágrimas
caírem livremente. A dor na voz de Xander rasgou o seu coração, e ele não tinha
certeza se ele queria ouvir o resto da história.

― Me lembro de minha mãe dizendo que me amava e depois correndo
da sala. Meu pai voltou, abriu a porta da cozinha, e me disse para ir. Ele disse
que eu nunca poderia voltar, ou o resto da colônia iria me matar. Em seguida, ele
saiu correndo do quarto da minha mãe.
Os olhos de Xander tinha um olhar morto que assustou Braxton. Ele
passou os braços firmemente em torno de seu companheiro e apenas o segurou.
Braxton tinha perdido seus pais quando era jovem, mas pelo menos eles não o
mandaram ir embora. Ele não podia nem imaginar a dor que Xander deve ter
sentido.

― Eu nem sabia por que eles estavam me mandando embora ―,
continuou Xander. ― Eu apenas corri. Algumas horas mais tarde, eu encontrei um

pequeno riacho para beber, e é aí que eu vi o meu reflexo na água. ― Ele
finalmente correspondeu o abraço de Braxton, deixando-se ir, e chorou.

Braxton apenas apertou Xander e chorou com ele. ― Sinto muito,
Xander. Eu sinto muito que você teve que passar por isso, mas você nos tem
agora. Eu, Logan e Talon, Jackson e Boston, nós somos sua família agora. Eu
amo você, bebê.

Os soluços de Xander desapareceram, e ele se inclinou para trás para
dar a Braxton um pequeno sorriso. ― Eu amo você de volta, Braxton. Você e
meus irmãos são toda a família que eu preciso.

C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo Q
QQu
uuato
atoatorz
rzrze
ee

― O que exatamente estamos procurando? ― Keeton perguntou
enquanto caminhava de volta para a sala com duas garrafas de refrigerante de
laranja.
Braxton pegou a garrafa oferecida e balançou a cabeça. ― Eu não tenho
certeza. ― Ele se sentou no chão em meio a três caixas de livros que havia
apanhado do Doutor Livro. Ele os tinha deixado guardado há séculos e tinha
esquecido completamente sobre eles. Ele já olhou através dos poucos livros que
tinha na casa de Xander e não encontrou nada.


Ele sabia que ele provavelmente deveria ter dito a Xander o que ele
estava fazendo, mas ele também sabia que seu companheiro iria apenas se
preocupar e ficar obcecado com isso. Braxton não estava disposto a lhe dar
alguma razão para se distrair. Na linha de trabalho de Xander, distrações mata
você.

Além disso, não havia realmente nada para dizer. No entanto

Keeton sentou-se e puxou uma caixa para ele. ― Bem, isso é útil. Coisa
boa, também, porque aqui eu estava pensando que isso pode ser difícil.

Braxton olhou para seu melhor amigo. ― Seu sarcasmo não tem efeito
em mim, Kee. ― Ele suspirou. ― Eu te disse. Mason parecia louco. Ele estava
procurando nas minhas caixas no apartamento, e ele perguntou onde os livros.
Nenhum deles é seu, ou vale muito, então estou assumindo que há algo
escondido em um desses livros.

― Como um código oculto ou um pedaço de papel ou... o quê? ―
Keeton folheou um exemplar de Peter Pan.

― Basta olhar para qualquer coisa que não deveria estar lá, escrito,
sublinhando, destacado.
― Então, o que está acontecendo com a investigação do incêndio
criminoso? ― Keeton perguntou enquanto ele continuava a virar as páginas.
― Xander disse que era definitivamente incêndio criminoso. A polícia
interrogou Mason, mas ele fez parecer como se nós tivéssemos acabado de ter
uma briga de namorados e ele havia me deixado me dar uma chance de me
esfriar. ― Braxton revirou os olhos e pegou um livro na caixa mais próxima a ele.
Keeton riu. ― Eu aposto que o Z-Dog ficou chateado com isso.

Braxton assentiu. ― Com certeza. De qualquer forma, não havia
qualquer prova contra Mason, que não tinha estado lá antes que o fogo começou.


Mesmo a chamada do 911 veio de um desses telefones celulares pré-pagos. Eles

o deixaram ir.
― O quê? Eles simplesmente o deixaram ir? ― Keeton gritou.
― Eles não têm nenhuma prova contra ele, Keeton. As impressões
digitais que encontraram sobre o gás pode nem sequer corresponder com as de
Mason. ― Braxton balançou a cabeça e suspirou novamente. ― Eu não sei.
Vamos lá, temos um monte de livros para olhar.
Keeton encolheu os ombros. Ok então. Vamos fazer isso, Nancy Drew.


Três horas mais tarde, Braxton concluiu que suas habilidades de
investigação estavam mais de acordo com o inspetor Clouseau que de Nancy
Drew. Eles haviam visto através de todas as páginas de cada livro em cada caixa.

― Decepcionante. ― Keeton sorriu. ― Esses são todos os seus livros?
― Sim ―, respondeu Braxton automaticamente. ― Espera. Não! ― Ele
ficou de pé e começou a andar. ― Minha cópia de A Odisséia está no meu armário
no ginásio. Droga. ― Ele deu um tapa na testa.
― Você lê na academia?
― Quando eu estou na bicicleta ergométrica ―, Braxton respondeu
defensivamente.
― Você precisa dizer a ele, Brax.

― Não há nada a dizer! ― vociferou ele. Ele não precisava perguntar de
quem Keeton estava falando.
Keeton levantou uma sobrancelha perfeitamente esculpida, mas caso
contrário, não fez comentários sobre a sua explosão.

― Desculpe, ― Braxton resmungou. ― Eu sei que você está certo, e eu
direi a Xander, apenas ainda não. Eu não quero o preocupar se isto não for nada.
― Brax...
Um estrondo soou na frente da casa, seguido pela rítmica estridente do
alarme do carro de Braxton.

Ele correu para a porta da frente com Keeton logo atrás, abriu a porta e
olhou de boca aberta. O Mustang de Braxton estava em chamas. Fumaça saia do
para-brisa quebrado. Fogo dançava junto com um pedaço de pano trançado que
havia sido empurrado para... o tanque de gás.

― Oh merda ―, Braxton respirou. Ele passou os braços em torno de
Keeton e jogou os dois para o chão ao lado da porta da frente.
A explosão foi ensurdecedora. A casa de Keeton tremeu, e as duas
janelas da frente quebraram para dentro, com a força dele.

Braxton esperou um minuto para se certificar de que era seguro antes
que ele levantasse a cabeça lentamente e permitisse Keeton a fazer o mesmo.
Eles levantaram, caminharam em silêncio, lado a lado, a uma das janelas
quebradas, e olhou para os restos ainda queimando do carro de Braxton.

Keeton falou sem olhar para longe dos destroços. ― Então, podemos
dizer a Xander agora?


Xander se moveu na cama pelo o que seria a milésima vez, tentando
adormecer. Ele socou o travesseiro em frustração e suspirou. Ele sentia falta do
seu bebê. Ele estava acostumado a chegar em casa do trabalho e se aconchegar
em torno do corpo quente de Braxton, corpo nu, ainda dormindo. Braxton se
aconchegaria e, no fim, sussurraria “Bem vindo, amor”, e eles dormiriam.

Mesmo quando Braxton não estava na cama com ele, Xander sabia que
ele estava por perto. Agora, só o cheiro de Braxton foi o que permaneceu nos
lençóis, o que era mais tortura do que conforto. O que diabos ele estava
pensando enviando Braxton para passar o fim de semana inteirinho com Keeton?

Talvez fosse a culpa que o mantinha acordado. Ele odiava mentir para
seu amante. Ele tinha mudança de turno naquele fim de semana, mas tinha
pedido o sábado de folga. Ele só precisava colocar distância entre ele e Braxton
até depois da lua cheia. Todos os seus sentidos de troca se intensificam em torno
de seu companheiro, e Xander não arriscaria o machucar.

Era o aniversário de Braxton, no entanto. Talvez ele pudesse ligar,
apenas uma chamada rápida.

Xander gemeu para si mesmo. Seu companheiro estaria em casa em
menos de vinte e quatro horas. Ele poderia esperar.


Seu celular tocou com o toque especial de Braxton. Ele quase se jogou
para fora da cama para chegar a ele. ― Ei, bebê ―, ele disse ao telefone um
pouco sem fôlego. ― Eu estava pensando em você.

― Aww, eu sinto sua falta, também, Urso Pooky, ― a voz no telefone
brincou. ― Eu estava pensando em você, também, Z-Dog.
― Keeton. ― Xander riu. Ele simplesmente não podia evitar, mas
gostava do pequeno loiro. ― O que houve? Onde está Braxton?
O tom de Keeton se tornou sério. ― Você precisa vir por aqui. Agora.

Xander entrou em alerta instantâneo. Ele levantou-se e começou a
puxar em suas roupas. ― O que houve? O que foi?

― Só venha aqui.
― Keeton ―, Xander rosnou. Ele estava puxando suas botas quando um
pensamento súbito lhe enviou em pânico completo. ― É Braxton, certo? Me
responde! Ele berrou.
― Ele está bem. Fisicamente. Apenas se apresse, Xander ― . Em
seguida, a linha caiu.
O que diabos isso significa? Algo tinha acontecido. Alguma coisa ruim
tinha acontecido. Xander correu para fora da casa, pulou em sua picape, pisou no
acelerador, e quebrou todas as leis de trânsito do Estado da Geórgia para chegar
ao seu companheiro.



Braxton passou na frente do carro ainda em chamas. Felizmente, ele e
Keeton conseguiram apagar o pior das chamas com os extintores da garagem. Ele
mordeu o lábio e respirou profundamente pelo nariz.

― A polícia não deveria estar aqui agora?
Keeton arrastou os pés culpado. ― Eu não chamei a polícia. Mas, eu
quando... ― Ele parou, com os olhos colados a seus sapatos.

― Keeton?
― Agora, Brax, não fique com raiva de mim. Eu estou com medo ―,
Keeton sussurrou. ― Isso é loucura.
Antes de Braxton pudesse responder, um grande e preto Dodge Ram
veio correndo pela na rua e derrapou para uma parada brusca na frente da casa
de campo de Keeton. Xander saltou da picape e veio caminhando até a via. Ele
parou ao lado dos restos carbonizados do que tinha sido o carro de Braxton e
olhou, horrorizado, antes de analisar dentro.

Braxton deu três passos correndo e se lançou para Xander. Ele enterrou
seu rosto no peito de seu companheiro e respirou profundamente.
Xander o apertou na segurança de seus braços, e Braxton podia senti-lo
tremer. De raiva, medo ou alívio, ele não tinha certeza.

― Estou com medo ―, admitiu Braxton.
― Está tudo bem. Eu vou te levar para casa agora, ok? Eu preciso que
você volte para casa agora, chulo.
Braxton apenas balançou a cabeça.

― Devemos chamar a polícia? ― Keeton perguntou em uma voz calma e
suave.

― Não. Quero dizer, sim. Quer dizer... eu... eu tenho que o levar para
casa. ― Xander puxou Braxton mais perto dele. ― Eu preciso levá-lo em algum
lugar seguro agora. Eu ligo quando chegar em casa e enviar Talon para cuidar
disto.
Braxton estudou expressão preocupada de Keeton, e o jeito que as suas
mãos se torciam juntas, e como ele mordeu o lábio inferior. Keeton estava com
medo, e por boas razões. Apesar de ter sido o carro de Braxton, que tinha sido
destruído, isso tinha acontecido na casa de Keeton. Ele não podia arriscar seu
melhor amigo.

― Eu acho que Keeton precisa vir conosco ―, ele sussurrou para
Xander.
Xander olhou para o rosto de Braxton por um minuto antes de ele voltar
a sua atenção para Keeton. ― No caminhão, Loiro.

Keeton não hesitou. Ele correu em volta e subiu pela porta do
passageiro enquanto Xander empurrava Braxton através da porta do motorista.
Braxton deslizou para o meio do assento, pegou a mão de seu amigo, e apertou.

― Tudo vai ficar bem, Kee.
― Sim... sim... correto... sim... sim... claro... que... obrigado, senhor.
Eu só preciso pegar essa folga, e eu vou estar na segunda-feira.
Braxton estava sentado em sua poltrona estofada favorita, observando
Xander o andar na sala de estar com o telefone no ouvido. Ele estava no telefone


com o seu chefe, organizando os turnos com outro bombeiro. Braxton ainda não
podia acreditar que o idiota tinha mentido para ele.

― Beba ―, Xander ordenou quando ele passou, apontando um dedo
longo para o copo na mão de Braxton.
Braxton suspirou e bebeu o conhaque em seu copo. Xander estava
chateado.

Keeton, o traidor podre, podre traidor, tinha cantado como um canário
no caminho de volta da casa de campo. Ele disse a Xander tudo sobre o que
Mason havia dito na casa da cidade, o que ele e Braxton pensaram que poderia
dizer, e como tinham passado horas pesquisando nos livros de Braxton.

Xander tinha escutado, sem dizer uma palavra. Na verdade, “beba”, era
a primeira coisa que Xander tinha dito a Braxton desde a que Keeton tinha aberto
a boca.

Uma vez que eles haviam feito isso em casa, no entanto, Xander tinha
muito a dizer a seus irmãos. Agora, Talon e Keeton estavam fora para lidar com a
polícia e com o carro de Braxton. Com Keeton avaliando, e seu nome sobre a
maldita coisa, Braxton realmente não tinha tido uma discussão tão longa.

Boston e Jackson estavam correndo no bosque atrás da casa de Keeton,
tentando encontrar... Bem, ele não tinha certeza do que eles estavam
procurando.

Invejava Logan. Logan havia se aproveitado de seus três dias de folga e
estava agora em Atlanta com sua nova namorada, Mariah.

Braxton colocou sua bebida em cima da mesa e se levantou. Ele errou
por não dizer Xander sobre os livros, sim, mas ele não ia sentar lá e ser encarado
como uma criança de três anos de idade.


― Sentado! ― Xander latiu para ele enquanto ele desligava o telefone
com uma batida.
Ele parecia letal, e a parte racional do cérebro de Braxton disse que ele
deveria fazer o que tinha sido mandado. O maior, a mais puta parte, no entanto,
foi ele andando a passos largos do quarto para a escada.

― Eu não sou um cachorro maldito ―, Braxton atirou sobre o ombro.
Ele subiu as escadas dois de uma vez até o seu quarto. Ele mal
conseguiu passar da porta quando Xander pisou em suas costas. ― O que diabos
você pensa que está fazendo?

― Dando uma mijada ―, Braxton respondeu calmamente. Ele entrou no
banheiro e fez o seu negócio. ― Quer agitá-lo para mim? ― Ele sorriu de
satisfação com o rosnado de Xander. Ele lavou as mãos antes de caminhar de
volta para o quarto.
― Eu lhe disse para ficar ―, Xander disparou contra ele.
― Na verdade, você me disse para me sentar, mas de qualquer forma,
como eu disse lá embaixo, eu não sou um cachorro. Também não sou uma
criança. ― Braxton cruzou os braços. ― Então, você pode pegar os seus
comandos e se foder com eles.
Xander olhou boquiaberto por um momento antes de encontrar sua voz.

― Você está agindo como uma criança, que é por isso que eu estou te
tratando como uma criança. O que na terra você estava pensando? Ou você
estava pensando? Por que você iria esconder algo assim de mim?
― Bem, eu sabia que você iria pirar! ― E isso aí. Isso soou como uma
defesa brilhante, mesmo para Braxton.
Xander apenas levantou uma sobrancelha.


― Eu ia te dizer. Após o fim de semana ―, Braxton resmungou. ― Eu só
não quero que você se preocupe. Eu não pensei que fosse grande coisa.
― Você quase morreu, Braxton! ― Xander voltou a gritar. ― Isso não é
grande coisa? Eu não deveria se preocupar com isso?
Braxton vacilou, dando um passo para trás da hostilidade na voz de
Xander. ― Eu não pensei...

― Não, você não pensou, ― Xander interrompeu. ― Aquele maldito
idiota, tentou deixar sua casa em chamas. Enquanto você estava nele! Em
seguida, ele segue você e explode a merda do seu carro, e nunca lhe ocorreu
dizer a alguém que você possa saber o porquê ele te persegue?
― Eu não sabia ao certo o que ele estava procurando. Eu não queria
dizer nada até que eu verificasse primeiro. E eu não tenho certeza que foi Mason
que explodiu meu carro. Quer dizer, eu não vi ninguém. ― Braxton sabia que ele
estava fazendo um trabalho muito ruim em se defender.
― Droga! Você é realmente tão estúpido? ― Xander rugiu.
Braxton mordeu o lábio e arregalou os olhos. Ele nunca tinha visto
Xander assim. Xander nunca perdia a calma, nunca gritava. Pela primeira vez,
Braxton verdadeiramente percebeu o quão grande e intimidador seu companheiro
realmente era.

― Sinto muito, ― ele sussurrou.

Ah inferno. Ele só não estava certo. Xander estava louco. Ele tinha o
direito de estar louco. Braxton parecia tão lamentável, porém, que partiu seu
coração. Ele respirou fundo, depois outro. Se ele estivesse sendo honesto consigo
mesmo, ele estava mais assustado do que com raiva. Essa foi a terceira vez que
tentavam tirar Braxton dele.

Braxton estava seguro, estava bem enfrente a ele, perto o suficiente
para tocar e tudo o que Xander podia fazer era gritar com ele. Ele estava
tratando o homem que ele amava como um... cachorro. Merda.

― Oh, chulo ―, ele respirou. Ele se aproximou e se sentou na beira da
cama, alcançando uma mão de Braxton. ― Venha aqui, bebê.
Para o imenso alívio de Xander, Braxton não hesitou. Ele se engatinhou
em seu colo e passou os braços em volta do pescoço de Xander.

― Eu estou tão arrependido ―, Braxton sussurrou novamente.
Xander descansou sua testa contra Braxton e fechou os olhos.

― Eu também. ― Ele se sentou e segurou o rosto de Braxton com as
mãos. ― Não há mais segredos. Somos uma equipe, lembra? Você não pode
manter as coisas como essa de mim.
Braxton sorriu. ― Eu prometo. Vai equipe!

Xander revirou os olhos, mas não conseguiu segurar o sorriso. ― Eu te
amo, bobão.

― Amo você de volta ―, Braxton sussurrou enquanto ele corria o nariz
ao longo da parte inferior da mandíbula de Xander. ― Eu quero estar com você
para sempre― , ele respirou. Sua língua serpenteava para fora, traçando ao
longo da curva da orelha de Xander, depois de sugar o lóbulo em sua boca. ―
Estou pronto.

Xander inclinou a cabeça para trás para dar a seu amante melhor
acesso. Braxton beijou seu caminho de volta de seu pescoço e mordiscou sua
clavícula. Xander gostou da ideia. Mas o que ele realmente gostou era a ideia de
se pressionar contra o seu companheiro no colchão e ter um bom tempo com ele.

Xander estava prestes a fazer exatamente isso quando o significado do
que Braxton disse penetrou a névoa em torno do seu cérebro.

Ele empurrou Braxton de volta, o segurando pelos ombros, procurando
seu rosto.

― Você quer dizer isso? Você quer... Quer dizer, você ... Você vai me
deixar ficar com você?
Desta vez, Braxton revirou os olhos. ― Eu não sou um gato de rua ou
algo que você pegou nos achados e perdidos. ― Ele sorriu aquele sorriso especial
de parar o coração que sempre transformava Xander em massa de vidraceiro. ―
Mas, sim, eu quero dizer isso. Eu quero, eu o faria, e eu vou deixar você me
manter.

Xander sorriu como um idiota. Ele sabia disso, mas realmente ele não se
importava. Braxton seria seu, verdadeiramente seu.

Ele beijou seu companheiro lentamente, doce e ternamente. Ele
derramou toda a sua alegria, expectativa e amor no beijo. ― Não há nada que eu
não faça, seja, dê, ou lute para te manter seguro e feliz. Qualquer coisa que você
quiser. Tudo o que você precisar. Tudo que você tem a fazer é pedir.

Braxton só continuou a sorrir. ― Tudo o que eu quero ou preciso é que
você me ame de volta, Alexander Brighton. Isso aqui ―, ele se aninhou mais
perto de Xander,― me faz sentir seguro e feliz. Eu te amo.


Xander engoliu todo o nó na garganta. Ele acariciou o pescoço de seu
companheiro, murmurando contra a pele macia, ― Mmm, meu doce amor. Eu
quero você, Brax. Eu preciso de você ―, ele rosnou.

Ele abruptamente se endireitou e empurrou gentilmente Braxton de seu
colo. Ele queria que seu companheiro mais do que jamais queria alguma coisa,
mas ele não queria arriscar, não com a lua cheia apenas algumas horas de
distância. Ele estava com medo de que ele fosse perder o controle e de alguma
forma prejudicar o pequeno homem. Braxton era tão pequeno e frágil, tão...
frágil. Xander nunca seria capaz de viver consigo mesmo se ele o machucasse.

Xander se levantou e começou a andar ao redor da sala.

― Eu sinto muito ―, ele murmurou, sem olhar para o seu companheiro.
Ele podia sentir o cheiro de luxúria e desejo, misturado com a frustração, vindo
de Braxton. ― Eu não posso. Eu simplesmente não posso... Eu não vou. Não esta
noite.
Braxton se posicionou em frente de Xander, bloqueando sua fuga.
Quando ele finalmente olhou para o seu amante, Xander ficou surpreso ao ver o
sorriso em seu rosto. Braxton o empurrou de volta para a cama até a parte de
trás de seus joelhos atingirem o colchão e ele se sentou fortemente. Braxton se
arrastou de volta em seu colo, escarranchando ele, empurrando para que ele
voltasse de novo para a cama.

Ele se inclinou até que eles estavam nariz com nariz e sussurrou
sedutoramente, ― Me deixa ser o responsável então. Me deixa cuidar de você. ―
Ele beliscou o lábio inferior de Xander, puxando um gemido estrangulado dele.

Se o seu pequeno homem continuasse com isso, Xander não tinha
certeza de quanto tempo ele poderia continuar a resistir.

― Eu te quero, Xander. Me deixa entrar.

C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo Q
QQu
uui
iin
nnz
zze
ee

Braxton congelou enquanto ele se sentia tenso com Xander debaixo
dele. Ele recuou para olhar para o rosto de seu amante, preocupado que ele tinha
ido longe demais.

Xander olhou de volta com um olhar que ele não conseguia decifrar, que
só o deixou mais nervoso. Ele se tornou muito bom em ler as expressões faciais
de Xander nessas últimas semanas.

― Eu nunca deixei ninguém... ― Xander sumiu.
― Nunca? ― Braxton tentou disfarçar sua surpresa. Ele supôs que
realmente não o deveria ter chocado. Xander era um alfa, o alfa. ― Tudo bem
amor, tudo bem ―, ele disse calmamente. ― Você não precisa... Eu conheço
alguns caras só não são construídas dessa forma.
Ele começou a sair de cima de Xander, mas seu companheiro estava
tendo nada disso. Ele agarrou as coxas Braxton, o segurando no lugar.

― Eu quero tentar. ― Xander engoliu em seco. ― Só... vai devagar.
― Você não precisa. Você não tem nada a provar para mim. Eu quero o
que você queira isto, e não apenas um acordo com isso, porque você acha que é
o que eu quero. ― Ele acariciou o rosto de Xander. ― Eu não preciso disso. Eu
estou feliz da maneira como as coisas são.

Xander balançou a cabeça. ― Não. Eu quero fazer isso. Eu nunca confiei
em ninguém o suficiente antes. Eu confio em você! ― Ele puxou a boca de
Braxton à sua em um beijo ferozmente possessivo.

Braxton sentou, ofegante por ar. Levou tudo nele para fazer uma
pergunta simples. ― Tem certeza?

Xander tirou a camisa de Braxton sobre sua cabeça e se agarrou a um
de seus mamilos, chupando, mordendo e lambendo. Braxton gemeu, seus olhos
rolando para trás em sua cabeça. Ele supôs que ele tinha a sua resposta. Ele
rapidamente desfez Xander de sua camisa, então deslizou para baixo de seu
corpo lindo para tirar as botas e meias.

Logo, ambos estavam nus, rolando na cama, devorando uns aos outros
em beijos quentes e sensuais.

― As mãos e os joelhos, amor ―, Braxton ordenou enquanto ele pegava
o lubrificante no criado-mudo.
Ele se posicionou atrás de Xander e alisou as palmas das mãos para
baixo do seu corpo magnífico, na sua musculosa bunda. ― Respire. Tente relaxar,
querido. ― Braxton podia ver a tensão no corpo de Xander, nos músculos firmes
e sua costa. Ele sabia quão nervoso o seu companheiro deveria estar. Ele ia ter
que fazer alguma coisa sobre isso, ou não havia nenhuma maneira que Xander
pudesse gostar disso.

Ele colocou beijos ao longo das costas de Xander, movendo-se
lentamente para os dois bonitos globos de sua bunda. A respiração de Xander
ficou mais rápida e irregular com cada curso de língua de Braxton, mas ele ainda
estava tenso. Braxton mordeu de leve no vinco da bunda onde as coxas de
Xander se reuniam. Seu suspiro de surpresa, seguida por um longo gemido, deu
Braxton uma ideia.


Ele mordeu de novo, mais forte desta vez, sugando a carne quente em
sua boca. Xander gemeu enviado desejo fundido direto para o pau de Braxton.
Ele se endireitou, alisando as mãos sobre a bunda de Xander novamente, então
lhe deu um forte tapa.

Xander gritou, empurrando os quadris para trás para a virilha de
Braxton. Assim, seu macho alfa grande teve um pouco de torção nele. Bom
saber. Braxton deu outro tapa na outra face, mais forte do que o último.
Incentivado pela resposta de seu amante, ele continuou a espancar ele,
alternando os lados, até que bunda de Xander brilhava intensamente.

― Você deveria ver o seu traseiro, amor. É muito lindo. Todo vermelho
e quente para mim. ― Ele empurrou as pernas de Xander mais distantes com os
joelhos e chegou entre eles para pegar sua carne túrgida.
Oh foda, Xander estava duro como pedra, pré-sêmen vazando
livremente da cabeça grossa de seu pênis. Braxton estava tão duro que chegava
a doer. Por mais que ele quisesse se enterrar dentro de Xander imediatamente,
era mais importante que ele fizesse isso bom para o seu companheiro. Ele
preferia cortar o pênis dele que ferir Xander.

Braxton pegou o lubrificante e despejou uma quantidade considerável
sobre seus dedos. Ele separou as pernas de Xander com uma mão e usou apenas
um dedo lubrificado para traçar círculos em torno da abertura apertada de
Xander. Como esperado, Xander ficou tenso. Braxton manteve seu leve toque e
continuou sua lenta carícia dos músculos contraindo com o dedo, sem nunca
entrar.

― Shh, relaxe. Eu vou fazer isso tão bom para você.
Ele estava deitado de costas e deslizou a sua cabeça entre os joelhos
separados de Xander, até que ele capturou o pênis de seu amante, grosso e
pulsando em sua boca. Xander gritou e baixou os quadris, empurrando seu


comprimento até a parte de trás da garganta de Braxton. Braxton zumbia a sua
aprovação, sem nunca parar o contato íntimo com o dedo.

Quando Xander começou a foder em sua boca a sério, Braxton muito
lentamente meteu o dedo escorregadio, deslizando apenas a ponta passando o
anel do ânus de Xander. Quando Xander não reagiu, empurrou suavemente,
deslizando o dedo mais fundo no canal quente de seu amante.

― Oh foda. ― Caralho! O que você está fazendo comigo? ― Xander
choramingou quando ele empurrou de volta contra o dígito invasor.
Braxton sorriu ao redor do eixo rígido na boca. Ele continuou a trabalhar

o seu dedo dentro e fora da bunda de Xander por vários momentos, enquanto ele
trabalhava seus lábios para cima e para baixo no seu pênis. Ele puxou seu dedo
livre, sorrindo novamente do choro de protesto de seu companheiro. Ele
empurrou de volta com dois dedos, até onde ele pode ir, torcendo, girando,
alongamento.
― Ahhh! Ah, meu Deus! É tão bom. Eu não vou durar muito.
Essa foi a deixa para Braxton. Ele se puxou de volta, inserindo um
terceiro dedo e em Xander até a raiz em um movimento rápido. Ele enrolou os
dedos, batendo na próstata de Xander enquanto ele trabalhou os músculos de
sua garganta em torno do pau grosso na boca. Xander gritou, seu corpo
acalmando quando ele gozou na garganta de Braxton.

Braxton se moveu rapidamente, mas com cuidado, retirando os dedos,
balançando debaixo de seu amante, agarrando o lubrificante, e alisando seu pênis
dolorido. Ele estava tão duro, ele não sabia se ele iria aguentar por tempo
suficiente para chegar dentro de seu companheiro.

Xander estava com o tórax e a cabeça no colchão, sua bunda ainda no
ar, seu corpo tremendo do seu orgasmo.


― Você está pronto para mim, querido?― Braxton perguntou,
segurando seu controle por um fio.
Xander resmungou. Ele estava muito longe de qualquer coisa parecida
com um discurso coerente. Embora não fosse certo, pensou que poderia ter tido o
seu cérebro extraído, sugado para fora através do seu pênis. Ele balançou a
bunda, empurrando de volta contra Braxton.

Ele sentiu a cabeça do pau duro de Braxton cutucar a sua entrada. Ele
queria isso. ― Faça ―, ele ordenou.

Ele empurrou lentamente, e Xander estremeceu com a queimadura
enquanto o seu amante violava ele. Braxton continuou a se mover lentamente até
que ele se acomodou ao máximo, então parou, dando a Xander a chance de se
ajustar a sua espessura.

Xander respirou profundamente, tentando trabalhar o seu caminho
através da queimadura e da pressão. Ele se sentia tão cheio. Para um homem tão
pequeno, o pau de Braxton definitivamente não era de tamanho proporcional.
Xander começou a ter dúvidas se isso daria certo.

― Eu vou puxar de volta, e eu quero que você a empurrar para fora,
bebê ―, Braxton persuadiu enquanto corria as mãos para cima e para baixo da
coluna de Xander. Ele lentamente começou a deslizar para fora, e Xander fez o
que lhe foi dito.

Ah. Foi como mágica. A queimação começou a diminuir, e tornou-se a
plenitude algo que ele desejava. Seu pênis se contraiu, e lentamente começou a
encher de novo. ― Me fode ―, ordenou.

― Lembre-se de quem é que manda aqui ―, Braxton repreendeu,
empurrando mais rapidamente e dando uma bofetada na bunda de Xander.
Xander gemeu e fechou os olhos. Porra, ele amava a pontada afiada de
dor. Ele pensou que ele ficaria com raiva quando Braxton tinha espancado ele
mais cedo. Pegando em suas pistas, as mãos de Braxton começou um ritmo
constante, espancando a bunda de Xander com cada investida. A respiração de
Xander se acelerou, e ele apertou os lençóis firmemente em seu punho.

Braxton abandonado a surra, e Xander gemeu quando sentiu as unhas
do seu companheiro arranharam as suas costas. Não foi duro o suficiente para
tirar sangue, mas ele imaginou que teria algumas marcas agradáveis vinda disso.
O pensamento de Braxton o marcando fez a sua cabeça girar. Então a mão de
Braxton pegou em seus cabelos, puxando a cabeça de Xander para trás enquanto
a outra mão pousou um tapa afiado para sua bunda. Xander gritou, balançando
para trás contra o seu amante. Então, inundado em sensações, tão ligado, seu
corpo parecia que estava pegando fogo. Ele não sabia o quanto mais ele poderia
aguentar, mas, ao mesmo tempo, ele não queria que parasse.

Braxton agarrou seus quadris com as duas mãos e começou a bater nele
para valer. ― Goze, querido. Quero sentir seu traseiro apertado espremer o meu
pau ―, ele rosnou. ― Goze para mim, Xander. Me mostra o quanto você me
quer.

Xander braceou ele mesmo em um das mãos e com a outra segurou o
seu pau latejante. Braxton se inclinou ligeiramente para frente, mudando o
ângulo, e bateu na sua próstata. Xander jogou a cabeça para trás, gritando a sua
libertação, enquanto quentes cordas cremosas de gozo saíram de sua fenda,


revestindo sua mão e os lençóis abaixo dele. Braxton deu mais dois empurrões
rápidos de seus quadris antes que ele parasse, gritando o nome de Xander, e
alagando o seu buraco apertado com o seu sêmen quente.

Ele tirou suavemente e caiu na cama ao lado de Xander,
preguiçosamente correndo os dedos de cima e para baixo do lado de Xander
enquanto ele buscava por ar.

― Você está bem? ― Ele conseguiu perguntar através de sua respiração
ofegante.
Xander se virou e puxou o homem em seus braços, beijando sua testa.

― Incrível ―, ele respirou.
Ele enfiou a cabeça de Braxton abaixo de seu queixo e o apertou
suavemente. Eles precisavam se limpar, mas não achava que ele podia se mover.
Xander sorriu satisfeito. Eu podia esperar. Ele apertou seu companheiro
novamente e adormeceu.


C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo De
DeDez
zzessei
esseiesseis
ss

Braxton acordou e estendeu a mão para Xander. Nada. O espaço ao lado
dele estava vazio, mas ainda quente. Ele franziu a testa, até que ouviu o chuveiro
ligado em seu banheiro. Seu rosto dividido em um sorriso travesso quando ele
pulou da cama e foi procurar Xander.

Parando apenas dentro da porta, ele admirou o corpo de seu amante,
liso e nu através da porta de vidro do chuveiro. Cabeça de Xander inclinada para
trás sob o jato, uma mão em volta do seu pênis bonito, o outro suavemente
puxando o saco dele. A boca de Braxton abriu. Seu homem era simplesmente
exuberante.

Braxton deslizou uma mão lentamente pelo seu peito, parando para
beliscar seus mamilos, e, finalmente, espalmou seu eixo de repente rígido. Ele
acariciou-se lentamente, levemente, mordendo o lábio para conter seu gemido de
prazer. Ele observou quando a mão de Xander começou a se mover mais rápido
sobre a sua própria carne dura, seu peito subindo e descendo enquanto sua
respiração se tornou para rasa e ofegante. Braxton sabia que seu companheiro
estava chegando perto, mas ele não estava prestes a deixar Xander vir sem ele.

― Precisa de uma mão com isso? ― Ele perguntou em voz baixa e rouca
enquanto ele caminhava lentamente em direção ao chuveiro.

A cabeça de Xander estalou, e seus olhos se arregalaram brevemente.
Então, ele levantou a mão, que estavam massageando as suas bolas, e um dedo
torto para Braxton.

O pulso de Braxton acelerou junto com sua respiração quando ele abriu
a porta do chuveiro e entrou imediatamente se pressionando contra o seu
amante.

― De joelhos ―, Xander ordenado.
O corpo inteiro de Braxton balançou com o seu desejo. Ah, sei. Ele
adorava quando Xander era todo macho alfa sobre ele. Ele se agachou de joelhos
e olhou para o rosto de seu amante. O amor e o desejo em guerra pelo domínio
no belo rosto de Xander, Braxton virou uma gosma. Ele sabia que queria estar
com este homem para o resto de sua vida. Suas vidas. Ele estava pronto. Para o
quer que seja que seu home quisesse, tudo que ele precisasse, Braxton queria lhe
dar.

Xander estendeu a mão, empurrou o cabelo para trás da testa molhada
de Braxton, e segurou a parte de trás de sua cabeça. Não encontrando nenhuma
resistência, ele puxou a cabeça de Braxton em direção onde seu pênis projetava.

― Me chupe, bebê. Me mostra o que essa boca talentosa pode fazer.
Braxton gemeu quando ele mergulhou para frente, capturando a cabeça
bulbosa em sua boca. Ele rodou sua língua em torno da coroa, em seguida,
lambeu a fenda chorosa. Xander gemeu acima dele, os dedos agarrados nos
cabelos de Braxton, e ele empurrou para frente com seus quadris. Braxton sorriu
para si mesmo quando ele sentiu a carne esponjosa de Xander bater na parte de
trás de sua garganta. Ele queria necessária que Xander a perdesse o controle.

Ele estava apenas começando a entrar nisto quando Xander de repente

o levantou e o pressionou contra a parede do chuveiro. O seu corpo coberto pelo
o de Xander, e ele grunhiu no ouvido de Braxton. ― Por que você esta fazendo

isso para si mesmo? Eu não quero te machucar, mas eu não posso resistir a você
também. ― Ele passou a língua pelo pescoço de Braxton, mordiscando levemente
a sua orelha. ― Você quer tanto este pau grosso na sua bunda? Tanto que você
correria o risco de me machucar você?

Ele se afastou abruptamente, virando as costas para Braxton.

Braxton não pôde deixar de sorrir. Ele estava prestes a obter a foda da
sua vida.

― Me reivindica.
Xander virou a cabeça para olhar para Braxton sobre seu ombro. ― O
que?

― Você me ouviu. Faça amor comigo. Me leve daqui e agora, me
reclame, e me faça seu para sempre.
― Tem certeza? ― Xander se viroue devagar, sem tirar os olhos de
Braxton.
― Sim. ― Curto e simples, não havia mais nada a dizer.
Braxton podia ver o corpo de Xander vibrar com a energia que ele
mostrou conseguir segurar. Ele não faria.

― Hoje não ―, Xander finalmente disse, balançando a cabeça. ― É
muito perigoso. Eu não vou arriscar ferir você. Agora, por favor, vá. ― Sua voz
soava quase suplicante.
Braxton mordeu o interior de sua bochecha para não sorrir. Ele sabia
que não havia absolutamente nenhuma maneira de Xander o machucar, e ele não
tinha a intenção de ir a lugar nenhum até que seu companheiro devastado o
revindicasse. Talvez duas vezes se tivesse sorte.


Ele se virou e estendeu a mão para a porta do chuveiro. ― Tudo bem ―,
ele olhou por cima do ombro. ― Se você não me quer, eu vou encontrar alguém
para me reclamar.

Ele ouviu um rugido profundo, uma fração de segundo antes de Xander

o segurar pela cintura e o empurrar contra os azulejos do chuveiro novamente.
Ele estremeceu com o frio, mas ainda lutou desesperadamente para esconder o
sorriso.
― Ninguém mais. Meu. ― Xander rosnou.
Sim! Isto era o que Braxton queria. A possessividade na voz de Xander
enviado eletricidade direto para sua ereção.

― Bem, eu só estou dizendo. ― Braxton deu de ombros. ― Se você não
me quer, então eu posso sempr...
Xander o cortou ao mergulhar a sua língua profundamente na boca
entreaberta de Braxton. Ele gemeu, seu duelo de língua com Xander sendo tão
bom quanto ele esperava.

Xander se afastou e olhou fixamente em seus olhos. ― Eu espero que
você esteja pronto, porque eu não posso parar agora. Eu tenho que estar dentro
de você.

― Oh, o inferno sim! Me fode, Xander. Me reivindique agora!
Xander o levantou, dando a Braxton nenhuma escolha, mas a não ser
rodiar as pernas e os braços ao redor de seu amante. Xander rosnou alto, tendo
apenas tempo suficiente para se pegar o sabonete líquido. A cabeça de seu pênis
pressionado firmemente contra a entrada tremendo de Braxton. Ele respirou
fundo e estremeceu quando Xander violou o primeiro anel de músculo, sem nunca
parar até que ele estava enterrado tão profundamente que suas bolas batiam na
bunda ansiosa de Braxton.


Porra, queimou, mas não o suficiente para que ele considerasse parar.

Xander lhe deu apenas um momento para se ajustar antes dele começar
a empurrar nele rapidamente, descontroladamente. A queimadura logo deu lugar
ao prazer, e Braxton ficou mais apertado para seu companheiro quando sua
cabeça caiu para as azulejos. ― Oh foda, sim É tão gostoso. Adoro a forma como
você se sente dentro de mim.

As estocadas de Xander vieram mais forte, mais rápidos, mais punitivos.
Ele lambeu e chupou o pescoço de Braxton, ombros, peito, em qualquer lugar que
sua boca pudesse alcançar. Braxton sentiu suas bolas apertar, o aperto dos
músculos, e o calor de formigamento na parte inferior das costas. Mais, apenas
um pouco mais. Ele precisava de... alguma coisa.

― Xander, por favor. Eu preciso... eu preciso... Oh, Deus. Por favor. ―
Braxton não sabia ao certo o que ele estava pedindo, mas ele sabia que se ele
tivesse isso, seu corpo todo entraria em combustão.

― Me morda ―, ordenou Xander.
Braxton não hesitou. Ele se inclinou para frente, se ficando mais perto
de Xander, e mordendo o tórax do seu companheiro. Xander rugiu, batendo no
corpo de Braxton.

― Mais forte! Beba de mim.
Braxton hesitou então, mas só por um segundo. Sua necessidade
rapidamente assumiu, e ele cravou os dentes na pele macia de Xander e chupou

o sangue que correu para a sua língua.
O sangue de Xander tinha o sabor incrível. Nada como o sabor salgado
de cobre associado com sangue. O sabor de de Xander era quase como doce
líquido.


Depois de vários momentos, Braxton se afastou e lambeu lentamente a
ferida. Ele gemeu ao bater contínuo na sua bunda. Se ele não chegar logo, o seu
pau iria cair. Ele caiu para trás contra os azulejos novamente e estendeu a mão
para puxar insistentemente em seu pau vazando.

― Xander! Por favor... Oh, inferno... preciso... preciso...
― Goze ―, Xander ordenou antes dele se inclinar para frente e afundar
seus dentes na carne macia entre o pescoço e o ombro de Braxton.
Braxton gritou, realmente gritou. Seu pênis explodiu, atirando fluxos de
sêmen branco perolado da cabeça. Ele apertou a boca de Xander mais contra seu
pescoço, nunca querendo que ele parasse. Ele nunca havia sentido nada tão
incrível.

Xander retirou seus caninos do pescoço de Braxton, jogou a cabeça para
trás e rugiu enquanto lava quente explodiu dentro do traseiro de Braxton.

Sua cabeça caiu para frente, e ele alegou os lábios de Braxton. ― Meu
―, ele sussurrou.

― Seu.
― Nós precisamos desse livro.
Xander suspirou. Ele se contentava em simplesmente deitar na cama
com Braxton e nunca se mover novamente. Seu companheiro estava certo,
porém. Eles precisavam descobrir o que Mason queria para depois eles poderem


finalmente se livrar de um bastardo. Ele faria o que fosse preciso para ter certeza
de que ele nunca mais chegasse perto do que lhe pertencia novamente.

― Calma aí, cara grande ―. Braxton passou sua mão pelo peito de
Xander e beijou o ponto certo acima de seu coração. Foi então que Xander
percebeu que ele tinha estado rosnando.
Ele colocou sua mão em cima de Braxton e apertou suavemente. ―
Tudo bem. Eu vou me sentir muito melhor quando tudo isso acabar. Eu não o
quero em qualquer lugar perto de você, chulo.

― Bem, eu preferiria isso também, então vamos pegar esse livro ―,
disse Braxton em torno de um bocejo.
― E por que você acha que é este livro? Você disse que você e Keeton
não encontraram qualquer coisa em qualquer um dos outros. Por que esse?
― Bem, é a Odisseia. Mason costumava fotografar para uma empresa
chamada Odisseia. Faz sentido. Além disso, é o único livro que não vimos. ―
Braxton deu de ombros e bocejou novamente.
Xander riu quando ele se sentou ao lado da cama e esticou os braços
sobre a cabeça. ― Vou pegar o livro. Você dorme ―. Ele abaixou-se e deu um
beijo rápido na testa Braxton. ― Qual o nome da academia e a senha do armário?

― Fitness Eclipse, em Oakdale. ― Braxton bocejou, e murmurou a
combinação sonolenta.
Xander beijou a sua cabeça de novo e sorriu. ― Eu vou estar de volta
antes de você acordar.

― Certo ―. Braxton aconchegou de volta os cobertores e estava
dormindo antes mesmo Xander chegar à porta do armário.
Um formigamento na base de sua coluna fez um sorriso escorregar do
seu rosto, e ele fez uma careta. Quase o anoitecer. Ele teria que se apressar se


ele estava indo para conseguir o livro antes que a lua se levantosse. Vestiu-se
rapidamente e dirigiu-se para o ginásio.


Braxton acordou sobressaltado, sentado ereto na cama. Algo o tinha
acordado, mas com a cabeça ainda grogue de sono, ele não conseguia descobrir o
que tinha sido.

― Olá, meu amor.
Braxton pulou da cama e virou para a porta. Seu corpo ficou tenso
quando viu Mason ali, com uma nove milímetros apontada para o coração de
Braxton.

― Como você me encontrou? ― Braxton estava contente que sua voz
tinha saído sem demonstrar o seu pânico súbito. Ele parecia frio e calmo, quase
entediado, e mentalmente se deu um tapinha nas costas para ele.
Ele sentiu especialmente aliviado de que ele tinha puxado em um par de
boxers após o interlúdio do chuveiro de Xander na expectativa de ir para a
academia. Nu na mira de uma arma era... Bem, havia coisas piores, mas teria
que ser próximo do topo da lista.

― Onde está o livro? ― Mason zombou.
Certo. Então, eles não estavam indo devagar aqui. Bom. Braxton estava
cansado de jogar com o psicopata. ― Xander foi pegar ele. Ele deve estar de
volta a qualquer minuto. Eu teria ido até lá, se eu fosse você.


Mason levantou uma sobrancelha e sorriu. ― Oh, eu planejo isso.



Xander estava sentado em sua picape, folheando as páginas de A
Odisséia. Até agora, ele não tinha encontrado nada fora do lugar. Não há páginas
dobradas para baixo, nada estacado, escrito, ou qualquer outra marca além das
palavras impressas nas páginas. Ele suspirou e olhou para fora de seu para-brisa
no estacionamento de Eclipse. Talvez esta não fosse a resposta. Ele jogou o livro
mais ou menos para o banco do passageiro, estremecendo quando ele caiu fora
do assento e para o piso.

Inclinando-se para recuperar o livro, ele parou quando um pequeno
pedaço de plástico preto caiu das páginas e para baixo para os tapetes. Ao pegála,
Xander estudou cuidadosamente. Era um cartão de memória pequeno. Ele
tinha visto Jackson usar um sua câmera digital. Ele agarrou o pequeno retângulo
em seu punho e sorriu. Assumindo que o cartão não pertencia a Braxton, eles
tiveram o bastardo.

Ele olhou para o sol onde pairava sobre o horizonte. Ele não tinha tempo
para ir à delegacia. Viriam uma centena de perguntas, e ele nunca sairia de lá
antes do pôr do sol.

Xander colocou a sua picape na unidade e foi para casa.


Braxton olhou para o céu escuro. Ele supôs que havia menos de uma
hora até anoitecer. Onde diabos estava Xander? Voltando sua atenção de volta
para Mason, ele perguntou: ― O que tem no livro?

Mason olhou para ele por um momento. ― Você sempre foi um merda
de um curioso.― Ele inclinou a cabeça para o lado, considerando Braxton.

― Por que toda a atuação como se você me quisesse de volta? Porque
não só pedir o livro? Faria muito mais sentido do que passar meses fingindo que
você dá uma merda. ― Braxton inclinou a cabeça, espelhando Mason. ― Então,
por quê?
― Era necessário fazer você confiar em mim, não é? ― Mason disse
como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. ― Tinha grandes planos para você.
Você ia fazer de mim um homem muito, muito rico. Você sempre foi tão teimoso,
me deixava louco, mas, oh, como eu gostava de fazê-lo implorar.
O estômago de Braxton revirou. Ele não podia acreditar que ele tinha
deixado este homem ficar dentro dele. Ele sentia sujo. ― Quais são os seus
planos? Quer dinheiro? ― Ele tinha de mantê-lo falando até que ele pudesse
elaborar um plano.

― Você me causou um monte de problemas, você sabe. Fez uma
bagunça de coisas que eu tenho que limpar agora ―, Mason zombou. ― Pessoas
importantes estão contando comigo para lhes entregar, o famoso B. Isaacs, ― ele

disse, se referindo a um pseudônimo de Braxton usado por seus romances
gráficos.

― Por que explodir o meu carro? ― Tinha que o manter falando.
― Evidências... Eu vi que você carregava os livros, mas eu não tinha
certeza se você tinha descarregado os que estavam na casa ― . Mason encolheu
os ombros. ― Valeu a pena um tiro.
― Se você precisa tanto de mim, por que tentar me matar com o fogo?
― Braxton esqueceu que ele deveria vir com uma maneira de sair dessa bagunça.
Ele queria finalmente obter respostas.
― Oh, você não teria morrido. Liguei para os bombeiros antes mesmo
de acender o fósforo. Eu só queria que você ficasse com medo.
― Filho da puta! ― Braxton gritou. ― Você me espancou, tacou fogo na
minha maldita casa e explodiu meu carro apenas para se livrar de mim um
pouco?
Mason revirou os olhos e suspirou. ― Sempre a rainha do drama, porra.

― O que está no livro? ― Braxton tentou novamente.
― Talvez eu pudesse brincar com o seu brinquedo novo antes de matálo.
Acha que ele iria implorar tão bem quanto você? ― Mason olhou de soslaio.
O coração de Braxton parou, e suas mãos se apertaram em punhos.
Não, Xander! Mason poderia fazer o que quisesse com ele, mas não havia
maneira que Braxton iria deixá-lo encostar um dedo em Xander.

― Foda. ―, ele cuspiu. ― Se você colocar suas mãos em um só fio do
cabelo e do corpo dele, eu juro, eu vou estripar você e me banhar em seu
sangue.

― Rainha do drama, ― murmurou Mason e revirou os olhos de novo. Ele
virou para Braxton. ― Vamos.
Braxton se jogou sobre Mason levando os dois ao chao.


Entrando no caminho de cascalho para a sua casa, uma sensação de
medo tão grande percorreu Xander que teve que parar sua picape, pois o atingiu
como uma bola de demolição emocional. Seu coração batia forte, e gotas de suor
na testa, mas ele também pode sentir uma determinação subjacente e o medo.
Ele agarrou o volante, tentando desesperadamente fazer sentido de tudo isso.

Braxton.

Xander saltou de seu caminhão e correu até a entrada da sua casa. ―
Braxton! ― Ele gritou o nome de seu amante, saltando para a varanda e entrando
pela porta da frente.

Seus passos vacilaram quando outra onda de ansiedade tomou conta
dele.

Um estrondo, seguido por sons de luta, lhe disse o que ele precisava
saber. Braxton estava lá em cima... e ele não estava sozinho. Ele correu para as
escadas. O crack de tiros ecoou pela casa, e Xander parou de frio. Branco,
quente, dor e queimação através de seu ombro e no peito, e ele caiu no patamar
lá em cima.

― Não ―, ele engasgou. Não Braxton. Ele tinha acabado de encontrá-lo.
Ele não podia perdê-lo agora. Ele não faria isso.

Ele lutou para ficar de pé e cambaleou até a porta de seu quarto aberto.

― Espere, bebê. Apenas esere. Eu estou chegando para você ―, ele sussurrou.
A visão diante dele fez seu coração parar de bater. Braxton estava
enrolado no chão, saindo muito sangue de baixo do seu corpo pequeno. Mason
estava sobre ele, arma na mão, e um brilho maníaco nos olhos.

― Seu maldito idiota! O que diabos eu vou fazer com mercadorias
danificadas? ― Ele gritou para o companheiro de Xander.
Xander estalou. Nesse momento, tudo o que ele viu foi vermelho. Tudo

o que sabia era raiva. Ele alegremente se rendeu à besta dentro dele, fechando
os olhos e deixando a mudança levá-lo.
Braxton olhou, hipnotizado, quando o tigre branco e elegante que era
seu companheiro lentamente andou para frente. Os rosnados e assobios que
emana de sua boca eram verdadeiramente aterradores. Pelo menos eles teriam
sido se tivessem sido dirigidas a ele, mas o olhar de Xander estava trancado em
Mason.

O ombro de Braxton doía como o inferno, e havia um monte de sangue,
mas ele pensou que iria viver. Ele também acreditava que a dor era uma coisa
boa. Pelo menos ele não se sentia entorpecido e frio. Apesar de que teria sido
preferível à dor, isso também significa que ele estava entrando em choque. Mas
por que sempre tem que ser o seu ombro esquerdo?

― Inferno! ― Mason gritou.

Braxton olhou para cima para ver Xander esmagar em Mason com uma
de suas patas enormes. Mason gritou, e a arma voou de sua mão para pousar sob
a janela atrás de Braxton. Seu ex-namorado cambaleou para trás, tentando
colocar distância entre ele e o tigre.

Estúpido. Mason não tinha para onde ir e sem ninguém para ajudá-lo.
Braxton tinha dito para ele ter ido embora antes que Xander voltosse. Ele nem
sequer pensou que ele poderia enfrentar para o grande felino no momento. A
atenção de Xander se centrou em Mason, e existia morte em seu olhar.

Braxton empurrou para cima em uma em posição sentada, rangendo os
dentes para não gritar de agonia. Tanto quanto Mason merecia ser rasgado em
pedaços, Braxton sabia que ele não poderia deixar Xander fazê-lo.

― Xander.
As orelhas de Xander se contraíram, e ele congelou por um mero
segundo antes que ele continuasse a atacar Mason.

Mason estava encolhido em um canto, e ele olhou com os olhos
arregalados para a besta o perseguindo. Segundos depois, ele começou a
murmurar para si mesmo absurdo enquanto ele se balançava de um lado pro
outro.

Braxton suspirou e, com um monte de dor e luta, conseguiu ficar em pé.

― Olhe para mim...
Xander parou, seu corpo se enrijecendo, mas ele não olhou para ele.

Eu vou matá-lo. Ele é vil... veneno... sujeira. Ele não merece
viver.

Braxton estremeceu com a hostilidade que ele podia sentir que emanava
de seu companheiro. Então ele parou completamente quando ele percebeu que


estava sentindo as emoções de Xander, e ele tinha acabado de ouvir Xander
dentro de sua cabeça. O que é isso?

― Provavelmente ―, Braxton respondeu em voz alta, ― mas ele não
vale a pena.
Finalmente, Xander se virou para olhar para ele. Seus grandes olhos
felinos bem fechados em seguida os abriram, e ele soltou uma bufada de ar que
parecia mais como um suspiro.

Mason começou a rir histericamente, se não um pouco histericamente,
chamando a atenção de Braxton. Ele seguiu o olhar de Mason para a arma
apenas descansando sob a janela.

― Foda ―, Braxton murmurou sob sua respiração. Mason estava louco
antes, mas agora, com a poderosa magia que girava em torno de Xander, ele era
certificável. Mas porque Mason não poderia ser um daqueles que apenas que
ficavam babando em si?
Não, Braxton tem que lidar com um psicopata louco, um assassino
insano.

Lançou-se em direção a arma, rangendo os dentes enquanto o seu
ombro ardia ferido.

Mason mergulhou para a arma, bem como, pousando em cima de
Braxton e chegando sobre ele para obter a sua mão sobre a arma. Braxton ouviu
Xander assobiar e rosnar e orou para que seu companheiro ficasse fora do
caminho.

Ele lutou e resistiu, tentando desarmar Mason.

Depois do que pareceu uma eternidade, mas foi provavelmente não
mais do que alguns segundos, Braxton conseguiu envolver seus dedos em torno
da coronha da arma, e ele chamou de volta seu cotovelo nas costelas de Mason.


Mason grunhiu, e soltou a sua espera apenas o suficiente para Braxton para virar
de costas.

Mason aterrou em cima dele de novo, seu rosto uma máscara torcida de
raiva, loucura e desespero. Sua mão deslizou entre seus corpos entrelaçados e
agarrou o cano da arma enfiada entre eles. Ele arrancou bruscamente, tentando
puxar a arma da mão de Braxton.

O som de tiros era ensurdecedor na sala pequena. Mason empurrou e
grunhiu, seus lábios formando um pequeno ‘O’. Braxton assistiu a fuga de luz de
seus olhos quando seu ex-namorado caiu, inerte e sem vida, em cima dele.

Ele empurrou e lutou até que ele saiu de baixo doe corpo muito maior
de Mason.

Xander olhou intensamente, ainda na forma shifter, Mason e o cheirou.

― Ele está... Ele está morto? ― Braxton ofegou. A adrenalina estava
começando a diminuir, e a dor agarrou seu corpo.
― Sim.
Braxton deu um profundo suspiro. ― Bom.


C
CCap
apapí
íítu
tutul
llo
oo De
DeDez
zzessete
esseteessete

― Quer parar com isso! ― Braxton reclamou.
A cabeça de Xander disparou, e ele assistiu Braxton entrar na sala. Fazia
duas semanas que seu amante tinha vindo do hospital para casa, mas cada vez
que Xander olhava para ele, o via deitado no chão de seu quarto com seu próprio
sangue.

― Parar com o quê? ― ele perguntou.
― Amuar. Eu estou bem. Na verdade, os médicos estão espantados com
a minha recuperação. ― Braxton sorriu para baixo em Xander onde ele estava
sentado no sofá.
Xander sorriu para ele fracamente. Braxton era tudo para ele, e ele
quase o perdeu. Ele não tinha sido capaz de ligar para o 911, ou ir com Braxton
para o hospital, ou até mesmo confortar o seu companheiro. No momento em
que Xander tinha mudado, a lua tinha ressuscitado, e que ele tinha sido preso
como o seu tigre. Ele tentou como o inferno mudar de volta, mas a lua tinha
muito poder sobre ele.

Ele nunca se sentiu tão impotente em sua vida. Mais uma vez, ele falhou
em proteger seu companheiro.

― Xander ―, Braxton rosnou.

― Desculpe. Está com fome? ― Ele começou a se levantar do sofá, mas
Braxton acenou.
― Estou bem. Vou tomar uma cerveja, no entanto. Quer um?
Xander apenas balançou a cabeça quando ele deu a Braxton outro
sorriso indiferente. Ele viu o seu amante sair da sala e suspirou. Ele realmente
não merecia o homem. Repetidas veze ele teve prova disso.

Seu coração tinha apreendido quando ele assistiu seu companheiro de
lutar pela a arma... e sua vida. Xander queria rasgar Mason em pequenos
pedaços, mas ele tinha muito medo de ferir Braxton. Quando ele ouviu o tiro,
Xander pensou que ele desmaiaria de terror.

Ele ainda não tinha sido capaz nem de ajudar Braxton a lidar com as
consequências. Uma vez que Braxton tinha chamado à polícia, ele se ajoelhou no
chão e segurou o queixo de Xander na mão.

― Você tem que ir, Xander, para a floresta. Você pode vir para o
hospital amanhã, depois de dormir.
Xander não tinha sido capaz de conter a rosnar. Que se foda!

― Será que você encontrou alguma coisa no livro?
Cartões de Memória No bolso da minha calça jeans ―, que ele
havia enviado para a mente Braxton.

Braxton tinha recuperado o cartão e foi com Xander até a porta de trás.

― Então, como é que eu posso ouvir você na minha cabeça agora? É uma coisa
de acasalamento? Só posso ouvir você assim quando você muda? Voce pode me
ouvir?
― Sim, é uma coisa de acasalamento. Sim, é só quando eu mudar. Não,
eu não posso ouvir você, porque você não muda. Desculpe, eu me esqueci de te
dizer. Isso e assusta?

Braxton balançou a cabeça. ― Não. Eu acho que é legal. ― Ele se
inclinou e arranhou as atrás da orelha de Xander. ― Onde estão o resto dos
caras?

― Fora na floresta em algum lugar. Eles sabem que não podem mudar
perto de você.
Ah, certo. Braxton tinha então beijado Xander no nariz e abriu a porta.

― Vai.
E relutantemente, Xander tinha ido.


Braxton se apoiou no balcão, bebericando sua cerveja. O desespero que
ele podia sentir fluir de Xander era exaustivo. Ele não podia sentir o cheiro das
emoções como seu companheiro, e ele não podia senti-los de outras pessoas,
mas parecia que ele estava entorpecido. Xander sentia nada, Braxton sentia
como sua. Ele tinha que encontrar uma maneira de tirar seu companheiro dessa.

Xander tinha sido sombrio quando ele apareceu no hospital na manhã
após o disparo. As coisas tinham só piorado quando os detetives chegaram pouco
depois.

Braxton gemeu com a memória.

Ele esperava, é claro. Ele atirou em um homem. Os oficiais sobre a cena
tinha governado justificável de autodefesa, mas Braxton sabia que ele ainda teria
algumas perguntas para responder.


O que ele não esperava eram as perguntas dos detetives sobre sexo e
comércios ilegais.

Braxton achou que ele nunca descobriria o que tinha naquele pequeno
pedaço de plástico, uma vez que ele deu o cartão de memória para a polícia. Ele
desejou que ele ainda não soubesse. Havia centenas de fotos de jovens em vários
estados de nudez e de sexo explícito. Tecnicamente, todos tinham sido maior de
idade, mas só apenas, pois e todos eles tinham o mesmo olhar em seus olhos
mortos.

Os detetives perguntaram a Braxton repetidamente se ele reconhecia
algum dos meninos. Ele negou veementemente conhecer algum deles ou
qualquer coisa sobre as fotos. Xander, claro, tinha ido previsível, gritando e
rosnando para os homens. Quando Braxton tinha perguntado por que achavam
que ele deveria conhecer esses meninos, eles haviam lhe mostrado mais
imagens.

Eles eram, na verdade, ainda mais. A primeira foto mostrou Mason
esparramado na cama, com as mãos no cabelo curtos de Braxton enquanto
Braxton sugava o seu pênis. O próximo foi do traseiro de Mason fodendo Braxton
por trás. Havia oito no total. Xander saiu da sala após o segundo.

― Nós ouvimos rumores sobre um comércio de escravos sexuais na
área ―, disse o mais velho dos detetives. ― Esses meninos são fugitivos mais
prováveis ou meninos que caíram através do sistema. Nosso palpite é que eles
estão nas ruas, drogados, e sendo vendidos a quem pagar mais.
― E as fotos? ― Braxton perguntou, seu estômago rolando com repulsa.
― Publicidade.
Ele ainda se sentia sujo. A grande maioria dessas fotos foram tiradas na
casa que ele tinha compartilhado com Mason. Como ele poderia nunca ter


percebido? A polícia lhe assegurou que ele não era um suspeito ou pessoa de
interesse, enquanto, no mesmo tempo disseram a Braxton que eles iriam entrar
em contato.

Ele agora entendia comentário de Mason sobre Braxton fazendo um
monte de dinheiro pra ele.

Sim, ele imaginou que algum velho pervertido e sujo pagando muito
dinheiro por alguém, mesmo semi-famoso como Braxton. Ele estremeceu em
desgosto com o pensamento.

― Bebê?
Braxton saltou e olhou para Xander em pé na porta da cozinha. ― O
vídeo.

Xander juntou as sobrancelhas . ― Huh?

― Essas fotos de mim e Mason juntos foram tiradas de um vídeo. Uma
filmadora. Ele estava gravando nossas relações sexuais.
― Então, agora você está me dizendo que existem vídeos de vocês lá
fora, em algum lugar? ― Xander rosnou. ― Eu não gosto disso, Braxton.
― Bem, nem eu, amor, mas espero que a polícia confisque no
apartamento de Mason. Podemos ligar e verificar.
A partir do olhar no rosto de Xander, Braxton poderia dizer que isso não
foi exatamente reconfortante para o seu companheiro.

Xander atravessou a sala e tomou o rosto de Braxton em suas mãos. Ele
olhou para ele por um longo tempo, sem dizer uma palavra. Finalmente, ele
abaixou a cabeça e deu o mais doce beijo que Braxton já recebera.

― Xander, fale comigo ―, ele sussurrou, quando quebrou o beijo.

Xander estremeceu e puxou Braxton apertada contra seu corpo. ― Eu
estava com medo ―, ele admitiu.

Braxton derreteu. Amor do seu companheiro o empurrou como uma
força física, e Xander o apertou para mais perto do seu enorme peito.

― Eu pensei que eu ia perder você. Você não pode sempre fazer essa
merda para mim de novo. ― Ele empurrou Braxton longe o suficiente para olhar
em seus olhos. ― Eu não posso te perder.
― Para! ― Braxton alcançou e cobriu os lábios de seu amante com dois
dedos. ― Nós estamos vivos e juntos. Nós descobriremos o resto. ― Ele puxou a
cabeça de Xander para baixo e lhe deu um beijo longo e profundo. Seus lábios se
curvaram contra Xander, quando ele ouviu o companheiro do seu ronronar. ― Me
leva para a cama. Eu preciso sentir você.
Ele gritou quando Xander rasgou seus shorts de ginástica para longe de
seu corpo e o girou facilmente, empurrando o peito de Braxton para baixo contra
a mesa da cozinha.

― Não se mova ―, Xander ordenou.
Braxton gemeu, e seu corpo tremeu com a necessidade.

Então Xander estava de volta, correndo uma mão na espinha Braxton
enquanto dois dedos lubrificados empalavam a sua bunda. ― Azeite de oliva. ―
Xander riu atrás dele.

Braxton gritou, segurando nas bordas da tabela. ― Oh, oh, meu Deus!
Mais.

Xander tomou seu tempo, beijando e lambendo, tocando cada
centímetro do corpo de Braxton, ele poderia alcançar em uma carícia sensual. Ele
continuou a foder Braxton com os dedos quando ele alcançou sua ereção


pulsante. Ele acariciou lentamente, aplicando pressão suficiente para levar
Braxton para a borda, mas não o suficiente para deixá-lo cair.

― Xander! ― ele gritou em frustração.
Ele ouviu o raspar de um zíper, e depois a cabeça do pau de Xander
substituiu os dedos.

Obrigado foda!

― A Quem você pertence, Braxton? ― Xander sussurrou asperamente
contra seu ombro.
― Você... Eu pertenço a você... Só você... Só seu.
Xander empurrava, e ambos gemiam. Ele imediatamente puxou de
volta, em seguida, empurrou de novo, estabelecendo um ritmo que era rápido e
duro, na fronteira com animalesco.

― Meu! ―, Xander rosnou bem antes que ele afundasse os seus dentes
na parte de trás do pescoço de Braxton.
Braxton gozou. Ele não poderia conter, não podia parar. Ele caiu para
frente, e esparramado sobre a mesa, e gemia enquanto a sua libertação rasgava
através dele. Xander empurrou para frente, se enterrando tão profundamente em
Braxton quanto era possível, e tensionou, gritando o nome de Braxton, quando
ele se juntou a ele em um êxtase orgásmico.

Xander caiu sobre ele, o cobrindo com seu corpo grande e quente.
Eventualmente, ele tirou seu pênis amolecido com cuidado de seu traseiro e
Braxton se sentou em uma das cadeiras da cozinha. Braxton ficou em seu colo, e
eles abraçados, ambos se acariciando, independente do suor escorregadio de
seus corpos enquanto a respiração e os batimentos cardíacos voltavam ao
normal.


― Uau ―, Braxton respirava. Ele se inclinou para trás para olhar para
seu amante.
Xander sorriu o primeiro sorriso verdadeiro que Braxton tinha visto nas
últimas semanas.

― Sim. Uau.
Braxton não podia conter sua alegria. Ele baixou a cabeça para trás e
riu. Ele tinha uma nova família, seu melhor amigo, e o amor do homem mais
lindo, mais incrível do planeta. Ele tinha encontrado o seu felizes para sempre.
Assim que o riso parou, ele se inclinou e beijou a ponta do nariz de
Xander.

― Eu te amo, Xander. Tanto.
Xander deu um beijo na testa suada de Braxton e sorriu com ternura.
― E eu amo você de volta, bebê.
FIM